Aprender pela experiência: conheça a metodologia criada pela Perestroika

Blog Aprender pela experiência: conheça a metodologia criada pela Perestroika

05/12/2018
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O que faz as pessoas pagarem mais por um simples copo de café em uma cafeteria como a Starbucks? O ambiente aconchegante e moderno, o atendimento intimista, o clima de coworking e até mesmo a iluminação ou a playlist. Por trás de todas essas estratégias, está uma palavra que ganha cada vez mais importância nos dias de hoje: a experiência.

perestroika

Proporcionar ao cliente momentos memoráveis tem-se tornado um dos fatores de competitividade extremamente relevantes na era pós-revolução digital, fazendo com que as empresas invistam pesado em criar um ambiente agradável, atendimento surpreendente e experiências transformadoras, com o objetivo de tornar os clientes verdadeiros embaixadores da marca.

Por que aprender pela experiência?

Mas não é só no varejo que a experiência tem garantido seu lugar. Para uma geração acostumada com acesso fácil e rápido a qualquer tipo de informação, ela tem um papel significativo na educação, contribuindo para o engajamento dos alunos e para uma rica jornada de aprendizagem.

Se tem uma escola que entende de experiências “épicas” em sala de aula, essa escola é a Perestroika. Com a crença de que a escola pode ser mais inspiradora, a equipe da Perestroika desenvolveu uma metodologia própria a partir da fusão dos conceitos clássicos de educação, movimentos contemporâneos, aspectos da sociedade pós-revolução digital e os quatro pilares de educação da Unesco.

Batizada de Experience Learning, ou aprendizado pela experiência, a metodologia une o aprendizado ao entretenimento, promovendo vivências transformadoras para os alunos com foco no empoderamento criativo dos participantes.

Como a Perestroika faz

O método se divide em quatro módulos: conteúdo, forma, emocional e estrutura. Conheça mais sobre cada um deles a seguir.

1) Conteúdo

  • O diferencial de quem transmite determinado tipo de conteúdo deve estar em sua experiência com o assunto. Assim, a metodologia defende a importância de professores com a postura de autores sobre o que é ensinado, compartilhando um olhar pessoal e único sobre o conteúdo. Isso acontece principalmente por meio da formulação de uma tese ou de um ponto a ser provado de forma argumentativa durante cada aula, módulo e curso.
  • Para garantir que o conteúdo será entregue de forma concisa e interligada durante as aulas, também é elaborado um roteiro com a ‘entrega mínima’, ou o conjunto de perguntas que deverão ser respondidas, obrigatoriamente, dando mais segurança ao aluno e funcionando como um norte ao professor.
  • Já a aplicabilidade do conteúdo na prática fica por conta do que a Perestroika chama de ‘fator dia seguinte’, que nada mais é do que um resumo do aprendizado prático que os alunos conseguirão absorver de cada lição.
  • Outro ponto interessante é que os próprios alunos são responsáveis por levar conteúdo para as aulas. Em uma dinâmica batizada de ‘ignite’, os participantes têm 15 minutos para apresentar e desenvolver brevemente qualquer assunto de sua escolha, enriquecendo o debate entre alunos e professor.
  • Por fim, uma das estratégias mais interessantes para manter o nível de engajamento no conteúdo é a construção de um ‘mapa conectivo’, um conceito que estabelece de quais maneiras o conteúdo será ‘amarrado’ nas aulas, no intervalo entre os módulos e ao final do curso. Entre as ações estão a criação de debates em grupos nas redes sociais, a inclusão da figura de uma pessoa responsável por comentar o conteúdo após a apresentação do professor, o envio dos melhores momentos das aulas para os participantes e até uma aula após a última aula.

2) Forma

  • Manter distância do formato de palestra e, ao contrário, elaborar uma aula é uma das principais maneiras que a Perestroika usa para reter a atenção do público. Isso porque, em uma aula, o professor tem um compromisso com o aprendizado do grupo e não apenas com a exposição dos temas. Assim, a interação entre professor e aluno não só é permitida como também é um dos principais ingredientes para a construção do conhecimento.
  • Imagem é tudo. É por isso que há uma preocupação grande com a estética das apresentações, estimulando o participante a pensar, também, visualmente. Infográficos, vídeos, memes e layout caprichado fazem parte dessa estratégia.
  • Para reforçar ainda mais a ideia da tese, uma das estratégias de conteúdo, os professores são estimulados a formular uma tagline ou uma espécie de moral da história. Ela deve sintetizar o conteúdo da aula em uma frase ou expressão simples e fácil de ser memorizada.
  • Um acontecimento surpreendente, que funciona como âncora e ajuda a assimilar o conteúdo aprendido: na metodologia do Experience Learning, ele é chamado de ‘treco’. O céu é o limite na hora de planejar o “treco”: de apresentação de escola de samba a aulas ao contrário ou de olhos fechados, vale de tudo para gerar um buzz entre os alunos.
  • Para unir a tese à tagline e ao “treco”, a metodologia aposta no chamado fluxo TTT, um esquema que ajuda a visualizar a narrativa e as entregas das aulas.

3) Emocional

  • Estabelecer conexões, promover integração e criar vínculo entre os participantes: tudo isso faz muita diferença na absorção do conteúdo. Com a estratégia simples de criar momentos de boas-vindas e fechamento, o check-in e o check-out, a metodologia estimula a troca de ideias, o feedback e a aproximação entre professores e alunos. Nesse sentido, a primeira aula tem um papel muito importante para estabelecer o clima do curso. Essa aula inaugural é pensada com muito cuidado para que todos se conheçam e sejam feitos os contratos necessários para o bom andamento das aulas.
  • Na Perestroika, os participantes dos cursos não são vistos como clientes e nem mesmo como alunos. Eles são recebidos como convidados. A escola monitora todas as variáveis (do ambiente às questões sociais) para que eles se sintam entre amigos, em um clima festivo e intimista.
  • Desenvolver networking e, por que não, criar amizades é um dos propósitos dos cursos da Perestroika. Por isso, o happy hour e as festas são parte essencial do planejamento e chegam a acontecer mais de uma vez a cada curso. O cuidado para manter o ambiente informal, criativo e descontraído permeia todas as outras atividades, para que as aulas sejam experiências tão divertidas quanto ir para a balada com um grupo de amigos.

4) Estrutura

  • É por meio de uma estratégia emprestada da dramaturgia, conhecida como Arco, que a metodologia Experience Learning conecta o aprendizado. O Arco é o que une cada pequena aula à uma lição maior, dando sustentação à tese do curso.
  • Uma maneira de tornar a estratégia do curso visível é desenhar frameworks das aulas e do próprio curso. Nos esquemas, uma espécie de cronograma é criado, para garantir que todos os momentos importantes serão contemplados e que terão conexão entre si.
  • O que fazer quando o curso perde seu fio condutor? Uma aula extra, chamada de checkpoint, também é prevista na metodologia, como forma de colocar todos os participantes na mesma página.
  • Dinâmicas e momentos voltados para o autoconhecimento coroam a tática estrutural das aulas. Eles podem permear todo o curso ou acontecer em períodos específicos, sempre com o objetivo de promover experiências transformadoras.

Tomou nota? Você pode se inspirar na metodologia Experience Learning para criar a sua própria forma de dar aula ou incrementar a experiência que deseja criar em sala de aula.

Para conhecer a metodologia a fundo, acesse o site da Perestroika, onde ela está disponível gratuitamente. E, se você já coloca alguma dessas orientações em prática, conte-nos, em nossas redes sociais, sobre os resultados que você tem alcançado e os desafios do aprendizado pela experiência em sua escola.

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