5 Tendências que vão impactar a Educação Empreendedora

Blog 5 Tendências que vão impactar a Educação Empreendedora

28/10/2022
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O principal objetivo da Educação Empreendedora é preparar as pessoas para a vida, estimulando que elas adquiram habilidades que, no futuro, serão um grande diferencial para que elas toquem seus projetos, quer pessoais, quer aqueles voltados à sociedade em que vivemos.

A cultura empreendedora auxilia os estudantes a fim de que se tornem protagonistas do aprendizado e possam conhecer melhor os próprios talentos e interesses, sempre com foco na resolução de problemas e identificando oportunidades que certamente vão contribuir para a comunidade.

Para que isso seja possível, é muito importante que a Educação Empreendedora esteja alinhada com as tendências tecnológicas, sempre ligada à inovação e atenta às mudanças no mercado de trabalho. Seu propósito é fazer a diferença num mundo em constante transformação.

Nesta publicação, você vai conhecer cinco tendências recentes que impactam a forma como o empreendedorismo é vivenciado nas instituições de ensino.

1 – CULTURA MAKER

A Cultura Maker é uma das tendências atuais que têm contribuído para o fortalecimento da Educação Empreendedora. Maker é uma palavra do inglês que significa, literalmente, “fazedor”, ou seja, a pessoa que coloca as “mãos na massa”. Não é um conceito novo, já que profissões como marceneiro, serralheiro ou artesão podem ser consideradas makers. Mas o que muda, então?

Com a revolução tecnológica das últimas décadas, passamos por um longo período pensando em soluções digitais. No entanto, o “movimento maker”, considerado um movimento mundial, vem resgatando a importância do fazer como um dos pilares essenciais para o estímulo da criatividade e da inovação – e, consequentemente, para a Educação Empreendedora.

Com a popularização dos espaços Maker e FabLabs, estudantes ganham ferramentas e ambientes propícios para a criação e a experimentação, dando origem a ideias empreendedoras. Nesses locais, é possível unir teoria e prática, testando e prototipando soluções e visualizando melhor as próprias ideias para que elas possam sair do papel de forma viável e aplicável no mundo real.

Mão na massa: como os fablabs contribuem para a cultura empreendedora

2 – DIVERSIDADE

A sociedade está, finalmente, mudando. Nos últimos anos, discussões acerca da diversidade têm ganhado mais espaço na mídia e nas redes sociais. O ideal é que esses debates não sejam apenas tendências, mas que, de fato, passem a fazer parte da pauta cotidiana da nossa sociedade, em busca de relações igualitárias de poder, remuneração, oportunidades e visibilidade.

Por isso, a diversidade pode e deve, cada vez mais, também pautar a Educação Empreendedora. Até porque, considerando que a cultura empreendedora é, em sua essência, a resolução de problemas, ter um ambiente diverso é fundamental para que isso ocorra de maneira plena.

Como problemas serão realmente solucionados se apenas uma perspectiva ou um ponto de vista for levado em consideração? Se não houver espaço para o debate de ideias, estimulando que os estudantes ouçam outras opiniões e se sintam seguros para opinar, isso não é possível.

É importante que o olhar para as multiplicidades seja desenvolvido desde a Educação Básica, com o propósito de que a diversidade ganhe espaço em toda iniciativa empreendedora.

É necessário que a Educação Empreendedora pense cada vez mais em inclusão e diversidade. O Ecossistema de Startups, por exemplo, ainda é predominantemente do sexo masculino. Isso começa a mudar por meio das discussões e das políticas públicas implantadas por cada país.

Para compreender melhor a relação entre o empreendedorismo e a inclusão social, clique aqui.

3 – MODELOS HÍBRIDOS

Modelos híbridos de educação e trabalho são uma das tendências mais relevantes nos últimos tempos. Com a democratização da tecnologia e da qualidade de acesso à internet – ainda que existam muitos desafios de acessibilidade, principalmente em países como o Brasil –, nossa relação com os espaços físicos tem mudado, e isso se fortaleceu ainda mais posteriormente à pandemia da Covid-19.

Não faz mais sentido ter a obrigatoriedade de estar presente em um escritório, em determinado horário, se você pode realizar as mesmas tarefas de forma mais otimizada e econômica (pense em todo o dinheiro e tempo perdido em deslocamentos, por exemplo) no conforto da sua casa.

Por outro lado, a presença física ainda pode ser necessária em algumas situações, como em reuniões de brainstorming ou feedbacks de equipe, por exemplo. Assim, no lugar de adotar apenas um modelo, a sociedade tem caminhado a passos largos para modelos híbridos, em que o melhor do on-line e o melhor do off-line são combinados visando gerar mais produtividade e bem-estar.

Como isso impacta a Educação Empreendedora? Esse formato exige novas competências de todos nós: autonomia, autogestão, capacidade de navegar em diferentes ambientes, domínio das tecnologias, entre outras. Isso muda a forma como trabalhamos, estudamos e também consumimos, abrindo novas oportunidades para a criação de soluções pensadas nesta nova realidade.

Como aplicar a Educação Empreendedora no ensino híbrido

4 – FOCO NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Tendo em vista a automação de tarefas operacionais, o mercado de trabalho busca profissionais com mais senso crítico e capacidade de enxergar oportunidades. Não há mais espaço para a figura do “inventor”, que ficava sozinho em seu laboratório criando soluções.

Agora, o que pauta as criações são as equipes e o mercado. Isso é muito relevante não apenas para a economia, mas também para refletir sobre as necessidades das cidades, como água potável e saneamento básico.

Pessoas qualificadas que voltam seu olhar para as comunidades e para a realidade em que vivem e focam na resolução de problemas são os profissionais do futuro, e a Educação Empreendedora deve ter o foco em desenvolver essas competências nos estudantes desde cedo: pensar como podem fazer a diferença no mundo, gerando valor por meio de um produto, serviço ou atitude.

5 – COMPETÊNCIAS

Todas essas mudanças na sociedade e no mercado de trabalho citadas neste texto têm liderado outra transformação de relevo: o foco em competências, em detrimento do acúmulo de informações.

No mundo digitalizado, as empresas começam a valorizar mais o profissional que sabe colocar o conhecimentos em prática, transitar em diferentes situações e que tem habilidades socioemocionais como empatia, resiliência e colaboração.

O valor do profissional passa a estar mais em quem ele é e menos no que ele sabe. Até porque a informação nunca esteve tão disponível, e podemos contar com a tecnologia para nos facilitar acesso a qualquer tipo de conteúdo à distância de um clique.

Isso impacta o ensino e, claro, a Educação Empreendedora. No Brasil, o salto rumo à Educação Baseada em Competências está sendo dado com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelece as 10 competências gerais para a formação básica dos estudantes. Muitas delas fazem parte das competências empreendedoras ou têm interseção nelas.

Quer saber mais sobre o desenvolvimento das competências da BNCC? Clique aqui!

CONCLUSÃO

Portanto, direcionar a Educação para o desenvolvimento de competências, colocando o estudante no centro do processo é uma tendência para a Educação como um todo que também deve ser observada pela Educação Empreendedora

A criatividade se faz importante e pode ser desenvolvida por intermédio das habilidades que são tendências relacionadas à cultura empreendedora. Um profissional criativo, focado em resolução de problemas e que saiba ouvir a opinião de outras pessoas tem tudo para ser um diferencial no mercado de trabalho.

Falamos neste texto sobre o ensino híbrido e seus desafios, tanto para os professores quanto para os estudantes e os profissionais. O CER elaborou um infográfico especial sobre o assunto. Acesse agora clicando aqui.

Mês dos Professores

No mês dos professores o CER Sebrae preparou conteúdos exclusivos para que você continue inovando nas aulas e transformando vidas. Venha se inspirar! Esperamos que goste e volte sempre para conferir as atualizações.

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