
Por que se tem falado tanto de cultura empreendedora no contexto escolar? Com um mercado de trabalho em profunda transformação, não seria exagero dizer que o futuro do trabalho é empreendedor. O aumento do número de startups, o movimento maker e as mudanças nas configurações físicas dos espaços de trabalho são alguns indícios de que o empreendedorismo em suas mais diversas formas é uma tendência para os próximos anos.
E como não podia deixar de ser, essa mudança impacta diretamente a educação. No mundo em que a tecnologia fará grande parte dos trabalhos operacionais, ser capaz de criar soluções para os problemas fará dos jovens de hoje, profissionais de destaque no futuro.
Diante de turmas nativas digitais, acostumadas desde cedo a ter o conhecimento disponível na palma da mão, a responsabilidade da escola vai se modificando. O anúncio de uma nova revolução industrial, a quarta, só torna a questão ainda mais complexa.
Nesse contexto, faz sentido pensar em estratégias para tornar a escola um espaço que respira empreendedorismo e contribui para formar indivíduos que são protagonistas de suas próprias vidas, agindo com autonomia e senso crítico, essências da mentalidade empreendedora. Veja os motivos a seguir.
O entendimento desse conceito por completo talvez seja o ponto crucial para o desenvolvimento de uma estratégia que faça sentido para cada contexto escolar. Ou seja, mais importante que pensar sob qual forma a cultura empreendedora será aplicada, é essencial entender quais comportamentos a integram.
Pensando sob esse viés, o termo é definido por um ambiente capaz de estimular as características do empreendedorismo, como iniciativa, autoconfiança, colaboração, criatividade, resiliência e planejamento.
Além disso, esse tipo de cultura se faz presente quando a escola incentiva alunos a desenvolver projetos, quer pessoais, quer da turma, desenvolvendo a capacidade de tirar ideias do papel, trabalhar colaborativamente e ter uma visão voltada para a resolução de problemas. E claro, só ocorre quando o ambiente de ensino enxerga o erro como forma de aprendizado e estimula a perseverança para seguir testando uma ideia.
Muito mais do que mostrar a um aluno como criar o próprio negócio, a cultura empreendedora tem a capacidade de fortalecer as seguintes competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC):
De maneira mais indireta, as demais competências da BNCC também ganham espaço em uma escola que estimula a cultura empreendedora.
Além delas, esse conceito também diz respeito a espaços que fortalecem o sentimento de dono, a liderança e a perseverança de estudantes. Também pode ser a forma ideal destinada a criar uma sala de aula marcada pela inovação.
Você já viu como incluir o empreendedorismo no contexto escolar pode ser importante para a formação de um espaço ideal para o fortalecimento de competências importantes. Como fazer, porém, com que uma instituição de ensino dê esse salto? Veja a seguir 3 caminhos possíveis.
Além disso, é essencial que o professor também tenha atitudes que se aproximem do conceito de cultura empreendedora. Ou seja, ele também precisa agir com liderança, autoconhecimento, perseverança e colaboração. E também deve estar atento a outras cinco habilidades, muito importantes na educação 4.0.