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Um dos grandes desafios das universidades é ir além do conhecimento científico e técnico de excelência e promover também o desenvolvimento das competências essenciais para que os jovens façam escolhas assertivas em relação a sua atuação no mercado de trabalho, considerando seus objetivos profissionais e de vida.
Na tentativa de driblar esse desafio, algumas universidades estão adotando um processo de troca de experiências muito conhecido dentro de empresas, chamado mentoring. A estratégia atua como uma ponte entre o ensino da teoria e a prática através do relacionamento entre estudantes e profissionais do mercado, além de possibilitar, a partir do compartilhamento do conhecimento e de experiências, um suporte para melhores escolhas profissionais.
Como funciona o processo de mentoring?
O conceito de mentoring está relacionado à ideia de mentoria, orientação. É um processo de transposição de conhecimento, no qual, geralmente, o mentor (tutor) é um profissional experiente, que se dispõe a orientar um aluno ou alguém no início de sua carreira, compartilhando suas vivências profissionais.
O sucesso do processo depende da disposição de ambos os lados e da confiança construída entre mentor e mentorado. Por parte do mentor, também é necessário ter clareza de que o propósito principal é impulsionar o desenvolvimento profissional do estudante, preparando-o para conhecer melhor suas potencialidades e aprender a trabalhá-las para alcançar seus objetivos específicos.
Dessa maneira, ao final do processo de mentoring, o aprendiz será capaz de refletir sobre suas escolhas profissionais e os caminhos para a continuação dos estudos – se esse for o seu desejo –, traçando estratégias possíveis para sua atuação no mercado de trabalho e aprendendo a identificar oportunidades e definir prioridades. E o melhor: tudo isso com base nas experiências reais de quem já trilhou caminhos semelhantes.
Entenda a diferença entre mentoring e coaching
Muitas vezes confundidos como sinônimos, já que ambos os métodos têm a mesma finalidade de ajudar pessoas a conseguirem superar limitações e alcançarem seus objetivos, mentoring e coaching possuem características bem diferentes.
Enquanto o mentoring é feito por um profissional experiente, que transmite seus conhecimentos para um aprendiz da mesma área de interesse, o processo de coaching não precisa ser realizado, necessariamente, por alguém com experiência na área de atuação de seu coachee (cliente/aluno) e tampouco necessita aconselhar sobre carreira. A ideia desse tipo de processo é que o cliente/aluno já possua as respostas e soluções para seus problemas e necessite, na verdade, de um profissional capacitado que o auxilie no autoconhecimento e faça os questionamentos certos para que ele tenha mais consciência de suas competências. Com isso, ele, o coachee, pode assumir suas próprias respostas e, dessa forma, agir para buscar resultados de forma efetiva e contínua.
Mentoring e empreendedorismo
Além de ser uma ferramenta de aprendizagem e conexão entre a teoria e a prática, o mentoring pode contribuir para fomentar o espírito empreendedor nos jovens durante a graduação. Uma pesquisa realizada pela Cmov com mais de 2.000 estudantes mostrou que 8 em cada 10 universitários não sabem com o que vão trabalhar ou como podem se capacitar para o mercado de trabalho. Nesse cenário, a figura de um profissional que acompanha a evolução do aluno durante o período de estudos e entende seus anseios profissionais e pessoais pode abrir portas para que ele considere o empreendedorismo como uma alternativa de carreira.
E então, motivado a criar um processo de mentoria na sua instituição de ensino? Conheça mais benefícios da abertura das universidades para o mercado de trabalho, em especial para o fortalecimento da cultura empreendedora.
