
Com prazo para ser consolidada nas escolas até 2020, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define diretrizes para que todas as instituições de ensino básico, até o último ano do fundamental, reestruturem seus currículos.
A ideia é assegurar que todos os alunos brasileiros tenham acesso aos conhecimentos essenciais para cada etapa da educação, independentemente da região onde vivem ou se frequentam escola pública ou privada. O objetivo é preparar os estudantes para viver na sociedade do século XXI.
Uma das novidades apresentadas logo na parte inicial do documento são 10 competências gerais que o aluno deve desenvolver na escola. Elas abordam questões como capacidade argumentativa, protagonismo, uso de tecnologia e inteligência emocional. Neste post, vamos explicar como o ensino baseado em competências ganha força com a BNCC e quais são as 10 competências gerais previstas no documento.
De acordo o texto introdutório da Base Nacional, os conteúdos essenciais definidos ao longo do documento devem ser trabalhados de modo que os estudantes apresentem um conjunto de 10 competências gerais, que dizem respeito aos seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento.
Segundo o Estúdio Folha, o enfoque em competências já orienta os sistemas de ensino de países como Canadá, França e Finlândia, e é adotado pelas principais avaliações internacionais, inclusive pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa).
De conceito mais amplo, a competência é definida na BNCC como algo que abrange não só conhecimentos e habilidades, mas também atitudes e valores. “É a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho”, afirma o documento. A ideia está alinhada à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
Estas são as competências que, de acordo com a BNCC, todos os alunos devem desenvolver:
A proposta da BNCC requer que as escolas reestruturem seus currículos de modo a promover cada uma das competências descritas acima, ao mesmo tempo em que abordam os conhecimentos essenciais listados no documento. Mas, enquanto a instituição em que você trabalha não implementa um currículo novo, que tal ir trabalhando as competências em sala de aula desde já? Elas são oportunidades de realizar atividades diferentes e instigantes com os alunos, capacitando-os a lidar com dilemas da vida estudantil e pessoal próprios da atualidade.
Para continuar aprofundando seus conhecimento no assunto, confira também esta entrevista com a educadora Guiomar Namo de Mello sobre os desafios de criar currículos baseados na BNCC.
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