
Será que é mais fácil aprender quando a gente se diverte? Ou ainda: será que a aprendizagem pode ter também afeto? E a tecnologia nisso tudo, tem espaço? O que significa “Edutenimento”?
Para responder a essas e a outras perguntas, conversamos com o professor Noslen Borges, que mistura muito bem esses temas em seu canal do YouTube, o maior de Língua Portuguesa do mundo. Acompanhe!
Educar e ensinar são ações que passam pelo crivo da afetividade. Ensinar com afeto é muito mais eficaz do que educar na tecnicidade. Afetividade na educação é colocar-se no lugar do outro no momento de ensinar.
Toda a relevância. Um professor que se conecta com o aluno também conecta o aluno ao conteúdo, que ele explica de forma mais eficaz.
A afetividade quebra a barreira da complexidade de qualquer conteúdo. Uma boa relação entre estudante e professor cria uma conexão entre o estudante e o conteúdo que o professor ensina.
A diversão tem a função catártica – quando geramos uma catarse no aluno, ele “desarma” para o conteúdo e, assim, pode ser impactado ou se sentir atraído pelo tema mais facilmente.
A melhor maneira é usar a tecnologia do dia a dia, aquela a que o aluno já está acostumado, aproximando o conteúdo por meio dessa tecnologia. Um exemplo: trabalhar narrativa ou outro tema, pedindo ao estudante que crie uma esquete de TikTok.
Diversão + afeto + conteúdo = Edutenimento. A soma de tudo isso faz com que possamos ensinar nos divertindo, sem o peso que muitos conteúdos trazem por si sós. O conteúdo fica mais leve e acessível.
A função de qualquer professor é ser mediador dessas tecnologias. É importante dar o direcionamento e mostrar como usar essa ferramenta de forma produtiva (indicando sites, professores on-line ou jogos educativos on-line de confiança, por exemplo).
Quando o aluno percebe que o seu professor ocupa os mesmos espaços digitais que ele, isso aproxima os dois, criando uma identificação que refletirá diretamente na aprendizagem.
Isso é algo próprio da minha personalidade. A alegria, o bom humor e o riso são características minhas como pessoa, que, naturalmente, se refletem no meu trabalho. Meu material é uma extensão de mim; logo, a afinidade é criada pelo meu próprio estilo de ser.
Primeira coisa: seja você mesmo. Não crie personagens nem estereótipos, já que as pessoas se encantam por suas qualidades e pelo que você é. Ninguém é igual a ninguém; e essa é a beleza de ensinar com as suas próprias características. Sempre haverá quem se identifique com você, e isso fará com que sejamos referência para alguém.
Segundo: estude muito, não só o seu conteúdo, mas também como usar seu conteúdo de forma objetiva e propositiva com os seus estudantes.
E terceiro: que o seu foco seja sempre o outro, aquele que quer aprender, e não somente o seu “eu”.
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