Dragon Dreaming: conheça a metodologia de gestão de projetos colaborativos sustentáveis

Blog Dragon Dreaming: conheça a metodologia de gestão de projetos colaborativos sustentáveis

25/02/2019
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Empreender é saber colocar sonhos e propósitos em prática, inovar, criar algo novo e oferecer soluções para problemas comuns. Mas também envolve assumir riscos, trabalhar em equipe e saber lidar com falhas. Grande parte das metodologias de gerenciamento de projetos considera aspectos como finanças, inovação, marketing, recursos humanos, logística, entre outros, na jornada de preparação de indivíduos para criarem e desenvolverem seus próprios negócios. Mas como lidar com variáveis tão subjetivas como sonhos, inseguranças ou frustrações na hora de empreender? Pelos critérios presentes na metodologia Dragon Dreaming, incluir esses aspectos na gestão do projeto é exatamente o segredo.

A metodologia surgiu a partir do trabalho e da prática da Fundação Gaia da Austrália Ocidental, onde foi usada para ajudar grupos de todos os tipos a descobrir ferramentas para a criação de projetos bem-sucedidos e para determinar onde poderiam ocorrer bloqueios aos projetos e como superá-los. “Dragon Dreaming é um conjunto de ferramentas desenhadas para promover dinâmicas de ganha-ganha em substituição à cultura de ganha-perde em que estamos inseridos. É uma filosofia para a construção de projetos de sucesso em organizações, além de dicas e técnicas que podem ser adaptadas para projetos pessoais”, acrescenta John Croft, que criou a Dragon Dreaming a partir de estudos sobre o modo de vida e a socialização de comunidades aborígenes.

Quer conhecer mais sobre essa curiosa metodologia? Continue a leitura!

 

Entenda como funciona a Dragon Dreaming

A primeira e mais importante premissa da Dragon Dreaming é que todo projeto se faz a partir de um sonho e, para que se tenha sucesso, o sonho precisa ser compartilhado por todos os envolvidos. “Para tornar os sonhos realidade, é preciso compartilhá-los. É preciso construir um time em torno desse sonho”, explica John Croft. Na prática, isso significa que qualquer projeto ou iniciativa deve contemplar os sonhos de seus participantes. Se o seu sonho pessoal é criar uma startup de educação, por exemplo, você deve garantir que ela inclua aspectos que vão tornar realidade, por exemplo, o sonho do analista de tecnologia da informação, do consultor de pedagogia ou de cada integrante da equipe de marketing. Só assim será possível constituir um time engajado, coeso e dedicado, em uma relação em que todos têm a ganhar com o sucesso do empreendimento e não só o dono da empresa.

Além disso, os projetos desenvolvidos por meio da metodologia devem ser sustentáveis. Para isso, eles devem ser geridos de acordo com a roda da Dragon Dreaming – uma espécie de ciclo PDCA –, que inclui os quadrantes: sonhar, planejar, realizar e celebrar. A roda funciona como um mapa, ilustrando o passo a passo para um projeto.

A primeira etapa é justamente o sonhar, momento em que os envolvidos compartilham seus sonhos individuais e chegam a um consenso, criando um sonho coletivo. Em seguida, vem a etapa do planejamento, que é quando o sonho segue para o âmbito prático, e o grupo considera diferentes alternativas para tornar o sonho realidade e as avalia, criando estratégias. É nessa etapa que são discutidos orçamento, planejamento do tempo ou maneiras de obtenção de recursos, por exemplo. A fase de realização compreende a administração e o gerenciamento, de fato, do projeto. O celebrar é o momento em que os participantes olham para o que já realizaram de forma crítica e, ao mesmo tempo, afetuosa, reconhecendo o progresso e admitindo falhas ou novas oportunidades. Isso vai levá-los diretamente para um novo sonho, seja o de uma possível melhoria a ser implantada, seja o de novas possibilidades de atuação.

A palavra sustentabilidade, para a Dragon Dreaming, é entendida de uma maneira ampla. Diz respeito não só à consistência do projeto para que ele perdure ao longo do tempo, mas também à responsabilidade social e ambiental da iniciativa, que na metodologia é chamada de ‘serviço à Terra’.

 

Projetos colaborativos, sonhos compartilhados

Toda a formatação do projeto é feita de maneira colaborativa, ágil e muitas vezes lúdica – com uso de post its, pequenas sessões de meditação, improviso, encenação e palmas. Isso inclui, por exemplo, a elaboração dos objetivos ou a missão da organização ou do projeto. Nessa etapa, a sugestão é planejar uma dinâmica totalmente silenciosa, em que cada participante escreve a missão que almeja para a empreitada e os demais têm o direito de incluir ou retirar palavras, alterando a frase da maneira como acharem mais adequado. O processo demanda que todos os membros do grupo façam pequenas concessões até que a redação final seja um reflexo homogêneo da soma da opinião de cada um.

A metodologia também procura valorizar as habilidades e talentos individuais. Assim, não é recomendado designar tarefas de realização para pessoas com potencial de sonhadoras ou deixar o planejamento a cargo dos membros mais capazes de celebrar. Isso não significa que só se faz o que se gosta, claro. Como em todo projeto colaborativo, as atividades são divididas de acordo com a vontade e a disposição dos participantes. Por isso, para cada tarefa, atribuem-se cargos e deveres, que podem ser de ‘responsável’, ‘consultor’ ou ‘aprendiz’, de acordo com a predisposição para envolvimento, interesse e experiência de cada pessoa. A estratégia considera que um indivíduo que se envolve em tarefas com as quais já tem afinidade tem mais chances de se manter altamente engajado no processo durante todo seu período de duração.

Se você chegou até aqui, deve estar se perguntando: mas e os dragões? Afinal, o nome Dragon Dreaming significa, literalmente, ‘sonhando com dragões’ ou ‘dançando com dragões’, na tradução utilizada oficialmente. O termo está relacionado à capacidade de sair da zona de conforto e se colocar em um lugar de desafio e aprendizado, necessário para que grandes coisas aconteçam. “Dançar com nossos dragões é uma metáfora para o movimento de olharmos para os nossos conflitos, medos e dramas, sem negá-los, sem fugir, sem combater ou com eles se identificar”, descreve o guia prático da metodologia.

Ficou interessado? Conheça mais detalhes sobre a metodologia no site da Dragon Dreaming. E se criatividade e inovação são aspectos que você tem buscado desenvolver, vai gostar de conhecer também a metodologia da Perestroika, autointitulada a pior escola do mundo. Confira!

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