“Educar na curiosidade”: por que ler este livro?

Blog “Educar na curiosidade”: por que ler este livro?

31/10/2022
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O nome da obra já diz muito, não é? Escrito por Catherine L’Ecuyer, Educar na curiosidade: a criança como protagonista da sua educação é uma ótima pedida para pais, gestores escolares, professores e para a comunidade escolar no geral.

De forma resumida, pode-se dizer que Educar na curiosidade passa pela importância que tem a curiosidade na trajetória infantil, fala sobre o vício tecnológico e também traz um alerta para os estímulos em excesso. O resumo disponível na Amazon explica bem do que se trata o livro.

Como conseguir que uma criança fique quieta observando com calma o que a cerca? Como ensiná-la a esperar antes de ter, pensar com motivação para aprender sem medo de se esforçar? Como educar crianças hiperestimuladas pelo volume de atividades ou pelo uso excessivo de dispositivos tecnológicos? Como torná-las protagonistas da  própria educação? Essas são algumas questões que afligem pais e professores em meio a tantas mudanças e avanços tecnológicos. Da leitura fácil e didática, Educar na curiosidade (‘Educar em el asombro‘, já na 16ª edição na Espanha, publicado na Itália e Coreia) traz à tona esse cenário em que crianças desde cedo já possuem agendas repletas de compromissos e têm a sua atenção voltada para os mais diversos estímulos externos. Um cenário em que a tarefa de educar torna-se um verdadeiro desafio. A autora oferece caminhos para que pais e professores saibam respeitar o desenvolvimento natural infantil, através do despertar da curiosidade, do instigar para o aprendizado.

Palavras da autora

Catherine L’Ecuyer, autora de Educar na curiosidade, deu uma entrevista exclusiva ao portal Bebê.com.br, da Editora Abril. A seguir, destacamos alguns trechos que podem despertar o seu interesse pela obra. Confira:

O que ela diz sobre…

As consequências da dependênciatecnológica

A autora fala que as crianças nascem com a curiosidade, uma virtude maravilhosa. É assim que elas têm o “desejo interior de descobrir, de aprender, o que é algo ativo, não passivo”.  E isso se perde quando eles ficam muito tempo na frente das telas, pois é quando se tornam passivos. Catherine afirma que, dessa forma, os sentidos ficam saturados, o que faz com que eles se sintam cada vez mais aborrecidos, ansiosos e viciados nesse tipo de estimulação externa.

A tentativa de tentar “ocupar” a criança o tempo todo

Há muitos pais e docentes que acreditam que é preciso que as crianças estejam ocupadas o tempo todo, a qualquer custo. Catherine ressalta que não é bem assim que deve ser. “As crianças têm tudo – até antes mesmo de pedirem”, pontua. Segundo a autora, não há um costume por parte das crianças de esperar, e os pais ou responsáveis, por sua vez, não as ajudam no gerenciamento de frustrações. “Por isso, devemos voltar para as atividades mais tranquilas, que desenvolvem a paciência, como a pesca, a descoberta dos insetos no bosque e o cuidado com o jardim”, aconselha.

Além disso, reforça a importância de a criança ter o seu espaço para pensar, sem receber tudo pronto e, assim, criar ou encontrar soluções – isso também é educar na curiosidade. “Ao contrário do que argumenta o modelo mecanicista, é bom que as perguntas que fazem nossos filhos, às vezes, fiquem sem respostas”, sinaliza.

A importância de definir uma rotina

Para tratar o assunto, Catherine resgata o modelo montessoriano, que diz que a rotina é o segredo da perfeição, mas faz a sua ressalva sobre o olhar do adulto. “Acredito que a rotina deixa de ser boa quando é mecânica – até mesmo porque o que faz sentido na infância é o olhar do cuidador”. Segundo ela, as coisas são observadas pelas crianças com os olhos das pessoas que cuidam delas. “E é por esse motivo que o olhar que temos em relação ao mundo é tão importante”, alerta.

O excesso de estímulos

Como pontua a pergunta, esse excesso de estímulos – para falar ou andar, por exemplo – pode vir dos próprios pais, que ficam frustrados quando não ocorre da forma como esperavam. Nesse contexto, Catherine relembra uma parte importante, e também simples, que é o contato com a realidade. O movimento e a linguagem simplesmente se desenvolvem por meio do contato com a realidade – eles não precisam ser estimulados. A criança necessita de um ambiente normal que permita que ela desenvolva essas habilidades, mas é contraproducente bombardeá-la com estímulos que antecipam as etapas.

A autora lembra ainda que a ideia de que é melhor aprender na primeira infância é um mito, uma má interpretação da literatura neurocientífica. Na verdade, há períodos sensíveis na vida das crianças, não críticos. Respeitar o fluxo natural da vida também faz parte disso. “Educar na curiosidade consiste em respeitar sua liberdade interior, contando com a criança no processo educacional; respeitar seu ritmo; fomentar o silêncio, a brincadeira livre; respeitar as etapas da infância; rodear a criança de beleza, sem saturar os sentidos”, reforça.

>> Leia a entrevista completa aqui

Outras experiências

No blog “Flor na cabeça“, de Letícia Giacomin, uma mãe de primeira viagem, há um post em que ela conta sobre o aprendizado que teve com a leitura do Educar na curiosidade. Entre eles, estão: a simplicidade da criança; os perigos da superestimulação; a importância do silêncio e a sensibilidade do educador.

Ao falar sobre a sua experiência, Letícia foca neste último tópico. “A conclusão mais linda que eu cheguei no final da leitura é que tudo depende da sensibilidade do cuidador […] Cada criança é única e tem seu tempo de dormir, preferência de como e o que comer […] e modo de brincar. Cabe ao cuidador, como adulto, ter essa percepção do pequeno e criar um ambiente favorável para ele”. Ela acredita que essa sensibilidade ao lado de uma boa relação de pais-criança favorece a formação de adultos mais seguros de si. Leia aqui o relato completo.

Depois de chegar até aqui, você deve estar interessado em ler Educar na curiosidade, não é? Recomendamos também um conteúdo que tem a ver com muito do que falamos neste post: leia Educação Criativa: por que a criatividade é tão importante quanto a alfabetização?.

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