O que é a inteligência emocional

Blog O que é a inteligência emocional

18/07/2022
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A inteligência emocional diz respeito à capacidade de lidar com as próprias emoções e com as emoções das pessoas ao seu redor. Indivíduos com alta inteligência emocional são capazes de identificar os sentimentos, gerenciá-los e tomar melhores decisões. E, por isso, são as pessoas mais bem-sucedidas. Vamos debruçar na definição do que é a inteligência emocional.

Até alguns anos atrás, a inteligência era medida exclusivamente pelo quociente intelectual, ou teste QI. No entanto, hoje já se sabe que atitudes comportamentais – como autocontrole, capacidade de superar frustração, persistência – impactam diretamente o sucesso individual.

A inteligência emocional indica que é necessário saber balancear o lado racional com o lado emotivo. Só assim as pessoas são capazes de tomar melhores decisões.

Foi com a popularização do livro “Inteligência Emocional”, escrito por Daniel Goleman, que esse tema se tornou cada vez mais discutido. E neste post vamos esclarecer os conceitos, trazer exemplos e  ajudar você a se desenvolver.

O que é ter mais inteligência emocional?

É ter a capacidade de administrar as emoções, não se deixando guiar o tempo todo somente pelos sentimentos. Sabendo equilibrar os sentimentos com a razão.

Pessoas com mais inteligência emocional normalmente apresentam as seguintes características:

  • Facilidade de tomar boas decisões e realizar escolhas.
  • Comunicação mais assertiva.
  • Otimismo.
  • Foco e persistência para cumprir seus objetivos.
  • Bons relacionamentos interpessoais nas esferas profissional e pessoal.
  • Pensamento crítico.
  • Capacidade de considerar os interesses das outras pessoas ao tomar decisões.
  • Rápida recuperação das frustrações e tristezas naturais da vida.
  • Resiliência.
  • Capacidade de resolver os problemas com agilidade.
  • Empatia.
  • Adaptabilidade aos diferentes cenários.

Aliás, essas são algumas das características comuns em pessoas com espírito empreendedor. Os filmes são uma boa fonte para nos ajudar a identificar personagens com esse tipo de comportamento.

Para saber como desenvolver essas habilidades, fizemos um passo a passo que vai orientá-lo, a fim de que  você possa aprender a lidar com as suas emoções e a conquistar uma vida de mais sucesso.

Afinal, o que são as emoções?

Para esclarecer melhor o que é inteligência emocional, é útil entender um pouco mais o funcionamento das emoções.

As emoções são parte da constituição do ser humano. Elas estão em toda parte e podem nos ajudar a compreender o mundo, como também “nos enganar”. Isso porque elas são capazes de influenciar nas escolhas.

Segundo um estudo do Wall Street Journal, nós tomamos cerca de 35 mil decisões por dia. Logo, somos impactados pelo estado emocional praticamente o tempo todo.

Elas surgem na mente humana de forma espontânea, mas o ser humano, por ser dotado da racionalidade, consegue escolher quais as emoções seguir.

E as emoções são responsáveis por impulsionar uma ação, proporcionar melhores relacionamentos sociais e possibilitam que possamos viver de forma mais satisfatória.

Memória afetiva

Um primeiro ponto para compreender melhor o mecanismo de funcionamento das emoções é saber que o nosso cérebro tem a capacidade de armazená-las. A memória humana é formada pelos fatos e sentimentos.

Já aconteceu com você? Ao lembrar de um acontecimento, os sentimentos vividos por você naquele dia também vieram à tona? Isso é resultado da memória afetiva.

Se uma criança encosta em uma panela quente e se queima, o cérebro registra também a dor proveniente da queimadura. Isso faz com que a criança evite repetir esse comportamento.

Esse mecanismo ocorre desde os primórdios da vida humana. Por isso, as emoções estão diretamente relacionadas com a capacidade de sobrevivência e de evolução do ser humano.

Mas, se não formos capazes de gerenciar nosso estado emocional, essas memórias podem nos afetar negativamente.

Uma pessoa que já se frustrou em determinada situação, pode resgatar a dor do passado e ter medo de se arriscar novamente. Por isso é necessário saber identificar e gerenciá-las.

Interação social

As emoções nos ajudam a construir bons relacionamentos. É possível identificar se uma pessoa está muito irritada pela forma como ela age, seu tom de voz ou mesmo pelo comportamento.

Quem tem boa capacidade de identificar os próprios estados emotivos consegue detectar isso com mais facilidade nas outras pessoas.

E isso ajuda a prever as atitudes das pessoas e escolher melhores formas de interação. Se identificamos que a pessoa com quem vamos tratar um assunto está irritado, certamente essa não é a melhor hora para conversarmos..

É por isso que, quando nos referimos ao mercado de trabalho,  o termo  inteligência emocional ganha tanta relevância. Isso porque pessoas munidas dessa capacidade terão mais habilidade para a convivência proveitosa no contexto profissional.

Mas não é só ao mundo profissional que nos referimos. A inteligência emocional contribui para todo tipo de convivência social. Para ser feliz, não basta apenas gerenciar a própria mente, é necessário manter boas relações com as pessoas à nossa volta.

Pessoas com mais inteligência emocional são capazes de ter empatia e de descobrir as emoções dos outros observando sinais. Isso contribui para evocar reações favoráveis, ter habilidades de resolver conflitos e de liderar pessoas.

Impulso para agir

As emoções impulsionam uma ação. Se, ao caminhar a noite, é notado algo ameaçador, o medo leva a pessoa a correr. É a capacidade de reagir diante das ameaças.

Pessoas excessivamente emocionais, porém, podem acabar cometendo erros de julgamentos e não agir como deveriam. A mente humana consegue administrar uma carga limitada de emoções, o que faz com que a capacidade de tomar decisões fique afetada.

É fundamental saber conciliar o lado racional com o emocional.

O cérebro racional e o cérebro emocional

Em seu livro, Daniel Goleman explica que o lado direito do cérebro é o lado sensível das emoções. E o lado esquerdo é o pensante, racional, que tem capacidade de análise. As duas esferas estão conectadas.

A definição do que é inteligência emocional envolve ser capaz de encontrar um equilíbrio entre o lado racional e o lado sensível.

Isso pode ser entendido como uma autorregulação emocional. Se há um estímulo, como um barulho alto, o cérebro sensível entende que há uma ameaça e entra em estado de alerta. E o lado pensante ajuda a regular, verificando se a ameaça é verdadeira ou se está próxima.

Por isso, não saímos correndo a cada ruído que escutamos.

Essa capacidade de autogestão das emoções, no entanto, pode ser exercitada e treinada.

Como ter mais inteligência emocional?

Agora que você entendeu como as emoções surgem e no que elas influenciam e que há um mecanismo de autorregulação emocional, é hora de anotar um passo a passo para colocar em prática.

1 – Desenvolver o relacionamento interpessoal

Se você conseguiu trabalhar os últimos quatro pilares, seus relacionamentos interpessoais terão um ganho de qualidade.

Somos seres sociáveis e é importante sabermos conviver bem com pessoas diferentes nos mais diversos aspectos da vida.

2 – Conhecer suas emoções

O primeiro passo é saber dar “nomes aos bois”. Tire um momento do seu dia e reflita sobre os seus sentimentos. Registre as emoções.

Se possível, busque na sua memória momentos marcantes e tente identificar situações em que você estava com raiva, triste, cansado, alegre. E busque entender por que essas emoções surgiram e se elas de fato têm algum fundamento racional.

3 – Controlar suas emoções

Agora, ao conhecer as emoções que mais afloram e em quais circunstâncias elas surgem, é hora de você controlá-las.

Existem diversas táticas que podem ajudar nesse processo. Em momentos de ansiedade e de irritabilidade, práticas de respiração e exercícios de instalação podem ser muito úteis.

Por exemplo, você pode fazer respiração mais profunda três vezes seguidas e observar objetos com 10 cores diferentes ao seu redor.

Se você notar um sentimento de medo, ajude seu cérebro a adotar o lado racional. Faça uma análise se o medo é proporcional à ameaça existente.

4 – Desenvolver a automotivação

Use as emoções a seu favor. Às vezes precisamos de cumprir tarefas e obrigações chatas. Mas você pode criar mecanismos para se automotivar, como: após cumprir tais coisas dentro do prazo, eu vou tirar uma hora de descanso à noite para assistir a um filme ou a um seriado. Essa pode ser uma medida contra a procrastinação.

Se você percebeu, por exemplo, que a preguiça é um sentimento que atrapalha a atitude de levantar cedo, uma dica seria colocar o despertador distante da cama.

Tenha seu olhar fixo no seu alvo, naquilo que você gostaria de alcançar e use a sua razão e a emoção de forma balanceada a seu favor.

5 – Desenvolver a empatia

Ter mais bem-estar e felicidade não depende apenas do seu gerenciamento de emoções. No dia a dia, relacionamo-nos com pessoas o tempo todo – em família, com os colegas de trabalho, com os estudantes.

Por isso, é importante ter empatia. Por mais que você tenha alcançado mais inteligência emocional, sabendo lidar com as suas emoções, pode ser que as pessoas à sua volta não chegaram a esse patamar.

Então, pode acontecer de você ter contato com pessoas que estão sendo guiadas somente pelo lado emocional. Pessoas com irritação, crise de ansiedade, tristeza ou excessivamente emotivas.

E conhecer as próprias emoções corrobora para que você consiga identificar  essa reação orgânica também nas pessoas da sua convivência. E, assim, poderá tomar melhores decisões e guiar da forma mais adequada as situações do dia a dia.

Neste texto, você aprendeu o que é inteligência emocional e como desenvolvê-la. Se desde a infância conduzirmos as pessoas para exercitar a inteligência emocional, esse processo será muito natural e fácil. Para ajudar você nessa missão, disponibilizamos o E-book Como desenvolver a Inteligência Emocional em crianças e adolescentes.

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