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Estamos vivendo o mundo BANI, conceito criado em 2018, com base na evolução do conceito de mundo VUCA. É uma realidade de:
B – Brittle (Fragilidade) – alto grau de incerteza e de imprevisibilidade do futuro
A – Anxious (Ansiedade) – senso de urgência generalizado em que estamos imersos
N – Nonlinear (Não Linearidade) – várias ações que ocorrem simultaneamente, sobre as quais não temos controle
I – Incomprehensible (Incompreensível) – mesmo com mais acesso à informação, tem sido desafiador compreender a realidade em que estamos imersos
E como fica a educação nesse contexto?
É necessário refletir sobre os desafios e as oportunidades do futuro da educação, neste ambiente de mundo BANI. Buscando entender como se preparar para tal situação, leia até o fim.
O QUE O FUTURO NOS RESERVA?
Diante dessa previsão de mundo BANI, criado pelo futurista Jamais Cascio, fica cada vez mais difícil fazer previsões acertadas sobre o futuro.
Estamos em um ambiente de mais incerteza, fragilidade, em que tudo se torna urgente e com ruídos na comunicação. Há um ritmo de mudanças não presenciado anteriormente, o que aumenta o estresse e a pressão.
Tudo isso foi ainda mais potencializado no período da pandemia no qual ainda vivemos.
A revolução tecnológica avança em todas as esferas da sociedade. Na indústria, a automatização de processos tem sido usada como estratégia para aumentar a produtividade em massa.
Ao mesmo tempo, novidades como a internet das coisas, a computação em nuvem, os comandos por voz e a machine learning passam a exigir novas habilidades dos profissionais.
Nesse mundo de elevada incerteza e grande revolução, são dois grandes grupos de habilidades que se destacam:
- As tecnológicas
- E as socioemocionais
O primeiro deles está presente na Base Nacional Curricular Comum (BNCC) de forma expressa na competência número 5. E o segundo está estreitamente relacionado com o todo o texto da Base e com as 10 competências, mas aparece também de forma explícita nas competências 6, 8, 9 e 10.
Para orientar esse caminho da mudança e entender como aplicar esses dois grandes eixos na prática, veja a seguir os principais desafios e as oportunidades apontados no estudo “Educação do Futuro”, realizado pelo Centro Sebrae de Sustentabilidade, em parceria com o CER.
5 DESAFIOS DO FUTURO DA EDUCAÇÃO
1 – Ensino de competências: o estudante deve ser estimulado a desenvolver competências socioemocionais ou as chamadas “soft skills”.
São habilidades como:
- Empatia
- Comunicação efetiva
- Liderança
- Autoconhecimento
- Colaboração
- Foco e atenção plena
- Resiliência
- Criatividade
Essas habilidades inseridas na BNCC passam a estar presentes em todos os currículos escolares.
2 – Personalização da aprendizagem: já não será eficaz utilizar o mesmo método de ensino para todos os estudantes.
Precisará, ao contrário, usar estratégias variadas para considerar as preferências, o tempo e as dificuldades individuais.
Existem pessoas com maior facilidade de assimilar o conteúdo de forma visual; outras possuem uma memória mais mecânica. Por isso, em seus planos de aula, os professores e os coordenadores precisarão utilizar cada vez mais uma diversidade de métodos.
3 – Estudante como protagonista: os professores devem incentivar uma postura de maior autonomia e responsabilidade dos estudantes.
O protagonismo pode ser entendido como o estudante se tornando o centro do processo de aprendizado, isto é, participando de forma mais ativa da construção de seus saberes e da retenção do conteúdo. Para isso, as metodologias ativas são úteis.
Outra forma de entendimento desse conceito de protagonismo se dá a partir da atitude de maior envolvimento com as questões da comunidade escolar e da comunidade. Por exemplo, propondo ações como um grêmio estudantil mais ativo, relativas à resolução de desafios escolares, comunitários e sociais.
4 – Professor como mentor: a aula do futuro da educação precisa contar com mentores que incentivem a iniciativa dos estudantes e os orientem para o desenvolvimento de projetos.
O professor não é mais o único detentor e provedor de conhecimento. As aulas meramente expositivas não preparam os estudantes para este mundo BANI.
Assim, o professor deve incentivar uma postura mais ativa, propor projetos e incentivar ações.
5 – Novas formas de avaliação: a prova tradicional já não será suficiente para avaliar o desempenho do aluno.
O futuro da educação necessitará contar com outras estratégias com o intuito de avaliar sua evolução, inclusive, com formas de avaliar o comportamento do estudante e a sua inteligência emocional. É fundamental Indicar para os jovens quais as habilidades ele precisa buscar a fim de conseguir se destacar no mercado de trabalho.
FUTURO DA EDUCAÇÃO: COMECE APROVEITANDO ESTAS 5 OPORTUNIDADES
Visando incorporar o futuro da educação em sua realidade, incentive que professores adotem as seguintes estratégias:
1 – Aprendizagem por meio de projetos: estimule a autonomia e a confiança dos estudantes em relação ao desenvolvimento de projetos que contribuam para solucionar problemas da comunidade escolar. Pode ser um rodízio das quadras da escola ou questões da vizinhança ou mesmo da cidade.
Os projetos têm início, meio, fim, um objeto de estudo e uma proposta de solução.
São oportunidades de trabalhar em grupos e conceder mais autonomia aos estudantes, por exemplo, na forma como eles vão pesquisar sobre o tema e apresentá-lo à turma.
2 – Ensino interdisciplinar e transversal: promova a aproximação e o diálogo entre professores de componentes curriculares distintos.
Assim, os professores podem encontrar desafios em comum e criar estratégias que proporcionem um ensino mais integrado e contextualizado. Cabe enfatizar que os projetos podem ser interdisciplinares.
3 – Tecnologia como estratégia para personalizar ensino: pense em como o celular, o tablet e o computador podem ser empregados como ferramenta para personalizar a aprendizagem no futuro da educação. Eles serão úteis, por exemplo, para a aplicação da metodologia da Sala de Aula Invertida.
4 – Escola como laboratório: inclua o vocabulário e as estratégias de desenvolver novos produtos e soluções no dia a dia da escola. Uma opção é incentivar que os projetos incluam etapas de prototipagem de soluções.
5 – Incentivo à atitude empreendedora: faça com que a escola possa ser espaço de estímulo a uma postura de resolução de desafios, proposição de novas ideias e atitudes de coragem e resiliência.
Proporcione um ambiente em que o estudante tenha abertura para propor e testar novas ideias e ainda que ele tenha a possibilidade de testar, errar e tentar novamente.
Incentive esse estudante a aprimorar habilidades como comunicação, proatividade e liderança.
Apesar do rápido ritmo de mudanças e de incertezas, a boa notícia é que há muitas informações e ideias que podem ser utilizadas para incluir sua escola no futuro da educação.
Uma boa maneira de se preparar para esse futuro que exigirá ainda mais o desenvolvimento das competências socioemocionais é com o e-book que preparamos!
