Um ecossistema empreendedor pode ser classificado como um sistema dinâmico, que instiga a inovação por meio de troca de experiências, distribuição de conhecimento e parceria entre agentes que buscam a colaboração e o desenvolvimento mútuo de ideias, a fim de crescerem em conjunto. A parceria escola-empresa é uma forma de inserir a educação como parte desse ecossistema, incentivando que estudantes e alunos desenvolvam conhecimentos e habilidades empreendedoras desde a infância. Quer saber mais de como tirar proveito desse formato de parceria para fomentar a Educação Empreendedora? Confira neste artigo.
Uma parceria escola-empresa traz diversos benefícios para a comunidade escolar. Os alunos conseguem identificar possibilidades de aplicação da teoria à prática, trabalhando ao mesmo tempo competências cognitivas e socioemocionais. Além disso, eles constroem boa noção de mercado e fazem networking, o que é fundamental para o seu desenvolvimento profissional futuro.
Empresas também se beneficiam nesse processo. A aproximação escola-empresa oferece a oportunidade para que profissionais do mercado conheçam jovens talentos, realizem estudos e possam contribuir para a sociedade de outras maneiras. Além disso, a prática é bem-vista pelos colaboradores, que passam a se sentir mais motivados por trabalhar em uma empresa cuja cultura visa ao bem comum.
A parceria escola-empresa pode ser elaborada de diversas formas. Acima de tudo, é fundamental que a escola conheça bem os princípios e os valores pregados pela instituição e elabore regras para que tal parceria possa ser implementada de jeito saudável e sustentável. Também é importante ter proatividade e iniciar um diálogo com as instituições que apresentem potencial para uma possível parceria.
A seguir, listamos cinco exemplos de como a parceria escola-empresa pode ser benéfica na educação.
Instituições de caridade e Organizações Não Governamentais (ONGs) possuem o potencial de estruturar uma parceria escola-empresa bastante interessante. Por meio do trabalho voluntário, os alunos conseguem conhecer outras realidades, desenvolver a empatia pelo próximo e ainda contribuir com a sociedade.
O voluntariado também instiga os estudantes a pensar fora da caixa, uma vez que estão em contato com pessoas que vivem em um contexto diferente do deles.
Vale ressaltar que algumas organizações sociais têm como foco a Educação Empreendedora na escola. A Junior Achievement, por exemplo, é uma instituição que ensina de forma prática educação financeira e prepara alunos das escolas parceiras para o mercado de trabalho.
As startups são empresas que costumam compor ecossistemas empreendedores extremamente ricos. Afinal, estamos falando de modelos de negócio em estágio inicial, crescimento acelerado, passando por constantes mudanças e validações. Criar uma parceria escola-empresa com startups é uma boa oportunidade a fim de que os alunos conheçam as dificuldades de estruturar um novo negócio e aprendam como é viável construir soluções valendo-se de experiências pessoais, bem como desenvolver empreendimentos inovadores na prática.
A parceria pode ser efetivada mediante palestras, rodas de conversas ou até mesmo em excursões práticas, nas quais os alunos conheçam o ambiente das startups e aprendam mais dele.
Engajar a comunidade local também é uma boa oportunidade de ensinar empreendedorismo em sala de aula. É comum utilizar a região como exemplo ao ensinar princípios básicos da Economia, como lei da oferta e da demanda, assim como explicar a relevância que certos empreendimentos possuem para determinado local. Em razão da familiaridade, os alunos mostram maior tendência em compreender o que é abordado em sala de aula.
Para deixar o processo ainda mais rico, uma sugestão é propor atividades que envolvam os comerciantes locais. Incentive os alunos a realizar entrevistas, a conhecer a história da comunidade e a propor soluções para melhorar a vida de todos.
Uma dificuldade bastante comum que os estudantes vivenciam é compreender como os conceitos estudados durante as disciplinas podem ser aplicados fora da sala de aula. A parceria entre escola e universidades ou Centros de Pesquisa pode auxiliar a solucionar esse problema.
Procure trazer pautas que exemplifiquem os estudos realizados por essas instituições e como eles contribuem para a sociedade em geral. Crie uma linha de raciocínio que envolva um princípio prático ensinado durante as aulas, como ele foi explorado pelo Centro de Pesquisa e de que forma ele foi utilizado para o desenvolvimento de novas ideias.
Ao ensinar funções na aula de Matemática, por exemplo, o professor pode chamar um estudante de Desenvolvimento de Sistemas para explicar como elas são fundamentais para a elaboração de algoritmos. Neste caso, dá até para ilustrar o conteúdo utilizando o Google, uma das ferramentas mais inovadoras das últimas décadas.
Uma das formas de incentivar o empreendedorismo na sala de aula é criar a oportunidade para que os alunos desenvolvam projetos inovadores na escola. Uma sugestão interessante é elaborar uma feira de exposições, a fim de que os alunos possam apresentar ideias e soluções de produtos e serviços que gostariam de desenvolver e, assim, agregar valor para a sociedade.
Por meio da parceria escola-empresa, pode-se também deixar essa experiência ainda mais rica. Converse com empreendedores locais sobre a possibilidade de oferecerem mentorias durante a elaboração dos projetos antes da feira. Dessa forma, os alunos passam a ter acesso a conselhos e sugestões de como otimizar seus projetos e também a conhecimentos que apenas a experiência prática pode oferecer.
Gostou da proposta de criar parceria entre empresas e escolas? Conheça também o modelo de educação profissionalizante da P-tech School e entenda como construir projetos inovadores.