Escolher o caminho da formação técnica é uma boa alternativa? É uma opção melhor do que a trajetória escolar “tradicional”? Jovens que se formam nesse modelo têm mais chances de conseguir emprego? Ou têm ainda mais facilidade para ser efetivados e promovidos? Se essas respostas são positivas, é possível trazer esse “universo técnico” para dentro da sala de aula? E há a possibilidade de aliar com a Educação Empreendedora? Como? Respondemos a essas e a outras perguntas neste post. Acompanhe!
A pesquisa “Inclusão produtiva de jovens com Ensino Médio e Técnico: experiências de quem contrata” – publicada, em março deste ano, pela Fundação Roberto Marinho (FRM), em parceria com o Itaú Educação e Trabalho e a Fundação Arymax – traz números e dados significativos. Para chegar a eles, as organizações entraram em contato com mais de 800 empresas e ouviram gestores de RH de todo o Brasil. Confira a seguir.
As informações a seguir foram retiradas do site da FRM. Para ler as avaliações na íntegra e ter acesso a outros dados da pesquisa, clique aqui.
A educação profissional e técnica viabiliza mais oportunidades de evolução de carreira para os jovens em relação a quem concluiu apenas o Ensino Médio.
A mesma pesquisa analisou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Em conjunto, revelaram que:
Sem muitos rodeios, a resposta é sim, claro. Se você já é um adepto da Educação Empreendedora, provavelmente identificou algumas convergências nos tópicos da pesquisa que mostramos acima. Para sermos ainda mais específicos, vamos colocar algumas lupas nas informações e trazer dicas práticas a seguir. Confira!
“A falta de qualificação técnica e de experiência é a principal dificuldade para a contratação de jovens, seguida de competências socioemocionais aquém do esperado.”
As competências emocionais estão presentes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que orienta que todas as escolas utilizem metodologias que sejam capazes de desenvolvê-las. Além disso, as soft skills andam lado a lado das competências empreendedoras. Aqui, vale destacar uma delas, ou seja, a capacidade de persuadir e estabelecer redes de contato, valendo-se de estratégias deliberadas e pessoas-chave que vão ajudar no alcance de objetivos próprios, sempre pautadas pela ética.
Percebe como isso se relaciona também com outro dado apontado pela pesquisa, de que as empresas preferem as indicações aos sites de vagas quando o assunto é selecionar um candidato?
“Metade dos jovens com nível médio completo trabalham no comércio ou em serviços de menor valor agregado. O Ensino Técnico aumenta a inserção em serviços mais ‘sofisticados’, como a área de Tecnologia.”
A Educação Empreendedora trabalha de maneira transversal várias habilidades exigidas na vida profissional e na vida em sociedade. A familiaridade com a tecnologia, inclusive, uma vez que os recursos tecnológicos aparecem de forma cada vez mais categórica no mercado e, sem dúvidas, nas instituições escolares.
“A pesquisa mostra o desafio da formação profissional no mundo do trabalho, já que a falta de qualificação técnica é a principal dificuldade encontrada pelas empresas ao contratar para cargos médios/técnicos.”
Desafios técnicos são recorrentemente colocados em prática no desenvolvimento da Educação Empreendedora. A Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP), em especial, pode ser uma ótima aliada da formação técnica. Isso porque, como o próprio nome sugere, o conteúdo é aprendido na prática durante a operacionalização de um projeto – que envolve o desenvolvimento de um plano de ação, sua execução, apresentação dos resultados e avaliação final.
Consegue perceber como a Educação Empreendedora e a formação técnica passam por lugares semelhantes? Se você tem interesse em saber cada vez mais sobre o tema, acompanhe o Portal CER e tenha acesso às melhores informações.