A educação híbrida é a nova educação?

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03/11/2021
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No contexto atual, a educação híbrida tornou-se uma opção muito atraente e criativa graças a sua dinamicidade.
Dessa forma, os professores conseguem atrair a atenção do estudante, tornando-o protagonista da própria aprendizagem, obtendo, assim, mais autonomia. Isso é crucial para ele ingressar nesse novo e tão competitivo mercado de trabalho.
No entanto, será que o Ensino Híbrido realmente vai “pegar” neste cenário pós-pandemia? Ou retornaremos ao que era antes? É o que veremos neste artigo.

O Ensino Híbrido veio para ficar?

O ensino no Brasil, há 30 anos, vem se transformando em razão da tecnologia utilizada no âmbito da educação. Dessa maneira, esse método educacional expõe todo um caminho que vem percorrendo, pois é importante conhecer que a educação no país, até o momento, apresenta três gerações. São elas:
  • primeira: houve ensino por correspondência, caracterizada pelo material impresso, iniciado no século XIX;
  • segunda: foi marcada pela teleducação/telecursos, embasada em programas radiofônicos e televisivos, aulas expositivas, fitas de vídeo e material impresso. A comunicação síncrona, que ocorre em tempo real, predominou nesse período.
  • terceira: esta geração apresenta algumas características, isto é, o uso de ambientes interativos com a eliminação do tempo fixo para o acesso à educação. Posto isso, as informações são armazenadas e acessadas em tempos diferentes sem perder a interatividade.
Assim, as inovações da world wide web (www) possibilitam avanços, inclusive na educação híbrida. Hoje, existem alguns meios disponíveis, como teleconferência, chat, fóruns de discussão, correio eletrônico, weblogs, espaços wiki e plataformas de ambientes virtuais, que possibilitam interação multidirecional entre estudantes e professores.
À vista disso, a terceira geração em questão norteia para esta nova realidade de educação híbrida no país, que, depois desse contexto pandêmico, causado pela Covid-19, alavancou mais ainda essa nova forma de ensinar, como também de aprender.

O que é o Ensino Híbrido?

O Ensino Híbrido é a junção do ensino presencial (chamado de offline) com o ensino digital (online), em que as aulas ocorrem tanto no espaço físico, com aulas presenciais, quanto em ambientes remotos, que necessitam de ferramentas digitais.
De acordo com Adriano Canabarro Teixeira, secretário de Educação na Prefeitura de Passo Fundo (RS) e professor titular da Universidade de Passo Fundo, numa entrevista concedida ao CER Sebrae, a tecnologia digital hoje é indispensável ao ensino. Isso, segundo ele, se deve ao fato de que, diante do quadro pandêmico atual, houve um atraso significativo na educação, e somente o ensino presencial não é capaz de repará-lo.
A tecnologia digital, conforme Teixeira, permite recuperar o tempo perdido, mesmo que os educandos estejam em lugares distintos. Eles, porém, estão conectados a uma única finalidade: aprender o conteúdo da disciplina com mais precisão, dinamicidade e com melhor aproveitamento.
O termo Ensino Híbrido, do inglês, blended learning, nasceu em 2000. Os cursos educacionais, como postulado pelo Colégio Verbo Divino, eram direcionados às equipes empresariais. Com isso, a metodologia empregada para esse tipo de aprendizagem era voltada, exclusivamente, aos funcionários de uma empresa.
Tal metodologia de ensino voltada a uma equipe específica de determinada empresa começou a englobar a educação no país de maneira abrangente, quando os primeiros computadores entraram na escola.
Esse hibridismo é vigente no ensino superior há três décadas, como menciona o Colégio Verbo Divino, em que as aulas online e offline se unem com o intuito de melhorar o ensino-aprendizagem, ocorrendo em lugares variados.

O Ensino Híbrido será a nova tendência?

De acordo com Daniel Castanho, presidente do Conselho da Ânima Educação, esse novo paradigma será certamente a nova tendência; entretanto, até o presente, enfrenta obstáculos. A pandemia, em vista disso, diminui veementemente a distância entre os ensinos tradicional e híbrido.
Ainda com Castanho, o velho modelo de educação precisa ser “quebrado”. Essa tradição educacional não é mais pertinente nos dias atuais. O estudante, até pouco tempo atrás, assumia uma postura totalmente passiva em relação ao ensino-aprendizagem.
Sentava-se na carteira após o sinal, levantava-se dela após o sinal e, nesse ínterim, aprendia conteúdos que “caíam” na prova, e, no entanto, esses não serviam para a praticidade do seu dia a dia. Portanto, esse modelo se atrelava ao ensino em conjunto, não considerando a necessidade individual do discente.
Para ele, o aprendizado de hoje precisa ser engajado conforme a necessidade de cada um. Entre outras palavras, deve-se aprender aquilo que será útil para a vida do educando. E hoje, por vivermos em uma sociedade cada vez mais voltada ao individualismo, conhecer a necessidade de cada um se faz necessário.
Diante desse cenário, segundo a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), as fases da educação voltadas ao ensino personalizado conferem-se, nas palavras do Castanho, que as metodologias ativas ajudarão o estudante a empreender. Isso não somente visando a abrir o próprio negócio, mas também o elucidando para o pensamento científico, crítico e criativo.
Esse mesmo autor designa que o empreendedor trabalha um conjunto de saberes por um propósito transversal, por uma causa, ou seja, para ele mesmo, que define o que ele quer fazer. Entre outras palavras, o empreendedor é protagonista, autor e ator de sua história, diferentemente do empresário que assume riscos para conduzir a sua empresa.

Os benefícios do Ensino Híbrido em relação à aprendizagem adaptativa

Os benefícios são muitos. Daniel Castanho postula que a aprendizagem adaptativa dá mais para quem sabe menos, isto é, vai além do ensino equiparado, ou seja, atende-se mais às deficiências individuais de cada estudante.
Em contrapartida, o tempo é o mesmo, ou seja, uma hora de aula. Com o auxílio tecnológico, o professor consegue dar mais atenção àquele que tem mais dificuldade com a matemática, por exemplo. E adiantar a matéria para os que não têm tanta ou dificuldade alguma com a disciplina.
Assim, o educando não fica entediado esperando o aprendizado do outro colega, e, o que tem dificuldade, fica feliz por ser bem assistido. Em um ambiente de sala de aula adaptativo, os estudantes, portanto, têm as mesmas oportunidades de aprender e desenvolver seus conhecimentos.
Esse tipo de aprendizagem traz benefícios diversos tanto ao professor quanto ao discente. Posto isso, os professores economizam tempo, principalmente nas exposições das matérias nas plataformas digitais.
À vista disso, o mindset (mentalidade) dos professores está voltado a essa nova tendência, pois Almeida, Maria Elizabeth Bianconcini e Alonso Myrtes, em Tecnologias na Formação e na Gestão Escolar, mencionam que essas plataformas são o alicerce para a nova tendência da educação.
Nesse ambiente, os sistemas computacionais disponíveis na internet, destinados ao suporte de atividades mediadas pelas tecnologias de informação e comunicação, permitem integrar múltiplas mídias.
Consequentemente, linguagens, recursos, apresentar informações de maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas e objetos de conhecimento, elaborar e socializar produções têm em vista atingir determinados objetivos.
As atividades se desenvolvem no tempo, no ritmo de trabalho e no espaço em que cada participante se localiza, de acordo com uma intencionalidade explícita e um planejamento prévio. Este constitui a espinha dorsal das atividades a realizar, sendo revisto e reelaborado continuamente no andamento da atividade.
Desse modo, os estudantes sentem-se estimulados a essa forma híbrida da educação. Pois esse modelo elenca criatividade, inovação, empatia, cooperação, confiança, empreendedorismo, ética, flexibilidade, ideias, oportunidades e autonomia.
Assim, em conformidade com Castanho, eles conseguem discernir qual a melhor decisão em relação aos seus problemas e desafios.

Pronto para aplicar o Ensino Híbrido na sua escola?

A fim de se contextualizar com essa nova tendência da educação híbrida no Brasil, visite o site do CER Sebrae. Nele se encontram novas tendências, novas metodologias, ferramentas de inovação, cursos para professores empreendedores, tecnologia na escola. Ou seja, inúmeras opções para engajar a sua escola com essa nova tendência que se perpetuará no ensino brasileiro.
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