Tendências educacionais para 2022

Blog Tendências educacionais para 2022

18/01/2022
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O que será de 2022 no mundo da educação? Quando se fala em planejamento para um novo ciclo pedagógico, não há espaços para bola de cristal ou previsões intuitivas.
Para nos referirmos a tendências, é preciso analisar de forma crítica e construtiva todas as transformações vividas na educação até hoje e os caminhos que estão sendo abertos pela inovação.
A pandemia da Covid-19 impactou profundamente o setor da educação e impulsionou as escolas a acelerar os passos em direção a um ensino mais dinâmico, integrativo, atraente e tecnológico.
Em 2022, ainda estaremos vivendo sob os efeitos da pandemia, que deve manter-nos sob cuidados e medidas de precaução, que afetam, sem nenhuma dúvida, a forma de conviver e de ensinar.
O caminho tem incertezas, mas também não provoca mais a mesma instabilidade vivida nos anos anteriores. Aprendemos muito com as transformações impostas pela pandemia, e a adaptabilidade está garantida nos planejamentos futuros.
O que veio pra ficar e o que vai ganhar ainda mais espaço no setor da educação?
Selecionamos 3 tendências educacionais que farão parte do próximo ano de estudantes, professores e gestores e podem direcionar o seu planejamento para 2022.

1 – Ensino híbrido

 
Das mais recentes mudanças na educação, o ensino híbrido é um daqueles caminhos que não permitem a volta. Esse modelo de ensino expandiu as salas de aula e levou a educação a novos espaços e possibilidades.
Essa metodologia é muito mais do que combinar aulas presenciais e remotas, como foi inicialmente pensado. A tecnologia pode mesclar esses dois mundos e fazer da aula presencial uma possibilidade de experimentar uma nova metodologia, como, por exemplo, a gamificação.
E também trazer para o ensino remoto a possibilidade de ampliar o conteúdo com pesquisas, acesso a vídeos e outros meios de ter acesso a conteúdos extras.
O ensino híbrido é também responsável pela busca por capacitação e formação continuada dos professores e dos gestores, para conseguir utilizar novas ferramentas e reorganizar as rotinas escolares. A combinação entre o digital e o humano, o presencial, é uma integração de mundos dos quais não podemos mais dissociar quando pensamos no futuro.
A digitalização nunca substituirá o potencial humano, e o inverso também é verdade. Quando estivermos utilizando uma ferramenta digital, vamos exigir dela o máximo que possa nos oferecer, assim como quando estivermos “olho no olho” com o outro, esperamos que o máximo nos seja entregue em termos de conexão.
Para os estudantes, a aprendizagem híbrida possibilita maior autonomia no processo de aprendizagem, no uso de tecnologias integradas, mas também mantém preservada a importância do vínculo com as atividades presenciais.

2 – Valorização das soft skills

 
A transformação digital da sociedade não se restringe em valorizar habilidades técnicas. As mudanças na sociedade, na educação e nos ambientes de trabalho evidenciaram a importância das competências socioemocionais no equilíbrio da nossa inteligência.
Nunca foram tão valorizadas as capacidades de relação interpessoal, de resolução de conflitos, de gerenciamento de emoções e de adaptação às adversidades.
Quando a escola valoriza tais competências, estudantes e professores vivenciam novos modos de aprender e ensinar, que vão além de usar tecnologia.Isso porque eles devem saber usá-las de forma responsável, ética e humana.
Toda mudança nos apresenta um fragmento do futuro, e a mudança causada nos últimos anos na maneira como nos relacionamos evidencia o quanto é importante trabalhar inteligências que transbordam do currículo engessado de modelos de ensino passados.
A educação precisa fomentar competências antes não trabalhadas na escola, mas que hoje são exigidas no mundo educacional e dos negócios.
Soft Skills, como o pensamento crítico, são peças-chave para um observar de mundo transformador. Quando algo novo se apresenta, precisamos nos perguntar os porquês, confrontar com nossa visão de mundo e ampliar nosso repertório de pensamentos.
É assim que enxergamos as coisas sob o ponto de vista da lógica e podemos argumentar, expressar-nos e reconstruir narrativas de forma ética e mais abrangente.
Desenvolver competências socioemocionais é ampliar horizontes.

3 – E-learning

Se há uma tendência consolidada para os próximos anos, ela é o crescimento e a popularização do e-learning, ou seja, a educação online. Num primeiro momento, as questões estavam em como fazer esse novo modelo de educação. Hoje, os desafios dizem respeito a como aumentar sua funcionalidade, como expandir para novos formatos, como engajar os usuários e capacitar quem faz uso dessas ferramentas.
As mudanças seguem a velocidade da transformação tecnológica, e nos últimos anos as transformações foram aceleradas pela crise da pandemia mundial.
Essa nova era da educação deixa claro o quanto a forma de envolver o outro e ganhar espaços no mercado da educação depende da nossa capacidade de inovar e de se mostrar atraente.
A velocidade das mudanças é tamanha que nos obriga a trabalhar sob uma constante instabilidade. O futuro pode mudar rapidamente as ferramentas e impactar as pessoas de diferentes jeitos.
Hoje a sociedade está adaptada a ter em mãos telefones celulares que fortalecem essa tendência do aprendizado móvel, dinâmico. A mobilidade da informação é parte indissociável do nosso novo modo de vida.
Nesses tempos de inovação, se o objetivo é atingir e envolver os estudantes, somos então obrigados a trabalhar competências de adaptabilidade dos conteúdos, entendendo linguagem tecnológicas e mudando a forma de pensar e usar a tecnologia.
Estratégias de desenvolvimento de um pensamento computacional são imprescindíveis para o domínio de novas tecnologias e familiarização de conceitos que vão favorecer para que o conhecimento chegue aos estudantes no momento propício.

Um futuro além das tendências

Quando essas e outras tendências são citadas não mais como promessas, mas sim como realidade de um amanhã próximo, é muito importante que o olhar futurista alcance não só os estudantes, mas também os professores e os gestores.
O passado recente nos ensinou o quanto é preciso estar preparado para lidar com as inovações tecnológicas, principalmente.
O ano de 2022 não trará surpresas quando o assunto for a necessidade de constante capacitação de todos aqueles que fazem a educação.
O digital não veio tirar o poder da sala de aula, e o futuro pode reservar muitas surpresas. Mas se tem algo que podemos afirmar é que o professor é insubstituível, e a interação entre as pessoas, seja no ambiente físico, seja no virtual, é o que nos motiva a transformar nossa forma de pensar, agir e mudar a realidade.
Quer saber mais sobre os rumos da Educação Empreendedora? Acompanhe nossos conteúdos no Portal do CER.
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