Avaliar e reconhecer iniciativas de educação empreendedora nas redes pública e privada de ensino em todo o território nacional. Esse é o objetivo da primeira edição do Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora. A iniciativa tangibiliza um novo momento da educação empreendedora no país, com oportunidades concretas para que ela seja inserida nos currículos e trabalhada, em todas suas vertentes, em sala de aula. O Prêmio é resultado de cinco anos do Programa de Educação Empreendedora do Sebrae, que fomenta o ensino de empreendedorismo em nível nacional. Conversamos com Rejane Risuenho, do Sebrae, sobre a relevância da premiação para a educação. Confira.
O prêmio é uma realização do Sebrae, com apoio da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), e vem para disseminar o que temos feito nesses últimos anos em relação à educação empreendedora. O Sebrae também ampliou suas parcerias na área de educação, pois, até então, éramos muito focados no apoio a empresas. A iniciativa busca disseminar o empreendedorismo para diretores, professores, secretarias de educação municipais e estaduais e mostrar que o Sebrae pode ajudá-los também no campo do ensino empreendedor, despertando o comportamento empreendedor nas pessoas.
Nossa intenção é mostrar para esse público que o empreendedorismo extrapola a questão de somente abrir um negócio e que, quando ele faz algo diferente e tem alguma vivência com os alunos, isso pode ser uma prática empreendedora. A partir do momento em que trabalha as competências socioemocionais, o professor estimula o trabalho em equipe, a persistência, o estabelecimento de metas, a criatividade, levando o comportamento empreendedor para a sala de aula. Esta é uma educação que instiga o sonho, muito diferente do formato, digamos antigo, focado apenas na transmissão de conhecimento. A ideia é que o professor seja capaz de estimular o aluno a sonhar e a realizar seu sonho. Independentemente dele vir a abrir um negócio, o importante é preparar para a vida. quando falamos em educação empreendedora no Sebrae, estamos nos referindo a preparar o aluno para a vida.
Antes da Comissão Julgadora, temos os avaliadores, capacitados pelo Sebrae, para avaliar os relatos de acordo com as características do comportamento empreendedor, ou seja, as características do Empretec. Além dos avaliadores, temos o gestor estadual, que analisa os cases e, por fim, a banca de juízes, formada por representantes do MEC, por parceiros do Sebrae, por integrantes do Sistema S, da FNQ e por especialistas em educação.
Com certeza. O que procuramos premiar é o comportamento empreendedor e o objeto de aprendizagem voltado para essa prática pedagógica. A inovação e o empreendedorismo não acontecem em razão de um computador ou de um aplicativo que a escola tenha.
Tempos atrás, praticamente só o Sebrae falava sobre educação empreendedora. Hoje, conseguimos muitos avanços. No ano passado, por exemplo, conseguimos incluir uma categoria de educação empreendedora no Prêmio Professores do Brasil. A necessidade do ensino de empreendedorismo já vem amadurecendo no poder público, nas políticas públicas. Em relação ao Sebrae, há maior procura também de professores, de lugares longínquos. Em todos os estados, já existem escolas interessadas em educação empreendedora e mais pessoas querendo estudar o tema.
Em um país como o nosso, o empreendedorismo é uma necessidade, uma vez que mais pessoas terão que criar o próprio emprego. Trabalhamos o intraempreendedorismo, o que é muito importante para quem vai empreender dentro de uma empresa. Temos visto que os negócios por oportunidade, e entre os jovens, tem crescido cada vez mais no Brasil.
Acesse o regulamento e saiba mais sobre o Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora no site da premiação.