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Diversidade é algo que as crianças devem aprender pelos pais, e também, pela escola. Dessa forma, os pequenos aprendem, desde a infância, que as diferenças existem e devem ser respeitadas.
Pensando na construção da empatia e na inclusão social, o CER trouxe nove livros brasileiros que os professores podem, e devem, utilizar nas salas de aula. O objetivo é promover debates positivos sobre a diversidade, o respeito, o trabalho em equipe e a auto-aceitação.
Boa Leitura!
1 – Uniforme
Em ‘Uniforme’, o autor Tino Freitas conta a história de um camaleão que precisa se camuflar o tempo todo para conseguir se encaixar e ser aceito diante os grupos do qual pertence. O livro curto, de 38 páginas, é indicado para crianças de todas as faixas-etárias.
Daniel Nascimento declara o que sentiu ao ler a narrativa: “O livro, com uma sensibilidade incrível, trata com leveza de um assunto bastante complicado ainda hoje: a liberdade que temos (ou deveríamos ter) para sermos livres, eternamente em construção própria.
Recomendado para qualquer criança, adolescente, adulto e idoso.”
2 – Minha Família é Colorida
Escrito pela brasileira Georgina Martins, ‘Minha Família é Colorida’ é indicado para ensinar os estudantes sobre diversidade étnica. Ângelo é uma criança questionadora e quer saber porque seus irmãos têm cabelos lisos, a mãe, cabelo ondulado e sua avó é negra.
De forma lúdica, Ângelo descobre que todas as famílias têm hábitos, tradições e cores diferentes. O livro possui figuras e linguagem simples indicadas para as séries dos ensinos infantil e fundamental.
3 – Quando me Descobri Negra
Bianca Santana, escritora do livro ‘Quando me Descobri Negra’ faz uma reflexão em três partes sobre como é o processo de desconstrução do negro para se enxergar como negro e sentir orgulho.
A autora traz relatos pessoais e conta como conseguiu se aceitar e como o racismo estrutural está enraizado em nossa sociedade em atitudes sutis. “Tenho 30 anos, mas sou negra há dez. Antes, era morena (…) Considero este livro um presente, é algo para se ter sempre às mãos e ir sendo revisitado. Bianca, ao falar de si, fala de nós.” – DJAMILA RIBEIRO colunista da Carta Capital, pesquisadora na área de filosofia política e feminista.
4 – Tapajós
‘Tapajós ‘é um livro que conta a história de Cauã e Inauê que vivem às margens do rio Tapajós, no Pará. Com diversas ilustrações, o autor Fernando Vilela traz a realidade das famílias que vivem nas regiões ribeirinhas, mostrando como é o dia-a-dia dos moradores.
A professora do 1.º ano do Ensino Fundamental, Larissa Reducino da Silva, revela como foi a experiência de ler a narrativa para seus alunos: “Estou muito encantada, o livro é muito bonito e a narrativa envolvente. Muito legal compartilhar essa leitura com as crianças, apresentar o estado do Pará e a região de Santarém/Alter do Chão. Fiz a leitura com crianças de 4, 5 e 6 anos de idade e todos se envolveram com a história. Segundo as crianças, o único problema ‘é que a história termina’.”
5 – Meu Menino Vadio: Histórias de um Garoto Autista e seu Pai Estranho
Luiz Fernando Vianna é jornalista e pai de Henrique. No livro ‘Meu Menino Vadio’, Luiz Fernando conta como é realidade de ter um filho autista. O autor condena a romantização acerca do autismo e traz, de forma realista, suas dores, angústias, e também, a superação diária de Henrique junto aos desafios de ser quem é. Como uma espécie de diário, o livro narra as trajetórias do filho adolescente que gosta de mar, desenhos animados e ironias.
“Trata-se de um relato pessoal, verdadeiramente sincero de um pai e seu filho autista. A coragem do autor em publicar seus medos, os olhares dos outros, a parte não (ou nada) romântica de se ter um filho autista. O livro me surpreendeu: refleti, ri, chorei. Conseguiu transmitir sentimentos que vem da alma.”, recomenda a leitora Fabiana Feldman.
6 – Rodrigo Enxerga Tudo
Rodrigo é deficiente visual e foi transferido de uma escola especial para uma escola inclusiva onde conhece André. Automaticamente, os dois se tornam melhores amigos e Rodrigo ensinará ao companheiro, bem como a todos os outros alunos, que todos podem enxergar as mesmas coisas, porém, de formas diferentes.
O autor Markiano Charan Filho é deficiente visual e especialista em educação inclusiva e bacharel em línguas pela PUC. Ativista dos direitos à pessoa com deficiência, Markiano, além de escritor é Presidente na ADEVA (Associação de Deficientes Visuais e Amigos).
7 – O Cabelo de Lelê
O livro ilustrativo de Valéria Belém fala sobre Lelê, uma criança negra que não gosta de ver seus cabelos ondulados no espelho. Mas que aprenderá, por meio dos estudos, tudo sobre a beleza da herança africana, e gradualmente, iniciará o processo de auto-aceitação.
Valéria Belém é jornalista, militante e conquistou o prêmio ‘Jornalista Amiga da Criança’ devido a lidar com assuntos como, preconceito e o empoderamento negro através de linguagem simples e própria para as crianças.
8 – Do Jeito que a Gente é
Escrito pela autora Marcia Leite, o livro ‘Do Jeito que a gente é’ tem a participação de dois personagens adolescentes como centro. Chico está se descobrindo homossexual e Bea é uma garota que odeia sua aparência.
A narrativa trabalha com questões de autoestima e o quanto é fundamental para o jovem ter pessoas ao lado que o auxiliem na construção de sua identidade. Além disso, o livro traz um panfleto com perguntas para reforçar o que foi aprendido durante a leitura.
Trabalhar a diversidade em sala de aula é fundamental para o desenvolvimento de valores como a empatia e o respeito. Por isso, é importante que o professor busque maneiras divertidas que contribuam com a reflexão dos estudantes.
Em nosso blog, você encontra diversas referências que podem ser usadas em atividades dentro e fora da sala de aula, de acordo com a série e competência abordada. Confira todos os nossos materiais.
