Inovação no ensino superior: como a Faculdade Celso Lisboa transformou o ambiente acadêmico

Blog Inovação no ensino superior: como a Faculdade Celso Lisboa transformou o ambiente acadêmico

25/10/2019
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Metodologia LIGA. Esse é o nome da abordagem que revolucionou o Centro Universitário Celso Lisboa – que oferece cursos de Graduação, Pós-graduação, MBA e Cursos Livres –,  considerado ótimo exemplo de inovação no Ensino Superior. Eduardo Halpern, diretor acadêmico da instituição, explica que a transformação começou quando perceberam que o modelo “padrão” já não era mais tão eficiente.

“Foi em 2014, quando entendemos que era necessário buscar um diferencial competitivo para enfrentar a escala dos grandes grupos educacionais. Ao mesmo tempo, havia uma percepção acerca da falência dos modelos de ensino tradicionais, com abordagens que colocavam o aluno como mero papel de receptor passivo de conteúdos teóricos”, conta.

Quer entender as práticas adotadas pelo Centro Universitário Celso Lisboa e como elas podem ajudar você a repensar o modelo da sua IES? Também busca por inovação no ensino superior? Contamos tudo a seguir. Vale a leitura!

Entenda o modelo pedagógico da Celso Lisboa

O modelo pedagógico implantado na faculdade envolveu um grupo de inovação pedagógica e um time de pesquisa e desenvolvimento – responsável pela criação de produtos, serviços e tecnologias educacionais. Ao longo de 2015, foram realizados diferentes experimentos que se materializaram no primeiro semestre de 2016, quando a metodologia foi implantada na faculdade.

O fio condutor da LIGA é a aprendizagem baseada em projetos. Em linhas gerais, trata-se de uma metodologia em que o estudante trabalha a sua autonomia, metodologia essa considerada protagonista de todas as fases do aprendizado.

“O processo coloca o aluno na posição de participante ativo da construção de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para a resolução de problemas reais (representados pelos projetos)”, explica Eduardo.

De acordo com o diretor, a aceitação dos estudantes pode ser percebida com base em dois aspectos: o maior engajamento e a redução de evasão.

“Nossos índices de faltas e atrasos caíram consideravelmente. A primeira vez que entrei em uma turma da LIGA, em uma sexta-feira à noite, fiquei surpreso ao ver uma sala cheia, com mais de 75 alunos presentes, todos trabalhando na elaboração do projeto apresentado pelos professores. Além disso, as turmas têm índice de evasão (quando o aluno para de frequentar a escola) consideravelmente menor, o que parece consequência do maior envolvimento”, revela.

O exemplo de inovação no ensino superior também foi reconhecido pelo Great Place to Work (GPTW). A faculdade se enquadra na faixa das empresas de médio porte – categoria em que foi ranqueada em 14º lugar entre as melhores empresas para  trabalhar no Rio de Janeiro. Segundo o diretor, a resposta reflete também a aceitação dos colaboradores.

“Percebemos que não fazia sentido defender um modelo horizontal de ensino e manter um modelo hierarquizado de gestão e de relacionamento com os colaboradores. Precisávamos derrubar algumas paredes para tornar a nossa cultura organizacional coerente com o nosso posicionamento acadêmico. Posso dizer que nossa equipe respondeu de forma bastante parecida a dos alunos”, diz.

Mas quais são, afinal, as práticas da metodologia que forma pessoas preparadas para o mercado de trabalho? Explicamos algumas abaixo. Acompanhe!

3 características da metodologia LIGA, exemplo de inovação no ensino superior

  • Espaços integrados

As salas da LIGA não têm divisão: o espaço é aberto e colaborativo, modelo que favorece o protagonismo do estudante em sua evolução acadêmica. Eduardo confirma e reforça a diferença em relação ao ensino tradicional. “As mesas de trabalho fomentam a experiência de colaboração. Os alunos, de alguma maneira, sentem que não faz sentido exercer o papel de mero espectador em um ambiente como esse, como era o caso quando estavam em salas de aula tradicionais, compostas de carteiras, quadro, púlpito, etc.”, afirma.

  • Relação professor-aluno não hierarquizada

A desconstrução da imagem de autoridade do professor é parte importante do sucesso da metodologia. É mais uma prática que rompe com o modelo tradicional de ensino, agregando inovação à metodologia. De acordo com o diretor acadêmico, o papel de “passar informação” que o professor possui começa a perder o sentido quando estamos inseridos em uma realidade que facilita o acesso ao conhecimento.

“Nós fomos criados em um contexto em que o professor possuía certo monopólio da informação. Víamos como natural que ele exercesse essa função. Hoje, vivemos um movimento de democratização do acesso à informação, o que torna esse papel de transmissor de informação cada vez mais irrelevante. A função do profissional, aqui, é a de um orientador, que usa sua experiência para ajudar o aluno a buscar, por conta própria, os conhecimentos necessários para resolver problemas práticos contidos no projeto”, declara.

  • Vivências próximas da realidade

Experimentar situações que se assemelham ao máximo à vida real – e que realmente aconteceriam no mercado de trabalho – é mais uma das práticas que reforça a reputação construída pela faculdade. O próprio nome (aprendizagem baseada em projetos) traduz isto: no dia a dia, os alunos lidam com situações práticas, que vão além da teoria. “Eles reconhecem o valor de sair da atitude passiva e de ‘colocar a mão na massa’”, reitera Eduardo. Segundo ele, isso faz com que se sintam mais seguros para aplicar o que aprendem em sala de aula.

O case de inovação no ensino superior do Centro Celso Lisboa  é inspirador, não é mesmo? Para entender a fundo como a inovação se dá dentro de uma instituição, conheça também o Modelo de Difusão da Inovação.

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