A Lei de nº 13.415/2017 modificou a Lei de Diretrizes e Base da Educação no Brasil e estabeleceu uma mudança na estrutura do Ensino Médio. Com isso, a referida lei instituiu um aumento na carga horária estudantil, isto é, de 800 horas para mil horas anuais até 2022.
Essa mudança, entretanto, deu origem a uma flexibilização no âmbito da organização curricular, atribuindo-se ao modelo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
De acordo com a BNCC, esse novo modelo oferece disciplinas para a escolha do estudante, permitindo a esse escolhê-las conforme a sua vocação. Dentre as mudanças, essa é a que se destacou para o novo engajamento estudantil do ensino em questão e que pode contribuir para diminuir a evasão escolar.
Esse Novo Ensino Médio traz, portanto, desafios aos educadores, como também às escolas.
Evasão escolar no Ensino Médio
Ao concluir o Ensino Fundamental II, o estudante fica receoso para ingressar no Ensino Médio em razão do aumento das dificuldades que ele apresenta. E não é para menos, pois o ensino em pauta é a porta de ingresso ao mercado de trabalho, ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e ao vestibular. Logo, a responsabilidade dele aumenta.
Tal responsabilidade do educando de se decidir por uma profissão para o resto da vida não é uma tarefa simples. Além disso, muitos deles trabalham durante o dia e vão cansados à escola, à noite, para assistirem às aulas de Química, Biologia, Física, Matemática, Português, dentre outras disciplinas que requerem muita atenção.
Por conseguinte, o cansaço exacerbado depois de um dia longo de trabalho, a responsabilidade de decidir a profissão e as dificuldades em aprender as matérias fazem o educando desistir de continuar seus estudos. Portanto, não efetua a matrícula para o ano seguinte.
Essas dificuldades propiciam a evasão escolar, e, no Ensino Médio, de acordo com a pesquisa recente da Nova Escola, de quatro a cada dez brasileiros de 19 anos não concluíram o Ensino Médio, conforme divulgado pelo movimento Todos pela Educação.
O quadro de evasão escolar vem aumentando no país e, para conter o problema atual, o Novo Ensino Médio tem grande probabilidade de diminuí-lo.
O Novo Ensino Médio
O CER Sebrae postula que esse novo modelo do Ensino Médio traz flexibilização dos conteúdos. Para isso, “entre as disciplinas optativas, os jovens poderão escolher concentrar seus estudos em cinco áreas:
- Linguagens e suas tecnologias;
- Matemática e suas tecnologias;
- Ciências da natureza e suas tecnologias;
- Ciências humanas e sociais aplicadas e
- Formação técnica e profissional”.
As disciplinas optativas, sobretudo aliadas à metodologia adaptativa, são de grande benefício para que o professor vença os desafios. Ou seja, o educador poderá prestar atenção nas dificuldades que cada aluno apresenta, engajadas com a área de interesse do estudante.
O mundo digital, dessa forma, corrobora para a entrada de outros desafios, inclusive o da empregabilidade. Assim, se não sair desse lugar comum, ou seja, desses ritmos fabris, desses fragmentos anteriores:
- primeiro – não trará significado algum para a sociedade e
- segundo – não forma gente para o mundo futuro.
Portanto, não se trata apenas de um emprego, e sim de um trabalho de resolução de um mundo complexo. Logo, esse novo modelo de Ensino Médio tem de preparar o estudante para cada momento, algo original, não pensado e que precisa ser resolvido.
O modelo do Ensino Médio atual exige mudanças
Com toda essa mudança, o modelo atual do Ensino Médio requer que professores e escolas se adaptem para ministrar essa mudança. Em consideração a isso, a definição desse novo trajeto exige professores competentes para administrar esse novo contexto.
Em vista disso, ao se pensar em um mundo digital, sabe-se que a tecnologia veio de forma disruptiva, isto é, interrompeu o curso da história de vida porque antes não precisava de ferramentas tecnológicas para viver. Atualmente, porém, não vivemos sem elas.
Analogamente a isso, o Novo Ensino Médio pode ser considerado uma forma disruptiva, uma vez que o velho modelo não é mais compatível ao dos dias atuais.
E, assim, a necessidade de mudanças para interromper o modelo anterior demanda urgência, uma vez que o mundo precisa de cidadãos aptos a tomadas de decisão rápidas num mundo tão desconhecido, repleto de milhares de informações ao mesmo tempo.
O que o professor precisa fazer para não ficar alheio a essa mudança
O CER Sebrae é referência em Educação Empreendedora. Isto é, uma iniciativa para produzir e compartilhar conhecimento, elaborar estudos, pesquisas e ferramentas com foco no desenvolvimento e no fomento da Educação Empreendedora.
Por conseguinte, é uma espécie de ponte que liga o universo acadêmico e o mercado, conforme ele argumenta:
“Queremos inspirar acadêmicos e empreendedores por meio de conteúdo de alta qualidade, capaz de impactar positivamente o ensino empreendedor e a cultura empreendedora no Brasil. É aqui que você vai encontrar todo o conteúdo necessário para inovar na sua empresa ou na sala de aula, inspirar pessoas e difundir a Educação Empreendedora”.
Programas governamentais também são importantes para essa nova empreitada. Segundo o Nosso Ensino Médio, tais programas oferecem formação gratuita, com trilhas de aprendizagem online que possibilita a você cursar no seu ritmo e segundo seus interesses, tais como:
- projetos de vida
- comunidades de aprendizagem
- as novidades do Ensino Médio
- integração curricular
- educação profissional e tecnológica
Portanto, não perca a oportunidade porque essas iniciativas vão ao encontro dessa nova realidade do Ensino Médio cada vez mais empreendedora.