Os jovens têm um importante papel de transformação social na nossa sociedade, e uma das forças motoras para essa transformação é o trabalho. Mas como será que eles enxergam as oportunidades, inclusive a possibilidade de empreender?
É isso o que a Fundação Telefônica buscou descobrir conversando com brasileiros entre 15 e 29 anos a respeito das suas percepções e experiências sobre o universo do empreendedorismo.
Os resultados dessas conversas foram divulgados recentemente com o lançamento da Pesquisa Juventude Conectada – Edição Especial Empreendedorismo, realizada em parceria com o IBOPE, a Rede Conhecimento Social, jovens empreendedores e especialistas.
Confira os principais dados da pesquisa a seguir!
Os dados da pesquisa Juventude Conectada apontam que 56% dos jovens se consideram empreendedores e que 74% deles preferem ter o próprio negócio a trabalhar para uma empresa.
Também é interessante como eles enxergam o empreendedorismo. Para a maioria, empreender está mais ligado à realização pessoal do que ao retorno financeiro e, consequentemente, à melhoria da condição de vida.
Além disso, a flexibilidade de horários, a liberdade para fazer escolhas e a possibilidade de se engajar mais com as suas atividades estão entre as razões apontadas pelos jovens para empreender.
A pesquisa também procurou entender como os brasileiros entre 15 e 29 anos enxergam o empreendedor. Para a maioria deles, trata-se de uma pessoa que busca oportunidades e soluções e trabalha para fazer isso acontecer.
Entre os entrevistados, 75% concordaram que o empreendedor não deve se acomodar, ou seja, precisa sempre inovar. Por outro lado, eles consideram que a inovação não é necessariamente um pré-requisito para se tornar uma pessoa empreendedora.
Já 31% dos jovens ouvidos pelos pesquisadores reconhecem também o empreendedor nos negócios locais e de bairro e não apenas em grandes ideias inovadoras.
Confira outras percepções da juventude brasileira sobre o empreendedorismo:
No Brasil, ainda existem algumas barreiras que precisam ser superadas por quem tem o desejo de empreender na carreira. Veja quais são os principais entraves na visão dos jovens.
Nosso país não tem uma tradição empreendedora e, por isso, a juventude, em especial, é incentivada apenas a procurar um trabalho estável logo no início da carreira.
O sistema educacional brasileiro não estimula o empreendedorismo nas escolas, ou seja, não forma sujeitos autônomos, capazes de arriscar e tentar criar algo novo. Isso ocorre também no ambiente familiar, onde o objetivo é garantir o futuro com segurança financeira.
Abrir um negócio no Brasil ainda é um processo extremamente burocrático. Somado a isso, estão a dificuldade de conseguir capital para começar e alavancar o empreendimento e um certo descrédito pelos jovens, que dizem ser difícil encontrar alguém que acredite nas suas ideias.
Os jovens alegam que faltam, na mídia, exemplos de brasileiros empreendedores de todas as classes, gêneros e raças. Segundo eles, existe ainda um mito de que empreender é só para homens brancos e de classe alta.
A maioria dos entrevistados na pesquisa alega que gostaria de ter mais contato com instituições que promovam o conhecimento em empreendedorismo. Eles também sentem falta de ter um parente ou amigo que já tenha empreendido para passar suas experiências.
O que achou dos resultados da pesquisa Juventude Conectada? Acredita que os jovens precisam estar mais preparados para empreender? Aproveite e leia também 3 soluções do Sebrae para estimular o empreendedorismo entre jovens.