Nanolearning: entenda esta tendência de educação

Blog Nanolearning: entenda esta tendência de educação

19/01/2021
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As Metodologias Ágeis de Aprendizagem são uma tendência na Educação, já que conferem ao estudante maior independência intelectual, com ciclos de aprendizagem cada vez mais dinâmicos, interativos e guiados de acordo com as suas preferências.
Esse tipo de metodologia consiste em três pilares: agilidade, experiência intensa e conectivismo, características que contribuem para uma verdadeira transformação na maneira como o estudante aprende e como os professores podem se beneficiar do uso da tecnologia com vistas a entender as preferências de aprendizado dos jovens e os pontos de maiores dificuldades.
O Nanolearning é uma dessas metodologias ágeis. Basicamente, ele consiste em conteúdos curtos de aprendizagem que exigem de três a cinco minutos de foco, apenas. Por meio desse método, os estudantes assumem uma autodireção e vivenciam ciclos curtos de aprendizagem, experiências e interações sobre processos e ferramentas. Enquanto os professores, com agilidade, posicionam-se como mentores e implementam um processo de educação contínua, conectada e colaborativa.
Mas como o Nanolearning pode funcionar na prática? Confira mais sobre suas especificidades neste conteúdo.

O que é Nanolearning?

A grande missão dos educadores da atualidade é conseguir selecionar tecnologias que vão ao encontro das metodologias adotadas pelos Projetos Pedagógicos das instituições. Portanto, professores em busca de novas ferramentas para as aulas, seja presencial, seja remota, podem aplicar o conceito de Nanolearning no processo de ensino.
O Nanolearning já é um conceito bastante difundido no meio corporativo. Trata-se de uma Metodologia Ágil que se traduz por conteúdos curtos de aprendizagem que exigem, geralmente, entre três a cinco minutos de atenção. O formato pode ser um tutorial no YouTube, um artigo educacional curto ou qualquer outro vídeo simples, direto e de fácil assimilação.
Basicamente, essas pequenas pílulas de conhecimento podem ser distribuídas por meio de plataformas móveis como smartphones, tablets ou pelo próprio computador. Além disso, elas precisam ter início, meio e fim, sem necessidade de continuidade para que o conhecimento seja construído.

Qual o efeito das “pílulas de conhecimento” no ensino?

Em uma era tomada pelo excesso de informações, é nítida a dificuldade dos professores em manter os jovens conectados à aula ou aos estudos durante todo o tempo. A tecnologia é uma das principais causas da redução no tempo de atenção dos seres humanos.
E isso foi comprovado por uma pesquisa realizada pela Microsoft, em 2015, no Canadá. O levantamento envolveu 2 mil participantes de jogos on-line para avaliar sua capacidade de concentração. Concluiu-se que a capacidade dos seres humanos está reduzida pelo impacto dos dispositivos móveis e das mídias digitais. Além disso, usuários de múltiplas telas acham difícil filtrar os estímulos e estão sendo mais facilmente distraídos pelos múltiplos fluxos de mídia.
No entanto, há um lado positivo. De acordo com a pesquisa, aqueles participantes que possuem um estilo de vida mais digital são melhores no processamento de informações simultâneas de diferentes fontes.
Mas, afinal, onde entra o Nanolearning? As pequenas doses de aprendizado garantem aos estudantes a recuperação rápida de informações e respondem ao curto período de atenção do estudante. Segundo um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Dresden, na Alemanha, foi identificado que o método permite 20% mais retenção de informações em comparação a formatos tradicionais, mais longos de ensino.

Nanolearning e Microlearning: diferenças e similaridades

Tanto o Microlearning quanto o Nanolearning se concentram em fornecer uma experiência de aprendizado aos estudantes, que se estende por um curto período de tempo e cumpre os objetivos de aprendizagem deles; suportam o recurso de “aprender em movimento”; atraem todos os tipos de aluno, sendo apreciados pelos membros de todas as idades em razão de sua flexibilidade; e ajudam os estudantes a completar os módulos de forma eficiente, aumentando assim as taxas de retenção e melhor conclusão do curso.
Outro ponto em comum é que ambos são baseados no princípio de Pareto (20% do esforço que resulta em 80% dos resultados). Além do mais, os estudantes têm o controle total em Microlearning e Nanolearning e podem decidir o que, quando e quanto estão aprendendo.
O que mais diferencia o Microlearning do Nanolearning é: enquanto o Microlearning pode ser usado como módulos de aprendizagem autônomos independentes, fornecendo aprendizado formal, o Nanolearning é empregado no aprendizado informal. Digamos que o Nanolearning é uma parte do Microlearning.
Por exemplo, se o seu módulo de Microlearning ensina os estudantes a gerar relatórios usando um aplicativo de negócios, seu Nanolearning pode ser algo tão simples quanto ensinar os estudantes a acessar o app de negócios e fazer login nele. O Nanolearning não é adequado para principiantes, mas pode ser usado como um treinamento de atualização.

Como aplicar o Nanolearning na Educação?

O Nanolearning é focado em um objetivo de aprendizado muito específico graças ao seu tempo de execução, ainda mais curto. Uma ação de Nanolearning é constituída por quatro partes:
1 Tópico principal (tema).
2 Curta e rápida descrição do tema (interpretação textual da ideia simples ao conceito complexo).
3 Complementos informativos e formativos através de infografia-imagem, vídeo, áudio, animação ou jogo explicativo.
4 E um pequeno Teste de Avaliação de Conhecimento.
Veja alguns exemplos para aplicar o Nanolearning na sala de aula:

1. Identifique a necessidade

Comece se questionando quais processos podem ser divididos em habilidades ou etapas menores. Quais são as perguntas mais frequentes dos estudantes? Quais procedimentos eles executam com menos frequência e quais ferramentas podem ajudá-los quando precisam se atualizar?
Se não tiver certeza, uma boa ideia é entrevistar os estudantes. Um formulário do Google Forms pode ser ideal com vistas a coletar essas respostas. O processo de Design Thinking também é um grande investimento quando você não tem certeza do que os estudantes precisam ou do que eles já sabem. A turma pode aproveitar essa metodologia ao vivo ou remotamente.

2.Use uma ferramenta na qual você possa publicar rapidamente e manter o e-Learning

Primeiramente, é necessário um sistema em que Nanolearning possa ser implantado de maneira rápida, em minutos. Existem ferramentas que permitem enviar conteúdo diretamente para um Sistema de Gerenciamento de Aprendizado, que atualiza automaticamente o módulo em segundos.

3. Escolha sua mídia

Os estudantes podem reproduzir vídeos ou preferem podcasts? Considere oferecer seu Nanolearning em várias modalidades, visto que a preferência dos jovens é igualmente importante. Como eles aprendem novas habilidades ou hobbies fora da aula? Isso deve ser levado em conta.

4. Crie um canal no YouTube com pílulas de conteúdo

O YouTube pode ser uma ferramenta voltada a compartilhar com a turma essas pílulas de conteúdo, além de ser uma plataforma que pode ser acessada pelos smartphones também.
O conteúdo disponibilizado por lá pode até complementar um tópico já apresentado à turma ou resumir de forma estratégica os módulos da aula.

5. Limite o escopo de seus módulos a três (ou menos!) objetivos de aprendizagem

Os estudantes que podem pesquisar o que não sabem têm boa compreensão do que precisam. A maioria das tarefas e das perguntas pesquisáveis ​​não requer muito contexto. Se você estivesse procurando por vídeos sobre como amarrar uma gravata-borboleta, não gostaria de aprender a história das gravatas, como são fabricados e como amarrar uma gravata normal, não é mesmo? Responda apenas à pergunta que os estudantes procuram e nada mais. É justo recomendar recursos relacionados, mas atenda às necessidades deles e libere-os para o próximo aprendizado.

6. Mantenha os módulos curtos!

Acrescentar “mais uma coisa” é o inimigo declarado do Nanolearning. O impacto cognitivo do Nanolearning depende da brevidade. Por isso, atente-se em criar algo que seja objetivo e vá direto ao foco do que o conteúdo pretende ensinar.
Por fim, o Nanolearning torna mais fácil para você lidar com um maior volume de conteúdo de aprendizagem e levá-lo aos estudantes rapidamente. Tal forma de metodologia pode ser o futuro do aprendizado, do ensino e do treinamento corporativo.
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