Neurociência e Educação

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24/12/2021
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O processo de ensino-aprendizagem a cada dia se torna mais desafiador. O excesso de informação, consequentemente advinda do meio tecnológico, em maior parte dos canais midiáticos e da internet.
Na atualidade, a vida exige que as pessoas sejam ativas e saibam escolher o certo de acordo com seu critério e juízo ao tomar uma decisão rapidamente. Para isso, o indivíduo tem de assumir um novo papel: ser protagonista da própria história, acreditando no seu potencial, porque cada um possui sonhos e projetos de vida distintos.
O foco deste artigo é como a Neurociência pode auxiliar a Educação, sobretudo no desenvolvimento das habilidades dos estudantes. Primeiramente, entenda o conceito do tema:

O que é Neurociência?

De acordo com a Educação Socioemocional, de Augusto Cury, a Neurociência é um campo científico que estuda o sistema nervoso central, o qual coordena as ações do organismo. Assim:
“É uma ciência interdisciplinar, que se relaciona com diferentes áreas, como: biologia, psicologia, medicina, química, matemática, engenharia, filosofia, etc”.
Nessa situação, por ser um campo que se relaciona com a interdisciplinaridade, o processo de ensino-aprendizagem torna-se interessante porque o professor pode utilizar os conceitos entre duas ou mais disciplinas que têm em comum. Logo, uma se liga a outra, e o estudante aprende de forma mais prazerosa e motivada.
O professor, diante de metodologias ativas, dando atenção a cada educando, é capaz perfeitamente de se enquadrar na Neurociência. Esse campo o ajuda a entender como ocorre o processo de aprendizagem. Dessa maneira, Cury argumenta que:
“A neurociência ajuda a compreender ações complexas como pensamento, decisão, atenção, compreensão, interpretação e cálculo. Assim, pode ser uma excelente maneira de fortalecer o trabalho dos educadores.”

A Neurociência no dia a dia da Educação

Esse campo científico está presente no cotidiano da Educação pelo fato de que, segundo o CER Sebrae, aprender nada mais é do que criar memória de longa duração.
Nesse contexto, o aprendizado de longa duração é o ideal para que o estudante saiba usá-lo futuramente de forma potencializada. Ele é fixado mediante estímulos e estratégias trabalhados pelo educador no conteúdo o qual ele ministra.
Para o desenvolvimento potencializado pela Neurociência, é necessário que se entenda a mente humana. Desse modo, esse campo da ciência, segundoO Somos Educação”, ressalta que:
“Ela se divide em três áreas: neuropsicologia, neurofisiologia e neurociência cognitiva, que juntas têm a finalidade de compreender como funciona a mente humana e quais são as técnicas possíveis para a otimização dos seus processos.”
Em vista disso, o aprendizado é recorrente de um desses processos porque acontece dentro do sistema nervoso. Em princípio, os sentidos são trabalhados. Em seguida, a informação chega ao cérebro, onde será processada, compreendida e armazenada. Esses estímulos, portanto, devem ser aplicados corretamente pelo professor a fim de que o aprendizado não seja esquecido.
“O Somos Educação” denota que existem alguns fatores que favorecem os estímulos do sistema nervoso como também a capacidade do aprendizado:
  • plasticidade cerebral: o cérebro apresenta habilidades de se modificar consoante as inferências do ambiente;
  • memória: é executada por meio de ativação de circuitos neurais, embasada em associações. No momento em que é ativado, o circuito imediatamente vai ativar o próximo;
  • emoção: torna a sinapse (região responsável por realizar a comunicação entre dois ou mais neurônios) mais forte e estável. Ela influencia, portanto, a memória e o aprendizado. Um exemplo bem comum é a facilidade que cada um tem em relembrar a infância no tempo que for;
  • motivação: trata-se do impulso que cada um apresenta em realizar uma tarefa almejando um determinado resultado e
  • atenção: é voltada ao interesse e ao estímulo em que cada um é exposto. No entanto, se for exagerado, o estímulo tira o foco da atenção, e assim o aprendizado não fica retido.
Por conseguinte, o tema deste artigo em questão permite que os professores compreendam como o cérebro é impactado pelo ambiente. Uma vez compreendido isso, eles podem aderir aos estímulos mais apropriados para conduzir os processos de aprendizagem em sala de aula de maneira eficaz.

Aplicando os conhecimentos da Neurociência na sala de aula

Essa ciência em sala de aula conduz o estudante como protagonista do seu aprendizado. E, nesse contexto, a Educação Empreendedora corrobora com essa nova educação, juntamente com tal campo científico, que vem substituindo o ensino tradicional.
A Neurociência, portanto, associada à Educação Empreendedora, consiste na desierarquização superior do educador em relação ao educando, ao passo que ele apenas absorve o conteúdo ministrado pelo professor. Isso posto, o campo científico em pauta ressalta que outras formas de ensinar podem ser mais eficientes.
Esses modos, por seu turno, devem estar vinculados ao desenvolvimento das habilidades dos estudantes. Dessa maneira, conhecendo tais habilidades, o educador deve unir isso à Neurociência e descobrir como aplicá-la em sala de aula, o que pode ser de forma sutil e mesmo assim fará diferença na aprendizagem deles.
Posto isso, “O Somos Educação” expõe algumas maneiras em que o professor deve empregá-las em sala de aula:

Utilizar todos os canais de aprendizagem

Os recursos sonoros, visuais, táteis, gustativos e olfativos são excelentes para a captação da atenção dos estudantes porque ativam muitas redes neurais. Assim, favorecem a retenção do conhecimento. Os conteúdos não precisam ser lineares, já que podem ser variados porque ajudam a dinamizar a aula, favorecendo experiências mais práticas.
Augusto Cury postula que, caso a escola tenha estudantes com necessidades especiais, que acometem alguns dos sentidos, é possível se ater à tecnologia para que a experiência deles seja completa ou adaptar as propostas pedagógicas a fim de que todos possam participar.

Sala de aula organizada estrategicamente

Ela deve sair da rotina em que as carteiras são enfileiradas e direcionadas ao quadro. Ao se sentarem em círculos, por exemplo, os alunos podem ter a atenção estimulada, encorajando a interação e a sincronia cerebral. A organização estratégica traz mais segurança para a participação nas aulas de forma mais empática entre os estudantes, e a aprendizagem torna-se dialógica (interacional).

Aderir à educação socioemocional

Essa educação traz uma estrutura importante para o século XXI. Ela melhora o desenvolvimento dos educandos e diminui desentendimentos entre eles. A Base Comum Curricular (BNCC) já está adepta a esse tipo de educação.
Dessa maneira, é imprescindível que as escolas adotem metodologias que incentivem essa habilidade socioemocional. Por meio das emoções, os estudantes aprendem os conteúdos, e estes permanecem na memória a longo prazo.
Segundo Emilly Fidelix, palestrante e formadora de professores, em Eleva Plataforma de Ensino, enfatiza que o fator socioemocional contribui veemente com o aprendizado do aluno.
Corroborando com tal afirmação, Stephen Krashen, professor emérito da University of Southern California, linguista renomado, pesquisador militante da área de educação, esclarece que:
“Quando um estudante se encontra num estado de estresse acentuado, novas informações sensoriais não conseguem passar por uma espécie de filtro para acessar a memória e associação, por exemplo. Portanto, o educando não consegue lidar 100% com o aprendizado, ou seja, com a reflexão sobre aquela nova informação”.
Desse modo, quanto mais emoção houver no processo de ensino-aprendizagem, mais o conteúdo ficará retido na memória do estudante, influenciando positivamente nos processos de memória dele.

Traga a Neurociência para sua sala de aula

Como esse campo científico está aliado ao novo modelo de Educação, o qual impacta positivamente as metodologias ativas, conecte-se ao CER Sebrae, o Futuro Presente na Educação, para que possa conhecer esse novo paradigma como resposta às mudanças no ensino.
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