Por que a diversidade em sala de aula é fundamental para a qualidade da educação

Blog Por que a diversidade em sala de aula é fundamental para a qualidade da educação

20/12/2018
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Igualdade de gênero, direitos de minorias, combate ao racismo, homofobia e qualquer outro tipo de preconceito. Todos esses temas, tão presentes nos debates da atualidade, também precisam ser trabalhados em sala de aula. Espaços de aprendizagem que valorizem esse tipo de reflexão garantem uma formação humanizada dos jovens, que levarão essa bagagem cultural para os ambientes de trabalho. A diversidade de pensamento é fundamental para que os alunos se tornem empreendedores conscientes e socialmente engajados.

Conteúdos que abordem essa questão elevam a qualidade da educação e fazem a diferença nos negócios do futuro. Especialistas avaliam que essa precisa ser uma preocupação para quem desenvolve a cultura empreendedora no dia a dia.

As organizações estão, cada vez mais, preocupadas em fazer da diversidade uma política de atuação dentro da empresa. Um exemplo é o conjunto de ações desenvolvido pela ThoughtWorks Brasil. A empresa criou grupos temáticos internos para debater diversas questões ligadas ao tema e desenvolveu princípios inclusivos de contratação de novos profissionais.

A diretora de Marketing da organização, Nathália Mehen, conta que, mesmo com todas as iniciativas implementadas, os processos são constantemente debatidos e revistos. Mas só se tornaram realidade porque a ThoughtWorks Brasil se propôs, nas palavras dela, a “criar espaços em que caibam todos e que sejam justos para todo mundo”. Em palestra durante o ConecteCER, realizado pelo Sebrae Minas, Nathália fez questionamentos importantes, que ajudam gestores e educadores a pensarem em como fazer da reflexão realidade:

1) “Por que a gente não reconhece a diversidade dentro dos ambientes organizacionais”?

Uma cultura empreendedora engajada e, ao mesmo tempo, visionária precisa desenvolver princípios que reflitam a diversidade da sociedade. E, para que essa seja a realidade nas empresas, os primeiros passos precisam ser dados em sala de aula. Diferentes perspectivas no ambiente de aprendizagem favorecem a diversidade de pensamento e, com isso, a busca por soluções inovadoras a todo momento.

 

2) “Precisamos abraçar novas práticas e romper com comportamentos antigos”?

A reflexão vale para os ambientes organizacionais e para a sala de aula. Se os educadores ficarem presos a conteúdos e metodologias de ensino tradicionais, dificilmente questões ligadas à diversidade serão tema de debates para que sejam absorvidos pelos estudantes. Por isso, professores e demais profissionais da educação precisam colocar na ordem do dia todas as questões de inclusão e direitos de minorias, entre outras. Só assim serão formados empreendedores capazes de romper com práticas e comportamentos convencionais.

3) “Por que não se esforçar para ter um ambiente de trabalho justo e diverso”?

Um ambiente de trabalho justo e diverso deve ser o objetivo de toda cultura empreendedora. No entanto ele só será possível se, desde a base, os futuros empreendedores entenderem a importância de não só refletir sobre a diversidade, como também fazer dela a principal forma de atuação dentro e fora da organização. O pensamento diverso e crítico dos jovens é que vai fazer com que os futuros líderes implementem práticas inovadoras e sejam capazes, como destaca Nathália Mehen, de rever processos sempre que necessário.

 

Como então garantir um ensino pautado pela diversidade?

Os conteúdos precisam abordar todas as perspectivas: éticas, culturais, sociais ou econômicas. Antes de elaborar a aula, reflita sobre a possibilidade dos conceitos serem absorvidos pelos alunos de forma concreta. Para evitar abstrações, pense em casos do cotidiano, incentive a reflexão em conjunto com a turma e deixe que os estudantes também tirem suas conclusões sobre experiências próprias. Mostre que o empreendedorismo só pode render resultados positivos se garantir um ambiente justo para todos.

A empatia é um dos aspectos diretamente ligados à valorização das diferenças dentro de sala de aula. Colocar-se no lugar do outro é o primeiro passo para entender e aceitar uma realidade diferente.

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