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Com as rápidas mudanças e o excesso de informações, muitos podem achar que a inovação nas organizações acontece naturalmente. No entanto, produzir uma cultura da inovação sólida, que promova mudanças realmente transformadoras, requer sistematização e intenção. Isso inclui estrutura que favoreça o pensamento livre, abertura, diversidade e contato com diferentes realidades. Mas, ainda mais importante, líderes educacionais que estimulem e lutem por uma instituição viva e em constante mudança.
Como o líder pode executar seu papel
Em uma empresa, a inovação pode acontecer de duas maneiras: de forma incremental— orientada pelo passado — ou radical — com potencial para transformar o futuro. As duas maneiras demandam análise crítica e uma boa dose de desapego para abandonar as certezas em busca do novo. Por isso, o líder deve lutar para que sua atuação seja mais focada na estratégia e não no operacional, delegando tarefas pontuais a outros membros da equipe. Assim, ele pode se dedicar a analisar o passado, estudar os padrões de comportamento na instituição de ensino e refletir sobre o cenário a longo prazo.
Além disso, criar um ambiente de segurança, onde o erro seja aceito e até desejável é um desafio. Isso porque as novas ideias surgem em situações onde há grande risco e incertezas. Muitas vezes, as instituições de ensino preferem se manter estagnadas, porém estáveis. Nesse sentido, é primordial envolver os pais e a comunidade escolar no processo de inovação. Assim, as famílias reconhecem que o cerne e os valores da organização não mudam, mesmo em novos projetos. Assim, elas, que são as mantenedoras das escolas, podem propor novas formas de pensar.
Outro ponto importante é criar uma cultura aberta e horizontal. Isso significa deixar de centralizar as iniciativas de inovação nas mãos dos líderes educacionais. Assim, qualquer pessoa — funcionários, equipe administrativa, alunos, pais, comunidade escolar — se sente responsável por alimentar o sistema de inovação, o que o torna mais rico, diverso e sustentável. Quando o líder deixa seu cargo ou é substituído, a mentalidade inovadora prevalece no DNA da instituição.
Inovação dos líderes educacionais
Por fim, é imprescindível que o líder preserve em si mesmo o espírito inovador, nutrindo a curiosidade, capacidade de observação dos detalhes, inconformidade, atenção às transformações sociais e interesse genuíno por desenvolver soluções que melhorem o dia a dia das pessoas.
Para complementar suas leituras, confira esta entrevista com Klaus Schlünzen sobre as tecnologias e inclusão digital na educação.
