A tecnologia está cada vez mais presente em nosso dia a dia – em casa, no trabalho e, claro, nas escolas. Pensando nessa relevância, que ganha cada vez mais força, a equipe do Portal CER entrevistou Fernanda Vernieri, analista do Sebrae Nacional, sobre a aprendizagem em novos meios – WhatsApp, Telegram e Alexa. Ela falou sobre o assunto na Bett Brasil 2022, o maior evento de educação e tecnologia da América Latina. Confira!
Sendo a aducação a ciência que define abordagens, estratégias e didáticas no cotidiano de ensinar e aprender, a tecnologia sempre esteve a seu serviço, mediando e conectando pessoas. Não seria diferente nos tempos atuais, com plataformas como WhatsApp, Telegram e Alexa.
O importante é não colocar a tecnologia à frente da educação. Ou seja, vale sempre investigar os estilos de aprendizagem do público-alvo, a acessibilidade tecnológica, o perfil digital e outros fatores que definem bons projetos para uma Educação Empreendedora.
Com a pandemia, a necessidade de se comunicar remotamente aumentou, e isso é fato. Nesse cenário, algumas tecnologias demonstraram melhor performance como meios no processo de aprendizagem, principalmente as que oferecem a sincronicidade, o tempo real e a interatividade.
Precisamos lembrar que a tecnologia é meio, e não fim, e se encontra em permanente evolução. Por isso, é importante estar atento à forma como os indivíduos aprendem, por quais meios e quais suas limitações e também atentar para a sua acessibilidade. Estar em uma sala de aula, por exemplo, em que o educador disputa a atenção dos alunos com o celular, é um sinal.
Acredito que propondo experiências piloto, incentivando a capacitação e a reciclagem dos docentes, trazendo dados e estudos de mercado.
Em um primeiro momento, não resistindo, bem como não percebendo a tecnologia como vilã ou ameaça. Depois, permitindo-se experimentar, buscando conhecimento e práticas de acordo com sua realidade e contexto.
Trabalhar no desenvolvimento de conteúdo educacional utilizando ferramentas de chatbot requer conhecimento especializado, em estatística e inteligência artificial, por exemplo. Ferramentas como Take Blip e Watson podem ajudar quem deseja aprender. A dica para a pessoa que quer começar é procurar cursos prontos e gratuitos, como os oferecidos pelo Sebrae.
Não vejo a tecnologia como vilã. Pelo contrário, enxergo nela mais potencial, possibilidade e virtudes do que ameaças, quando se trata do processo de ensino-aprendizagem e dos vínculos estabelecidos na construção do conhecimento.
Uma alternativa viável é investir em projetos inovadores de Educação Empreendedora e de formação continuada e participar deles, apostando em tecnologias que contribuam para a geração de redes sociais, com troca e compartilhamento de vivência, para além das limitações de tempo e espaço geográficos.
Sites: IBM Watson – IBM Brasil | Take.net
Podcast: Resumido, podcast da B9
Documentário: AlphaGo, documentário da Netflix
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