
“Feedback” é um termo da língua inglesa que pode ser traduzido para o português como “retorno”. É uma expressão muito empregada no ambiente corporativo, quando se deseja conceder uma informação sobre o desempenho real de uma pessoa.
O feedback na escola é um retorno para os estudantes sobre o seu desempenho técnico e socioemocional. Ele aponta os pontos fortes e os que podem ser desenvolvidos, valendo-se de uma conversa sincera e respeitosa.
Normalmente, só convidamos os estudantes ou os responsáveis para uma conversa quando as coisas não estão bem. Mas a ideia de um feedback na escola é mostrar a todos uma análise real, inclusive para aqueles que apresentam um bom desempenho. Afinal, sempre há algo que pode ser aprimorado.
Leia até o fim para entender como essa postura pode aumentar o engajamento dos estudantes e dos responsáveis!
O feedback na escola é um momento de troca entre estudantes e professores relativo a desempenho de maneira geral. Ele pode até ser concedido ao professor pela turma, mas neste texto vamos focar nos feedbacks para estudantes.
É uma conversa sincera, em que é feita uma avaliação, mostrando os potenciais pontos de ajustes e os que se destacam positivamente, para que em conjunto estudantes e professores alcancem o mesmo objetivo: a aprendizagem.
É uma oportunidade ímpar para construir uma relação de confiança, aumentar o engajamento e despertar o interesse para a aula.
Ao implementar uma cultura de feedback na escola, é válido explicar previamente aos estudantes o que é um feedback e que o objetivo é potencializar o processo de aprendizagem deles. Esse momento deve ser visto como um “presente”.
A cultura de feedback na escola é uma das formas de aproximar os estudantes da cultura empreendedora. O papel do empreendedor é resolver os problemas da sociedade, independentemente do seu trabalho, e isso exigirá que esse busque desenvolvimento constante. E uma das ferramentas para isso é se autoavaliar com frequência.
É interessante convidar os estudantes para um momento de reflexão prévia, pedindo a eles que façam apontamentos sobre como eles enxergam o próprio desempenho. Aliás, essa é uma oportunidade de trabalhar com a competência de autoconhecimento, que também está inserida no Projeto de Vida.
Por fim, se possível, estabeleça uma periodicidade – um feedback por trimestre ou semestre, por exemplo. Idealmente, seria importante que cada estudante tivesse ao menos dois momentos ao ano.
A seguir, fizemos um passo a passo para ajudar você na preparação:
Para que o feedback cumpra com o seu objetivo de apontar ao estudante uma análise sincera do desempenho e sugerir rotas, é necessário antes de mais nada que a conversa seja muito respeitosa e sigilosa. Feedbacks devem ser concedidos de maneira individual.
Separamos aqui algumas dicas extras:
Conceder um feedback é uma ação que pode impactar a vida do estudante. É uma oportunidade de demonstrar que você se importa não somente com a rotina escolar, mas com a vida dele.
Por isso, prepare-se com antecedência. Faça uma análise das notas, do comportamento em sala e do comportamento socioemocional. O feedback é uma conversa, que não se limita a uma avaliação ou a um julgamento, mas vai além, sendo um momento de troca de percepção, apontamentos, sugestões e construção de um caminho a ser perseguido.
O mais importante é se mostrar disponível para conversar, auxiliar e construir juntos uma rota para o mesmo objetivo: garantir a aprendizagem e o sucesso do estudante.
Você pode fazer uma avaliação por competências antes de marcar a conversa.
É imprescindível explicar ao estudante que o objetivo de um feedback é indicar um direcionamento. Demonstre o quanto você se importa com ele.
Comece falando sobre os pontos fortes, de que modo desenvolvê-los, e ao final o ajude a pensar em como ele pode se organizar para enaltecer as habilidades.
Ao começar o feedback, dê preferência aos pontos positivos e fortes. Isso facilitará a abertura do estudante.
Uma questão que às vezes podemos nos esquecer é que, ao desenvolver as habilidades, precisamos também nos esforçar para manter o que já é forte. Por exemplo, se um estudante se desponta em matemática, ele deve sim continuar estudando a disciplina e buscar até mesmo por desafios.
O mesmo para as competências socioemocionais: se ele se desponta em comunicação, ele deve ter oportunidades para colocar isso em prática.
Portanto, os pontos fortes precisam ser exercitados para serem mantidos.
Ao apontar o que pode ser mais bem desenvolvido, mostre de forma prática como o estudante pode fazer isso. Não imponha, mas dê sugestões para que ele mesmo se convença ou escolha as opções, como:
A sugestão é não deixar o estudante sem um encaminhamento.
Agora que você sabe o que fazer um feedback, vale conferir os pontos a seguir para garantir que o objetivo seja cumprido:
Como você já sabe o que precisa para conceder um feedback, é hora de colocar tudo em prática. E, para ajudar nesse processo, temos um e-book sobre Competências Socioemocionais.