Inovação na gestão escolar

Blog Inovação na gestão escolar

20/12/2021
Compartilhe este conteúdo
No contexto atual, não cabe mais à gestão escolar continuar seguindo os padrões da escola tradicional, em que cada responsável cuidava apenas do seu setor. Um exemplo a ser mencionado é o do diretor, que se mantinha em uma sala fechada, quase em tempo integral, e só saia dela em casos de extrema urgência. Como era difícil vê-lo e ainda mais falar com ele!
Esse diretor era tido como soberano, pois o que importava era única e exclusivamente a opinião dele, mesmo que essa não fosse de encontro ao pensamento da maioria dos outros que também compunham o quadro escolar e que estivessem com sugestões corretas.
Diante dessa dicotomia em que cada profissional de setor faz o seu papel, a escola deixa de criar oportunidades. Ou seja, de inovar a sua gestão para acompanhar essa avalanche de mudanças que a vida moderna exige, impreterivelmente, a todo momento.
E, para inovar, jamais um gestor poderá agir isoladamente, visto que uma equipe sólida e companheira se faz necessária, contanto com a participação de cada estudante.
Mas, afinal!

O que significa Gestão da Inovação Escolar?

A Gestão da Inovação Escolar preocupa-se com o refinar de suas práticas e busca maneiras de trazer mudanças e novidades no âmbito do ensino-aprendizagem, como também na administração escolar.
Para tal, é preciso ficar a par dessas novas tendências da educação e, de acordo com o cenário atual de cada escola, aplicá-las dentro do possível e, por conseguinte, engendrar estratégias de implementação.
À vista disso, o inovar pode ser tanto alguma ideia nova ou uma versão aprimorada dela. Além do mais, pode ser um produto ou serviço, uma prática, dentre outros, com o foco no desenvolvimento da educação.
Um bom norte para essa inovação em questão é a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que trouxe vários planejamentos a fim de que as escolas se moldassem nesse novo perfil.
Sob esse prisma, a mudança é desafiadora! Porque, para geri-la e organizá-la, o gestor precisará ter uma visão de líder inovadora. Com isso, ele deve desempenhar um bom papel para essas novas práticas e se adequar a isso. Entretanto, alguns entraves existem no caminho.

Escolas brasileiras encontram barreiras para a inovação

As barreiras são muitas porque várias escolas brasileiras se encontram presas ao regime da pedagogia conservadora, que certamente engessam o sistema. Diretores e coordenadores, mediante essa cultura tradicional e hierárquica, não dão oportunidade à inovação.
Outra barreira, a qual grande parte desses gestores não veem, é que mudança não é apenas incumbência do professor em sala de aula. E sim de toda a gestão escolar, uma vez que ela deve ir além do cumprimento de obrigações burocráticas.
Nessa vertente, a gestão é parte fundamental para que haja segurança na continuidade de iniciativas de transformação. Dessa maneira, José Pacheco, cocriador da EcoHabitare e membro do Movimento de Inovação na Educação (MIE), postula:
“Projetos inovadores não serão projetos de professor isolado, solitário, porque um projeto educacional é um ato coletivo, projeto de equipe, de uma escola integrada numa comunidade, dotada de autonomia pedagógica, administrativa e financeira. E, para que uma inovação seja sustentável, deverão ser criadas condições de disseminação.”
Em vista disso, para essa disseminação inovadora se consolidar, é imprescindível atender os seguintes pontos:
  • um canal de comunicação preciso para quem planeja e para quem executa as novas mudanças;
  • todos os setores da escola devem estar vinculados para que a inovação aconteça;
  • toda a comunidade escolar deve ser informada a respeito da inovação e dos objetivos das mudanças;
  • deixar espaços para que se possa discutir o conceito em pauta, a fim de que não haja dúvida a respeito disso;
  • fazer revisões constantes em relação à aplicação da inovação e se essas são pertinentes à BNCC;
  • democratizar a mudança para que ninguém saia prejudicado ou menos favorecido.
A coletividade, portanto, faz toda a diferença. O trabalho tem de ser em equipe. O diretor passa a ser líder, motivando a equipe e a comunidade escolar ao alcance desse objetivo em comum, ou seja, a inovação. Esta, por sua vez, terá grande progresso aliada à Educação Empreendedora.

A inovação da gestão escolar aliada à Educação Empreendedora

A Educação Empreendedora é forte aliada da inovação gestacional em foco. Ao dizer neste artigo que o estudante faz parte dessa inovação, significa que ele é um elemento ativo para a tomada de decisões.
Corroborando com tal afirmação, Flávio Tavares, fundador da Welcome Tomorrow e diretor da UPPER, no Congresso de Gestão Escolar 2021: Inovação na Gestão Educacional do CER Sebrae, aponta que atualmente vivemos a Era da Autorresponsabilidade. Ou seja, “entender o nosso papel na história não é mais sobre o que os outros fazem, o que o político faz, e sim o que eu faço”. Isso é, portanto, o grande desafio para essa cultura.

Diante desse cenário, Tavares argumenta que há três elementos que precisam ser mudados em relação a essa nova postura empreendedora. Vejamos:

  • criatividade: resgatá-la dentro de cada um de nós. A capacidade de gerar novas imagens para velhos problemas com um olhar mais positivo e construtivo sobre eles;
  • comunidade: a importância de se reunir novamente, da troca. A potência máxima do ser humano só está no ápice quando há a interação com o outro. Isso posto, não é sozinho que isso acontece, pois a interação é essencial e precisa resgatar urgente tal comunhão;
  • generosidade: é a capacidade de entregar o melhor de cada um ao outro, o que é considerado incrivelmente humano.
Flávio finaliza as palavras ressaltando que essa inovação não é apenas tecnológica e sim humana. Isto é:
“Que tipo de seres humanos estamos nos transformando no meio dessa revolução para lidar com toda essa tecnologia que está chegando?”.
Logo, ao pensar em inovação, a primeira ideia que vem à mente é a relação humana sobre os princípios e os valores que cada um possui.
Essa valorização sobre o humano pertence à era que vem surgindo, que é a da geração 5.0. Esta, por sua vez, foca no ser humano, que passa a ser o centro da discussão. Em suma, tudo se relaciona a pessoas. O novo olhar de gestores e educadores é sobre pessoas e para as pessoas.
E tudo isso visa à Educação Empreendedora. Essa educação em questão permite que o estudante desenvolva o próprio senso crítico. Posto isso, é através da interação, do compartilhamento de informações, do respeito por cada opinião que os jovens atuais poderão trabalhar bem em equipe.
Logo, essa inovação, juntamente com a Educação Empreendedora, trará resoluções discernidas diante do turbilhão de informações que o mundo atual anuncia.

Sugestões aos gestores e aos professores para se tornarem engajados, inovadores e reconhecidos

O CER Sebrae, em sua plataforma, oferece sugestões voltadas à Educação Empreendedora para que gestores, professores e a escola possam inovar. E, assim, haverá impactos positivos e permanentes em todo o sistema educacional. Para isso, basta dar o primeiro passo: acesse o link acima e rumo à inovação!
Compartilhe este conteúdo

Assine a Newsletter

Fique por dentro de todas as novidades