
O que você acha da afirmação “aprender programação deveria ser tão importante quanto ler e escrever”? O MIT Media Lab, laboratório interdisciplinar que utiliza novas tecnologias e linguagens para enriquecer o processo de aprendizagem e promover experiências de ensino criativas, acredita que todos deveriam aprender essa que é uma das habilidades mais importantes do século XXI.
Muito diferente do que as pessoas leigas podem acreditar, aprender a codificar ou a programar não é exclusivo para quem quer trabalhar com isso. É algo que permite que as crianças e os jovens desenvolvam novas maneiras de aprender e de ver o mundo. Além disso, é um meio de se tornar fluente em novas tecnologias, habilidade fundamental em um mundo que desenvolve novos softwares e ferramentas diariamente.
Como introduzir, porém, o universo da programação no ensino infantil? O Scratch é uma das formas de fazer isso de maneira simples e divertida. Neste post de hoje, entenda como ele funciona e conheça 7 motivos para implementá-lo em sala de aula. É mais simples do que imagina e pode contribuir muito para o desenvolvimento dos alunos.
Scratch é uma linguagem de programação criada no próprio Media Lab do MIT, um dos maiores institutos de tecnologia do mundo. Ela é simples e muito mais acessível que outras linguagens, uma vez que não exige conhecimento prévio de quem quer começar a desenvolver programas e possui interface gráfica supersimples e intuitiva.
O Scratch está disponível gratuitamente em um ambiente virtual de fácil acesso e é traduzido em mais de 40 idiomas (o português é um deles). Em uma comunidade online, é possível compartilhar projetos e conferir os trabalhos de outros usuários em todo o mundo, fazendo com que pessoas de várias idades e nacionalidades tenham acesso aos códigos e troquem experiências online.
Mesmo que crianças e jovens estejam completamente familiarizados com a tecnologia, é importante entender que ser nativo digital é diferente de possuir fluência digital. Enquanto o primeiro fala sobre a habilidade de utilizar gadgets de maneira intuitiva, sem necessidade de que alguém ensine o passo a passo, o segundo diz respeito à capacidade de se expressar por meio da tecnologia. Estamos falando aqui de pessoas capazes de participar da sociedade, sabendo se comunicar, criar soluções e mostrar sua ideias para o mundo, aproveitando a possibilidade originada pela internet.
O Scratch é uma ótima maneira de introduzir a programação em sala de aula porque é muito simples: funciona com blocos, em que cada um representa uma função ou um controle no programa. A pessoa escolhe o que quer e simplesmente monta no ambiente virtual, sendo capaz de acompanhar o resultado do seu esforço e, assim, revisar o programa criado, melhorar aspectos dele e discutir sobre novas possibilidades com uma grande comunidade. Não é exigido que saiba escrever os códigos, mas, mesmo assim, com o Scratch é possível desenvolver a capacidade analítica e entender como funciona a programação por trás de tudo o que utilizamos hoje em dia.
Que tal acessar o portal do Scratch e aprender na prática como funciona? Esse é o primeiro passo para que você entenda como é simples aplicá-lo em sala de aula. Confira também a entrevista que Fernando Americano, do Le Wagon, concedeu ao CER: Código para uma nova educação. Nela, ele fala sobre o potencial que o ensino de programação tem para transformar a educação e o impacto disso na cultura empreendedora.