Incentivo à leitura e Educação Empreendedora

Blog Incentivo à leitura e Educação Empreendedora

16/02/2022
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Afinal, o incentivo à leitura tem a ver com a Educação Empreendedora? A prática pode apoiar no desenvolvimento de competências empreendedoras ou isso é apenas um mito? É possível fazer isso acontecer em sala de aula? A essas e a outras perguntas responderemos no post de hoje. Acompanhe!
De acordo com uma matéria publicada pela CNN Brasil, em um comparativo do primeiro semestre de 2020 com o primeiro semestre de 2021, a venda de livros subiu consideravelmente no Brasil, com um aumento de 46,5%. Outro dado relevante é a alta nas vendas de e-books e audiolivros em 2020, no auge da pandemia, que cresceu 43%. Quando fazemos o recorte para o público infantil (crianças entre 5 e 10 anos de idade), entre 2015 e 2019, o número cresceu de 67% para 71%.
Por outro lado, a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro, revela que o tempo dedicado à leitura aumentou em especial nas redes sociais, tomando um momento que antes seria dedicado aos livros. A boa notícia é que essa tecnologia, se bem aproveitada, também pode ser utilizada a favor da educação.

Como a leitura e a Educação Empreendedora se relacionam?

Dentre os inúmeros benefícios do incentivo à leitura, estão o desenvolvimento da atenção, da concentração, do vocabulário, da memória e do raciocínio; o estímulo da curiosidade, da imaginação e da criatividade; o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, incluindo a capacidade de lidar com sentimentos e de desenvolver a empatia. A leitura também exercita a organização do pensamento por meio da linguagem verbal e escrita.
Se a Educação Empreendedora forma, em especial, jovens autônomos, com pensamento crítico, visão de mundo sistêmica e capacidade criativa a fim de trazer soluções para diferentes problemas, é fácil perceber a relação entre o incentivo à leitura e o empreendedorismo, certo? Mas vamos um pouco mais a fundo. Acompanhe!
Mônica Garcia Barros afirma que “é a partir da leitura de mundo que o aluno pode compreender a realidade em que ele está inserido e chegar a importantes conclusões sobre o seu mundo e os aspectos que o compõem”. Além disso, ela deixa explícito como a relação do incentivo à leitura vai muito além de disciplinas como literatura e língua portuguesa. “Ao estudar matemática, a criança terá que realizar a leitura de sinais, de números existentes em uma determinada situação, bem como a leitura dos enunciados das questões propostas nas atividades. Já em história, ela vai se encontrar com um universo de palavras que caracterizam uma época, um acontecimento. Sendo capaz de realizar uma leitura proficiente desse contexto, ela não só compreenderá o passado, como também poderá estabelecer paralelos sobre a época estudada e a realidade atual. As habilidades de leitura vão muito além de uma simples decodificação, na verdade, vão além da própria compreensão do que foi lido”, revela.
Além disso, vale reforçar que o empreendedorismo não é um “bicho de sete cabeças” e, como já falamos em outros posts, é muito mais do que saber sobre práticas empresariais. Então, fica aqui a dica: trabalhar a Educação Empreendedora no dia a dia da sala de aula pode ser mais simples do que se imagina.

Como trabalhar o incentivo à leitura em sala de aula?

Vamos às dicas pra você, educador, incentivar a leitura em sala de aula.
1. Dê o passo a passo
Quanto mais fácil estiver o acesso aos livros, maior a chance de os alunos se interessarem. Por isso, é importante que haja uma preocupação da instituição de ensino com a qualidade do que é oferecido: além de uma boa biblioteca, um espaço próprio para a leitura pode fazer a diferença nesse sentido.
2. Dissemine as bibliotecas digitais
A internet facilitou muita coisa, inclusive a leitura. Hoje, existem diversas ferramentas que propiciam o acesso a obras que, antigamente, provavelmente eram bem mais difíceis. Conheça algumas iniciativas e saiba mais sobre cada uma delas acessando o link:
3. Trabalhe diferentes formatos e gêneros
É natural que um gênero específico desperte mais a curiosidade de determinado aluno. Portanto, não se limite. Trabalhe os diferentes formatos de texto, desde os mais densos aos mais simples, e sempre procure lidar com os mais variados gêneros.
4. Faça atividades interdisciplinares
Como vimos neste post, a leitura pode se relacionar a várias outras disciplinas e facilitar cada uma delas . Por que não pensar em iniciativas que vão trabalhar a leitura como apoio a outras atividades? Ademais, pense em como tornar o momento mais divertido e menos “burocrático”, aliando os livros a outros tipos de arte – como o teatro, a música e a dança.
5. Aproveite tudo que a tecnologia oferece
Em vez de encarar a tecnologia como uma vilã( rever este termo colocar como desafio), faça dela a melhor amiga do incentivo à leitura. Pesquise aplicativos e sites que possam ser úteis nesse sentido,bem como planejar atividades literárias que incluam a tecnologia como apoio.
Aliás, já ouviu falar dos booktubers? São influenciadores digitais apaixonados por leitura. Eles produzem conteúdos sobre literatura e indicam livros, elaboram críticas e incentivam as pessoas a ler. Já pensou como pode ser incrível unir esses dois mundos?
6. Utilize metodologias ativas
Já trabalhamos muito o conceito de gamificação por aqui. Além de despertar a curiosidade dos alunos, esse formato pode engajar a leitura com base em diferentes dinâmicas – diferentes mecânicas, regras, objetivos, etc. Você pode, por exemplo, pensar em um Clube do Livro, em que os alunos vão ganhando pontos conforme as leituras que fizerem. Que tal?
Acha que esse conteúdo ajudou e quer ficar por dentro de outras dicas que vão te auxiliar em sala de aula? Acompanha o Portal do CER!
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