
Como você já sabe, a reforma do Ensino Médio, oficializada em lei em 2017, traz uma série de mudanças para a sala de aula – as principais incluem a ampliação do tempo mínimo do estudante na escola (com aumento progressivo até chegar a 3.000 horas ao final dos três anos); uma organização curricular mais flexível, com a oferta dos Itinerários Formativos; e o agrupamento das disciplinas tradicionais por Áreas do Conhecimento. Mas como isso se relaciona com as Metodologias Ativas no Novo Ensino Médio? Continue a leitura e descubra!
Apesar de serem as norteadoras da proposta, tais mudanças não devem ser vistas como “simples” ajustes; a reforma significa, na verdade, uma transição para um modelo escolar que engloba metodologias modernas e inovadoras, desenvolvendo a autonomia do estudante, valorizando suas competências e habilidades individuais e contribuindo para a sua formação de maneira integral. É nesse cenário que as Metodologias Ativas no Novo Ensino Médio podem ser aliadas valiosas, funcionando como estratégia de aprendizagem para os estudantes.
De maneira resumida, estamos falando de uma proposta que coloca o estudante como protagonista da própria aprendizagem. Ele extrapola o papel de apenas receber orientações e informações do professor e passa a atuar como um agente ativo do seu desenvolvimento – por meio de diferentes atividades que estimulam o debate, a resolução de problemas complexos, o relacionamento entre os estudantes, etc. Essa estratégia permite que o processo de absorção do conteúdo e do conhecimento seja mais eficiente, uma vez que estimula o desenvolvimento tanto cognitivo quanto sensorial.
No material “Rotação por Estações: uma proposta didática para formação integral na Educação de Jovens e Adultos”, as autoras Regiane Aparecida da Silva e Cinthia Maria Felicio apresentam a definição de Metodologias Ativas citando o professor José Moran, autoridade no assunto. Confira.
“Moran (2018) conceitua essas propostas de abordagens no ensino como ‘alternativas pedagógicas que colocam o foco do processo de ensino e de aprendizagem nos aprendizes, envolvendo-os na aquisição de conhecimento por descoberta, por investigação, ou resolução de problemas numa visão de escola como comunidade de aprendizagem‘ (p. 7). Assim, o aluno constrói a criticidade e a reflexão baseado nos conteúdos que lhe são propostos enquanto questionamentos e reflexões sobre situações contextualizadas que precisam fazer sentido, por meio de atividades desafiadoras que lhe faz levantar hipóteses e tentar solucionar a situação que lhe foi trazida pelo professor, partindo das relações que consegue estabelecer entre seus conhecimentos prévios e os desafios que lhe são antepostos.”
>> Confira a entrevista do Portal CER com José Moran: as grandes transformações na educação atual
Há diferentes propostas que funcionam como Metodologias Ativas no Novo Ensino Médio; entre elas, estão:
A seguir, apresentamos a Sala de Aula Invertida como exemplo, mas vale reforçar que as mesmas ideias e conceitos podem inspirar práticas em diferentes formatos, de acordo com a particularidade de cada um.
O quadro abaixo, fornecido pelo material do Instituto Federal de Goiás (IFG), pode ser útil para a sala de aula. Fique à vontade para adaptá-lo de acordo com a realidade da sua turma.
Organização dos momentos para a Sala de Aula Invertida
Gostou desse conteúdo sobre Metodologias Ativas no Novo Ensino Médio e quer estar sempre atualizado sobre o mundo da educação? Acompanhe o Portal CER!