Uma das maiores conquistas da educação do século XXI é a personalização do ensino, adaptado aos interesses e ao perfil dos alunos. Isso é possível principalmente com o auxílio das ferramentas digitais, que permitem a escolha do caminho de aprendizado a trilhar e oferecem feedbacks individuais e detalhados sobre a performance de cada um.
Como professor, você pode usar a personalização a fim de desenvolver a confiança dos estudantes, estabelecendo um ritmo de estudos adequado ao perfil do aluno, propondo desafios com os quais ele se sinta à vontade e, ao mesmo tempo, criando oportunidades de trabalhar seus pontos de dificuldade de maneira agradável, sem pressão ou comparação.
Por falar em comparação, esta é considerada um dos grandes motivos para o bullying e a baixa autoestima durante a infância e a adolescência. Acreditar que o outro pode mais ou é melhor que você em algo, muitas vezes acaba impedindo a percepção de suas qualidades e conquistas. Evitar comparações é também uma maneira de desenvolver a Autoestima na Educação.
Para isso, ajude os jovens na tarefa do autoconhecimento, a fim de que percebam seus pontos fortes e aprendam a explorar, ao máximo, seu potencial. Além disso, você pode reconhecer os pontos fracos deles e com base nisso fazer um plano para contornar isso gradativamente.
Uma dica interessante é utilizar biografias. Selecione artistas, cientistas, pesquisadores ou figuras históricas admirados pela turma e investigue, junto deles, a trajetória dessa pessoa até que ela alcance suas conquistas. Vocês verão que o caminho nem sempre é tão fácil quanto parece.
Propor espaços de debate e atividades de cocriação é uma das maneiras de ajudar os alunos a desenvolver suas ideias, a criar argumentos sólidos e, com isso, fortalecer a autoconfiança. Deixe que eles tomem as rédeas das decisões em determinadas atividades, decidindo o que fazer, como fazer e, principalmente, por quais motivos fazer. Estimule os alunos a expor seus pensamentos e a trocar ideias livremente, em uma construção colaborativa.
Fique atento: seu papel enquanto mediador é essencial para garantir um tom respeitoso e a troca de experiências, em vez de competição.
As famílias são importantes no desenvolvimento da autoestima; afinal muitos dos problemas detectados em sala de aula começam em casa. Em reuniões e encontros, separe um tempo para uma conversa mais aprofundada com os pais e procure entender o ambiente familiar em que cada criança está inserida, além de dar feedback sincero sobre o comportamento dos jovens.
Muitas vezes, o desafio é começar educando os pais a substituir a cobrança excessiva ou a punição por uma dose extra de compreensão e valorização das características positivas de cada criança.