CASE PLACI ART – EMPREENDEDORISMO CRIATIVO

Blog CASE PLACI ART – EMPREENDEDORISMO CRIATIVO

15/03/2022
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“Se você não recicla, então reuse.
Se você não reusa, então reduza.
Mas faça algo pelo planeta!”
Segundo dados da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), a Região Sudeste é a maior produtora de lixo no Brasil. Com uma produção diária de 113 mil toneladas, apenas 60% da coleta é destinada aos aterros sanitários, e o restante é encaminhado aos lixões e aos aterros controlados.
Quando falamos, porém, de reciclagem, em nível de Brasil, os dados são ainda mais preocupantes.
De tudo o que é produzido em toneladas, cerca de 82,5 milhões, apenas 191 mil de papel, 76 mil de plástico e 4 mil de outros materiais, incluindo aparelhos eletrônicos, são reciclados.
Nesse sentido, a fim de minimizar os impactos ambientais causados pela produção desenfreada e o descarte inadequado do lixo, adolescentes do Instituto Dona Placinda, com o auxílio das professoras de Língua Portuguesa, Artes e da Coordenação Pedagógica desenvolveram o projeto “Placi Art – Empreendedorismo Criativo, visando transformar o lixo, por meio da reciclagem, em artes criativas.
Durante o segundo semestre de 2021, a instituição, localizada em Mogi das Cruzes/SP, uniu estudantes do 6.º ao 8.º ano para transformar o ‘lixo’ em belo. O resultado do empreendimento foi apresentado ao público nos dias 3 e 4 de dezembro do mesmo ano e contou com a participação do artista plástico Paulo Secomandi.
Abaixo, Juliana Sanches da Silva, idealizadora do projeto, nos contou com detalhes como foi a criação do “Placi Art – Empreendedorismo Criativo” e como o CER contribuiu com o projeto.
Boa leitura!

O nascimento do projeto

A ideia de criar o “Placi Art – Empreendedorismo Criativo” surgiu da necessidade de estimular práticas sustentáveis no cotidiano dos estudantes.
Inicialmente, eles foram submetidos a vídeos e leituras referentes aos problemas e às responsabilidades perante as questões ambientais. Em seguida, participaram de debates para compreender a situação do planeta e, por fim, conheceram artistas plásticos engajados em ações ambientais e reconhecidos por suas obras de arte sustentável. Nomes como Paulo Secomandi, Ubiratan Fernandes e Vick Muniz foram estudados nesse período.
Toda a ação foi protagonizada pelos próprios alunos, que arrecadaram material reciclável como papéis, revistas velhas, tampinhas de garrafas PET e lixos eletrônicos para a composição das obras.

A Educação Empreendedora contribuiu com o engajamento da turma

Cada turma ficou responsável por uma ação; o sexto ano, por exemplo, contou com a presença de 170 alunos, aproximadamente. Divididos em duplas, eles separaram papéis para a produção dos mosaicos, que se tornaram estampas exclusivas de camisetas.
Os trabalhos do artista plástico mogiano Paulo Secomandi serviram de inspiração para as criações da equipe. Vale ressaltar que a iniciativa foi fundamentada na proposta da Ecopapelaria do material JEPP, porém o papel foi utilizado apenas como um meio para chegar à estamparia.
E , no dia da exposição, que apresentava os mosaicos e seis camisetas como “amostra” do produto, o artista veio pessoalmente à escola prestigiar o evento e conversar com os alunos.
Já as turmas do sétimo ano, que contam com quase 200 estudantes, se organizaram e arrecadaram cerca de 10.000 tampinhas de garrafas PET para a montagem de painéis de animais da nossa fauna escolhidos por eles. Mais tarde, essas se transformaram em estampas para vinte ecobags, principal produto a ser comercializado pelos alunos.
Em cada turma, um grupo de alunos ficou responsável pelo desenho do animal no painel de madeira, enquanto os demais se subdividiram entre os que iam separar e selecionar as tampinhas e os que fariam a colagem do material. É importante lembrar que os alunos se basearam no material JEPP “Artesanato Sustentável”.
Os painéis do artista porto-alegrense Ubiratan Fernandes foram a motivação inicial para as produções das turmas do sétimo ano, já que Ubiratan também demonstra efetiva preocupação com o meio ambiente e com a questão da sustentabilidade. Ao todo, foram oito painéis expostos na galeria aberta ao público.
Em razão de o descarte incorreto de lixo eletrônico ainda ser um problema mundial, os 203 alunos das turmas do oitavo ano arrecadaram material como placas, teclados, CPUs, celulares, fones e os transformaram em esculturas de aproximadamente 6 metros. Os trabalhos foram registrados pelas câmeras de fotógrafos em uma escada de 4 metros para se obter o melhor ângulo.
As imagens foram encaminhadas a uma gráfica e transformadas em memórias inesquecíveis com impressão de altíssima qualidade, reproduzidas em sete telas de Canvas 60×60.
A composição das esculturas com lixo eletrônico teve como principal inspiração o artista plástico brasileiro Vick Muniz, reconhecido internacionalmente por seu trabalho fotográfico e sustentável. O suporte para toda essa produção está no material do JEPP “Empreendedorismo Social”.

Toda a comunidade foi beneficiada com o Placi Art – Empreendedorismo Criativo

O projeto Placi Art – Empreendedorismo Criativo” trocou experiências e materiais com a cooperativa “RECIBRAS”, cujo objetivo é apoiar os catadores e as pessoas de baixa renda que trabalham com reciclagem, assim como dar o destino correto para diversos tipos de material, dentre as quais, a sucata eletrônica. Os trabalhos foram apresentados em uma exposição de arte, numa galeria idealizada e projetada pelos próprios estudantes e pelos professores.
As ações pelas quais nos responsabilizamos impactam todos à nossa volta, e também as próximas gerações. Jogar um papel de bala no chão, por exemplo, parece inofensivo; entretanto prejudica todo um ecossistema. Afinal, o vento que sopra o arrasta por diversas ruas até chegar a um rio e servir de ‘alimento’ para peixes e outros animais.
Por essa e outras razões, a coleta seletiva, bem como a reciclagem, é fundamental para o planeta. No entanto, mesmo sabendo disso, por muitas vezes, deixamos de tomar tal atitude. Por isso, a Educação Empreendedora é tão importante para as crianças e os adolescentes da nova geração.
Isso porque, por meio da autonomia, análise crítica, debates construtivos, planejamento assertivo e mão na massa, é possível fazer o que essa instituição fez. Ensinar estudantes a transformar o lixo em algo belo e, assim, contribuir com toda a comunidade escolar.
Mas, não apenas isso: o diferencial da Educação Empreendedora é ser duradouro e levar o ensinamento para o dia a dia dos jovens e dos adolescentes, desenvolvendo habilidades que perduram até o mercado de trabalho.
Sendo assim, para conhecer mais histórias inspiradoras e levá-las à sua escola, acesse o CER HISTÓRIAS. E conte também com a ajuda do CER e expanda a Educação Empreendedora a toda a comunidade escolar.
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