Inteligência Artificial na Educação: será que ela vai substituir o professor?

Blog Inteligência Artificial na Educação: será que ela vai substituir o professor?

16/02/2024
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Desde o boom do ChatGPT, entre o fim de 2022 e o início de 2023, muito se discute sobre as possibilidades da Inteligência Artificial na Educação. Mas uma pergunta fica latente e preocupa alguns docentes: ela será capaz de substituir o professor

A resposta direta é que não, não será. Os porquês que justificam essa resposta você confere neste post, além de dicas práticas de como usar a Inteligência Artificial (IA) para aprimorar a experiência de aprendizagem. Acompanhe! 

Máquina e humano: uma relação simbiótica

Quem usou o termo “relação simbiótica” para se referir à interação entre a Inteligência Artificial e o humano foi Martha Gabriel, no Talk Show ‘Aprender para Ser‘, do ConecteCER 2023. Ela é professora de Inteligência Artificial da PUC-SP e autora dos best-sellers Marketing na Era Digital, Educar: A (R)Evolução Digital na Educação e “Você, Eu e os Robôs“. Na palestra, ela explicou sobre como a IA pode funcionar não só como uma aliada, mas também como uma propulsora para o desenvolvimento de novos aprendizados.

Como exemplo dessa combinação ao longo da história, ela usa uma situação didática que ilustra bem a simbiose. Veja: se um humano começa a usar uma pá para cavar um buraco, o humano e a pá formam um sistema mais inteligente para aquele fim. A partir daí, aquele que cavava com a mão não conseguirá mais competir com quem faz o serviço com a pá – a inteligência aumenta. O serviço passa a funcionar com algumas melhorias (agilidade, profundidade, qualidade, etc.) e, então, o homem vai se modificando e melhorando as suas habilidades. 

Confira um trecho da entrevista em que ela explica o quanto acredita nessa combinação e traz o veredito: a Inteligência Artificial não vai substituir o professor. 

“Tem que existir um equilíbrio entre a máquina e o humano, até para o futuro ser sustentável. Para isso, a gente tem que ter uma relação simbiótica com a máquina, ou seja: aquilo que ela faz melhor, deixamos ela fazer (e ela tem evoluído ao longo do tempo); e aquilo que ela não faz, fazemos nós

Se olharmos para os humanos e para a tecnologia ao longo da história, entendemos que a gente sempre formou um sistema inteligente. Até recentemente, as tecnologias que vinham substituindo atividades (atividades, não humanos) eram mecânicas e, agora, a IA entra no grau cognitivo, no grau criativo. A preocupação é essa. Mas a natureza da IA é diferente da natureza da inteligência humana.

Futuramente, todos nós seremos engenheiros de prompts. Temos que ter uma formação sólida por trás para ter repertório o suficiente para criar corretamente o prompt. É preciso saber perguntar, o que perguntar, como perguntar. Eu acredito que, quando a tecnologia faz os processos que antes nós fazíamos, ela nos empurra para fazer coisas mais complexas, coisas que nós, humanos, somos melhores para fazer.

A IA não vai substituir o educador. Quando estamos falando das habilidades humanas e das habilidades de máquina, entendemos que ela vai substituir a ‘força bruta’ daquilo que fazemos. Eu sou professora também, e a gente faz um tanto de coisa que é ‘braçal’, operacional. Se eu tiver muito mais insights para dar uma aula, por exemplo, eu dou uma aula muito melhor – e isso é possível com base na IA. Tem N coisas que ele [o ChatGPT] pode sugerir; [enquanto professor], o seu potencial de acessar informação, de preparar a aula e de avaliar [os estudantes] aumenta consideravelmente, assim é possível focar na tutoria. O educador passa a ser uma interface, e não mais um conteudista ou mero ‘passador de informação’. E, como interface, o papel do docente é olhar para cada estudante que tá se formando e entender o que ele precisa para se tornar um ser humano integral, completo, ético.”

Quando Martha fala sobre a natureza da IA ser diferente da natureza do humano, é importante entender quais são essas diferenças para conseguir fazer as melhores combinações. Em um artigo no LinkedIn, a especialista apresenta a seguinte tabela comparativa: 

Inteligência Artificial na Educação: será que ela vai substituir o professor?

Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/intelig%C3%AAncia-artificial-vs-humana-porque-together-martha-gabriel-phd/.

Valendo-se dessa comparação, ela traz duas conclusões que devem permear os movimentos quando o tema é Inteligência Artificial na Educação. A primeira é que não adianta tentar competir com as máquinas naquilo em que elas são melhores do que nós, porque sempre perderemos nesse contexto. A segunda, como ela reforça na entrevista, é a de que é preciso abandonar comportamentos humanos repetitivos, sejam eles braçais, sejam eles mentais, para nos dedicarmos a desenvolver habilidades humanas em que somos melhores do que as máquinas. 

Ética e pensamento crítico: direcionadores fundamentais da Inteligência Artificial na Educação 

Duas máximas aparecem no discurso de Martha Gabriel ao falar de Inteligência Artificial na Educação: a ética e o pensamento crítico. Veja: 

“Não é sobre novas profissões, é sobre novos profissionais. O que importa não é quando ela vai chegar nesse nível [de superinteligência], o que importa é você chegar lá com ela.

O grande problema que temos em relação ao uso da IA é garantir que aquilo que ela está fazendo é ético, não tem viés, está trazendo justiça e que a gente não está colocando os nossos problemas e os nossos enviesamentos nela. Isso está entre os pontos que o professor tem que desenvolver nos estudantes – não importa qual a idade do estudante, se é curso superior ou se é pré-escola: tem que garantir que os estudantes estejam entendendo de ética, uso ético, desenvolvimento ético. Quanto mais os professores convidarem seus pares e estudantes para discutirem esse tema… É esse tipo de análise que a gente tem que fazer. 

A gente nunca precisou tanto ter pensamento crítico e nunca tivemos tão pouco. Aliás, é isso que nos diferencia das máquinas, e pensamento crítico não é inteligência. A inteligência é uma força bruta – como se fosse a capacidade de processamento de um computador: você pode ter muita capacidade de processamento, mas, se você não tiver um programa bom, ela não adianta. O programa bom é o pensamento crítico. Ele precisa ser desenvolvido, e é ele que vai ajudar a analisar o que está acontecendo. Você escaneia os dados para saber quais são úteis; você tem que ter lógica, argumentação, retórica; você tem que lutar contra os seus vieses cognitivos, ampliar o seu repertório e balizar isso com os valores humanos. Se você tiver isso, saberá usar todas as outras habilidades: onde aplicar a criatividade, como se adaptar, como usar a tecnologia, qual escolher, etc.

Eu sugiro aos professores que aprendam a utilizar a tecnologia e desenvolvam, ao máximo, o pensamento crítico. Se fizer isso, é possível saber o que fazer em cada momento. O pensamento crítico é focado em avaliar a situação para resolver o problema – e a gente tem um problema novo por dia, por minuto, muda toda hora. Sem pensamento crítico, você fica à deriva nesse mar. Se tem, você traça a rota, sabe aonde tem que chegar. 

Resumindo os pilares, então: é preciso perguntar o tempo todo, ter ceticismo, superar vieses cognitivos, ter lógica e argumentação, retórica e repertório e se balizar por valores humanos.

Ou seja, mais importante do que ensinar os estudantes a utilizarem o ChatGPT, por exemplo, é instruí-los sobre como podem fazer uso da ferramenta com ética e com pensamento crítico. Aqui e aqui você encontra dicas práticas sobre os dois assuntos! 

>> Clique aqui e assista ao Talk Show completo de Martha Gabriel 

A Inteligência Artificial na Educação para o desenvolvimento das competências socioemocionais

Se estamos falando de os seres humanos se concentrarem em habilidades em que são melhores do que as máquinas, ressaltar o desenvolvimento das competências socioemocionais é fundamental – porque estamos no referindo, afinal, à “capacidades individuais que se manifestam nos modos de pensar, sentir e nos comportamentos ou atitudes para se relacionar consigo mesmo e com os outros, estabelecer objetivos, tomar decisões e enfrentar situações adversas ou novas”, como define o Instituto Ayrton Senna.

Trabalhá-las com os estudantes sempre foi importante e, em um cenário em que as máquinas assumem cada vez mais funções, essas habilidades se tornam imprescindíveis. Relembre quais são essas competências e, na sequência, veja um exemplo prático de como a IA pode ser sua aliada nesse trabalho. 

O Instituto Ayrton adotou um modelo com 5 macrocompetências que se desdobram em 17 competências, que são:

AUTOGESTÃO

  • Determinação
  • Organização
  • Foco
  • Persistência
  • Responsabilidade

ENGAJAMENTO COM OS OUTROS

  • Iniciativa social
  • Assertividade
  • Entusiasmo

AMABILIDADE

  • Empatia
  • Respeito
  • Confiança

RESILIÊNCIA EMOCIONAL

  • Tolerância ao estresse
  • Autoconfiança
  • Tolerância à frustração

ABERTURA AO NOVO

  • Curiosidade para aprender
  • Imaginação criativa
  • Interesse artístico

Agora, veja exemplos práticos de como a Inteligência Artificial pode ser sua aliada nesse sentido. A seguir, comandos que fizemos para o ChatGPT 3.5 e as respostas que obtivemos. 

Comando:

Sou professor da Educação Básica e meus estudantes têm entre 8 e 10 anos. Me dê 20 atividades práticas que posso aplicar em sala de aula para desenvolver as competências emocionais relacionadas ao Engajamento com o Outro (Iniciativa social, Assertividade e Entusiasmo). 

Resposta do ChatGPT: 

1. Jogo de Cena: Expressando Emoções

Divida a turma em grupos e peça que representem diferentes situações sociais. Cada grupo deve expressar emoções e interagir com base em cenários fornecidos. Isso promove a assertividade ao expressar sentimentos e o entusiasmo pela interação social.

2. Corrente de Elogios

Inicie uma corrente de elogios na classe, em que cada aluno elogia o colega ao lado por algo positivo que percebe nele. Isso promove a iniciativa social, incentivando os alunos a reconhecerem e valorizarem as qualidades uns dos outros.

3. Cartões de Gratidão e Reconhecimento

Peça aos alunos que façam cartões de agradecimento e reconhecimento para colegas, professores ou funcionários da escola, expressando o que apreciam neles. Isso fortalece o engajamento social e promove a iniciativa de expressar gratidão.

4. Atividade de Resolução de Conflitos

Proponha situações fictícias de conflito entre personagens e peça aos alunos para pensar em soluções pacíficas e assertivas,a fim de resolver esses problemas. Isso desenvolve a assertividade ao lidar com situações desafiadoras.

5. Histórias de Empatia

Leia histórias que abordem temas de empatia, amizade e cooperação. Após a leitura, promova discussões sobre como os personagens lidam com suas emoções e interações sociais. Isso incentiva a reflexão sobre comportamentos sociais e iniciativa para compreender o outro.

6. Projeto de Trabalho em Equipe

Distribua a turma em equipes para realizar um projeto. Incentive-os a tomar decisões coletivas, ouvir as ideias de todos e colaborar para alcançar um objetivo comum. Isso promove o entusiasmo pelo trabalho em equipe e a iniciativa para contribuir.

7. Dramatização de Situações Sociais

Peça aos alunos que criem pequenas peças teatrais representando situações cotidianas, como fazer amizade com alguém novo na escola ou resolver um desacordo entre amigos. Isso desenvolve habilidades sociais, promove a assertividade e o entusiasmo pela representação teatral.

8. Entrevistas de Descoberta

Promova uma atividade na qual os alunos entrevistem uns aos outros para descobrir interesses, hobbies e experiências únicas. Depois, eles podem compartilhar o que aprenderam com a classe, incentivando a iniciativa social e o entusiasmo por aprender mais sobre os outros.

9. Diário de Gratidão e Realizações Sociais

Peça aos alunos que mantenham um diário onde registram diariamente algo pelo qual são gratos ou uma interação social positiva que tiveram. Isso os incentiva a reconhecer e a valorizar essas experiências, promovendo o engajamento social e a iniciativa para cultivar relacionamentos positivos.

10. Projeto de Voluntariado na Comunidade

Organize um projeto de voluntariado na comunidade escolar, como uma campanha de arrecadação de alimentos ou visitas a asilos. Isso proporciona uma oportunidade prática para os alunos se envolverem uns com os outros, demonstrando iniciativa social e entusiasmo em ajudar os necessitados.

11. Painel de Reconhecimento

Crie um painel na sala em que os alunos possam reconhecer uns aos outros por suas contribuições sociais. Eles podem escrever notas de agradecimento ou mensagens de reconhecimento e fixá-las no painel.

12. Jogo da Empatia

Desenvolva um jogo de tabuleiro no qual os alunos enfrentem situações desafiadoras que demandam empatia para serem resolvidas. Isso promove a iniciativa social e a compreensão das emoções dos outros.

13. Círculo de Conversa

Realize regularmente círculos de conversa na classe, em que cada aluno tenha a oportunidade de compartilhar algo positivo que aconteceu com eles e demonstrar apoio aos colegas.

14. Dinâmicas de Colaboração

Promova atividades que exijam colaboração, como quebra-cabeças em equipe, em que os alunos precisem se comunicar e colaborar para resolver problemas, desenvolvendo assim a assertividade e o entusiasmo pela cooperação.

15. Escrita Criativa de Histórias Sociais

Peça aos alunos que escrevam histórias que destaquem valores sociais, como amizade, respeito e solidariedade. Depois, eles podem compartilhar suas histórias e discutir os temas abordados.

16. Teatro Improvisado

Permita que os alunos participem de sessões de teatro improvisado, nas quais cada um desempenha um papel diferente em situações sociais variadas, desenvolvendo assertividade e entusiasmo pela representação.

17. Cartazes de Valores Sociais

Organize a turma em grupos e peça que criem cartazes que representem valores sociais importantes, como tolerância, gentileza ou cooperação. Isso possibilita a reflexão sobre valores sociais e a iniciativa de promovê-los na comunidade.

18. Construção de Comunidade na Sala de Aula

Incentive os alunos a criar um código de conduta ou regras sociais para a sala de aula, promovendo o engajamento social e a responsabilidade mútua pelo ambiente escolar.

19. Atividades de Contação de Histórias

Promova sessões de contação de histórias em que os alunos possam contar as próprias histórias ou compartilhar experiências significativas, incentivando o engajamento social e o entusiasmo pela expressão pessoal.

20. Projeto de Ação Social

Organize um pequeno projeto de ação social na escola, como uma campanha de doação de material diverso para instituições de caridade locais, estimulando a iniciativa social e o entusiasmo pela contribuição para a comunidade.

Percebe como a ferramenta traz ideias superlegais? Algumas são viáveis, outras não se adaptam à realidade da instituição escolar ou dos seus estudantes, mas é um pontapé com informações úteis que podem agilizar o seu planejamento de atividades, com a finalidade de desenvolver competências socioemocionais. Das 20 sugestões dadas, certamente você tem informações e insights para elaborar e se aprofundar em ao menos cinco ações.

Ressaltando ainda, para que as respostas sejam as mais coerentes possível, você pode adaptar o prompt, fornecendo mais detalhes sobre a sua realidade. Veja uma possibilidade de caminho: 

Sou professor da Educação Básica, da [insira se é rede privada ou pública] do [insira o ano e o grau, exemplo: 8º ano do Ensino Fundamental] e meus estudantes têm idade média de [insira a média de idade]. Eles têm mais facilidade com atividades que [insira um exemplo de atividades que foram um sucesso]. Me dê 10 atividades práticas que posso aplicar em sala de aula para desenvolver as competências emocionais relacionadas ao [insira a macrocompetência e as competências que deseja desenvolver]. Vale saber que pretendo fazer isso em um mês, sendo que tenho [insira o tempo disponível, 50 minutos, por exemplo] por semana para fazer esse trabalho com eles.”

Ah, mesmo com base nas sugestões genéricas, é possível ir além na interação com o software. Suponhamos que você gostou da ideia do item 8, de “Entrevistas de Descoberta”, mas não sabe muito bem como colocá-la em prática. Peça a ele um plano de ação para isso. Fizemos o teste: 

Comando:

Gostei da ideia de Entrevistas de Descobertas, mas não sei bem como colocar em prática. Por favor, me dê um plano de ação para que eu possa fazer essa atividade acontecer. 

Resposta do ChatGPT: 

Claro, aqui está um plano de ação passo a passo para realizar a atividade de “Entrevistas de Descobertas” em sala de aula:

Planejamento:
  • Definição do Objetivo:

Esclareça o propósito da atividade: permitir que os alunos se conheçam melhor e pratiquem habilidades sociais.

  • Explicação para os Alunos:

Apresente a atividade explicando que eles farão entrevistas para descobrir mais sobre seus colegas.

Preparação:
  • Criação de Guias de Entrevista:

Ajude os alunos a elaborarem uma lista de perguntas. Inclua questões sobre hobbies, interesses, filmes favoritos, animais de estimação, viagens, etc.

  • Treinamento em Habilidades de Entrevista:

Faça uma breve sessão explicando como conduzir uma boa entrevista, ouvindo ativamente, fazendo perguntas abertas, mostrando interesse, respeitando o espaço pessoal, entre outros aspectos importantes.

Execução:
  • Sorteio dos Pares:

Organize os alunos em pares aleatórios para realizar as entrevistas.

  • Realização das Entrevistas:

Dê tempo para que os alunos realizem as entrevistas. Eles podem fazer anotações ou registrar as respostas de seus colegas.

Processamento:
  • Compartilhamento dos Resultados:

Peça aos alunos que compartilhem um resumo das informações mais interessantes que descobriram sobre seus colegas.

  • Discussão em Grupo:

Conduza uma discussão sobre a experiência. Pergunte como se sentiram ao fazer e ao responder às perguntas, o que aprenderam sobre os outros e como isso afetou sua percepção.

Reflexão e Encerramento:
  • Diário de Reflexão:

Solicite que os alunos escrevam em seus diários sobre o que aprenderam com a atividade, como se sentiram ao participar e se mudaram sua percepção sobre seus colegas.

  • Feedback e Encerramento:

Encerre a atividade pedindo feedback sobre o que eles mais gostaram ou acharam desafiador. Destaque a importância de conhecer e respeitar as diferenças entre as pessoas.

Gostou do plano, mas não sabe bem como fazer a etapa de reflexão e encerramento? É possível pedir mais detalhes ao ChatGPT, fornecendo informações mais precisas, inclusive o seu tempo disponível. Veja: 

Comando

Gostei da ideia, mas ainda tenho dúvidas de como fazer a etapa de feedback e encerramentos. Considere que tenho uma turma de 25 alunos, e tenho apenas 50 minutos com eles. Qual passo a passo você considera ideal para colocar essa etapa em ação? 

Resposta do ChatGPT

Entendo a limitação de tempo. Vou ajustar o plano para se adequar a uma turma de 25 alunos em 50 minutos, focando na etapa de feedback e encerramento de forma eficiente:

Etapa de Feedback e Encerramento:
  • Compartilhamento Rápido (5 minutos)

Peça a cada par que compartilhe uma coisa interessante que descobriram um sobre o outro durante a entrevista.

  • Discussão em Grupo (10 minutos)

Faça perguntas abertas para a turma, como “O que acharam da atividade?” ou “O que aprenderam sobre a importância de conhecer melhor seus colegas?”.

  • Registro de Feedback Rápido (5 minutos)

Peça aos alunos que escrevam rapidamente uma palavra ou uma frase sobre como se sentiram durante a atividade (por exemplo: “divertido”, “interessante”, “aprendi algo novo”).

  • Destaque das Principais Aprendizagens: (5 minutos)

Destaque alguns pontos-chave mencionados pelos alunos e reforce a importância de conhecer e respeitar as diferenças.

  • Diálogo Final e Encerramento (5 minutos)

Peça a alguns alunos que compartilhem rapidamente o que mais gostaram na atividade.

Encerre a atividade ressaltando a importância de valorizar as diferenças e agradecendo a participação de todos.

  • Reflexão para Casa (5 minutos)

Sugira aos alunos que reflitam sobre algo novo que aprenderam sobre um colega e escrevam isso em casa.

Da mesma forma que você pode fazer a atividade baseando-se nas atividades, aqui você também pode adaptar o plano de ação e seu detalhamento conforme a realidade da sua turma. Veja que, a partir do momento em que você ganhou agilidade no planejamento das ações, você terá mais tempo para planejar qual será a melhor forma de atuar nessa atividade. É nessa interação humana e próxima que você fará em sala de aula – com um olhar atento e conhecimento prévio dos estudantes e suas particularidades – que está o diferencial da inteligência humana. 

A seguir, confira outros exemplos de ferramentas de IA que podem ser verdadeiras aliadas da educação. 

5 ferramentas de Inteligência Artificial na Educação 

Você acabou de ver um exemplo de como o ChatGPT pode ser um aliado para aprimorar a experiência de aprendizagem. A seguir, conheça outros softwares que também podem ser úteis.

Tome.app

Com o Tome.app, é possível criar apresentações atrativas, envolventes e coesas para ensinar qualquer assunto em sala de aula. 

>> Saiba mais sobre a ferramenta aqui

PowerPoint Speaker Coach

Uma espécie de “treinador em tempo real” para o professor que deseja melhorar a sua oratória e a forma de apresentar determinado tema aos estudantes. O software avalia o ritmo, o tom de voz e a repetição de palavras e entrega sugestões de melhoria para aquela apresentação. Por ser da Microsoft, ele funciona apenas para apresentações de PowerPoint. 

>> Saiba mais sobre a ferramenta aqui

Rationale 

Lembra da importância de desenvolver o pensamento crítico? Aqui está uma ótima ferramenta para isso! O Rationale cria mapas de argumentação que podem ser valiosos para direcionar os estudantes na estruturação lógica de argumentos. 

>> Saiba mais sobre a ferramenta aqui

Education CoPilot

Popular nos Estados Unidos, esse software oferece aos professores a possibilidade de montar planos de aulas e atividades com Inteligência Artificial. Também é possível fazer o acompanhamento individual do progresso de cada estudante, entendendo suas necessidades e tendo insights de como melhorar a experiência de aprendizagem individual. 

>> Saiba mais sobre a ferramenta aqui

Socratic

Essa ferramenta foi criada pelo Google para auxiliar os estudantes a fazerem o dever de casa. Ele apoia em diferentes disciplinas, de Literatura à Matemática. É possível ter acesso a um passo a passo de como resolver o cálculo de um problema matemático, por exemplo, bem como fazer upload de uma questão específica e pedir a ajuda do software para resolvê-la. 

>> Saiba mais sobre a ferramenta aqui

Bem, fato é que a educação se transforma junto com o mundo. O processo de aprendizagem não passa ileso diante das novidades que a sociedade apresenta, pelo contrário: é preciso que todos os atores da comunidade escolar trabalhem o olhar para aprender a melhor forma de conectar as forças humanas à força da máquina. Que tal começar a fazer isso aplicando algumas das ferramentas e dicas que apresentamos nesse conteúdo?

Gostou dessas sugestões sobre Inteligência Artificial na Educação e quer ficar sempre por dentro das tendências? Acompanhe o Portal CER e não perca nada! 

 

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