Tendências em Tecnologia na Educação

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06/06/2022
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3 tendências em Tecnologia na Educação

As atuais gerações de estudantes são formadas por nativos digitais, isto é, por crianças que já nasceram inseridas em um ambiente altamente tecnológico. E, considerando que a sala de aula não pode ficar desconectada desse universo, é importante que os professores e as instituições fiquem atentos às tendências em tecnologia para a educação.
O uso de dispositivos eletrônicos pelos estudantes é uma realidade; segundo uma pesquisa, 70% dos estudantes do ensino médio utilizam celulares nas atividades escolares.
Mais do que o uso para a realização de pesquisas ou tarefas, os estudantes esperam dos professores aulas mais dinâmicas, metodologias ativas e inovadoras. Afinal, os conteúdos presentes nos dispositivos eletrônicos são, em geral, bem mais atraentes do que longas aulas expositivas ou textos extensos.
As possibilidades de utilização das tecnologias em sala de aula, todavia, são bem mais amplas do que o emprego de celulares ou computadores portáteis. Do ponto de vista de infraestrutura, já existem laboratórios virtuais, salas “mão na massa”, novos modelos de salas de informática e lousas digitais.
Pensando em aplicativos ou ferramentas que possam ser utilizadas, tem-se observado a aplicação das estratégias de gamificação, o uso de assistentes virtuais, inteligência artificial e aprendizagem adaptativa.
O objetivo a ser perseguido deve ser conectar a sala de aula com o mundo real, que, por seu turno ( ou que por sua vez?) , é cada vez mais tecnológico.
Para ficar por dentro das novidades da tecnologia para a educação, leia este post até o final!

Gamificação

Uma das maiores tendências em tecnologias educativas é a gamificação, isto é, a utilização de mecanismos típicos de um jogo digital a favor da aprendizagem. Podemos citar: personagens, histórias, efeitos visuais e sonoros, pontuações, passar ou não de fase, dentre outros elementos.
Os jogos digitais são bastante populares no Brasil e entre os estudantes. Uma pesquisa revelou que 74,5% da população brasileira é usuária de jogos digitais. Por isso, a gamificação é uma forte tendência em tecnologias para a educação e merece atenção.

Os mecanismos de um jogo digital

O primeiro ponto a ser destacado é que os jogos digitais são ambientes altamente interativos, ou seja, para cada ação do usuário, há uma consequência: podemos ganhar pontos, passar de fase ou mesmo perder o jogo.
Em comparação com as atividades avaliativas tradicionais, por exemplo, há uma demora natural entre a aplicação da atividade e a sua correção. Isso vem gerando certa frustração e um afastamento da escola à realidade que o jovem conhece.
Então, estamos lidando com estudantes acostumados com um senso de urgência muito maior do que as gerações anteriores, graças aos mecanismos cerebrais estimulados pelos jogos.
O ambiente de jogo é também visualmente atrativo – são utilizados personagens, efeitos sonoros e uma explosão de cores. Existe uma narrativa como pano de fundo, capaz de fixar atenção e despertar emoções.
Por outro lado, as lousas e os livros, por mais ilustrados e coloridos que sejam, são infinitamente menos visuais que um jogo.

Gamificação na prática

Muitas escolas e instituições já têm investido na aquisição ou na contratação de assinaturas de ferramentas gamificadas a fim de apoiar determinadas disciplinas. Existem inúmeros jogos educativos ou que podem ser adaptados para o momento de aulas disponíveis de forma gratuita na internet.
Por fim, vale mencionar que o conceito de gamificação não se resume aos jogos no ambiente digital, ou melhor, podemos usar os mecanismos de um jogo tradicional no ensino também. Mas, como estamos falando de uma geração totalmente digital e em tecnologias para a educação, faz mais sentido investir em versões digitais.
É importante entender que, com a implementação de estratégias gamificadas, o intuito não é substituir as aulas por jogos, mas sim utilizá-los pontualmente como atividades avaliativas, exercícios ou nos minutos finais de uma aula expositiva, como forma de tornar a rotina escolar mais adequada ao contexto geracional.

Assistentes virtuais

Uma tecnologia que tem sido utilizada de diversas formas no universo da educação é a conexão com assistentes virtuais. Trata-se de ferramentas que se valem da inteligência artificial e se conectam com dispositivos eletrônicos para facilitar determinadas tarefas. Os mais famosos são a Alexa e o Google Assistente.
Primeiramente, elas podem ajudar os estudantes com necessidades especiais, transformando textos em comandos de voz.
É permitido aos estudantes que utilizem os assistentes virtuais para realizar pesquisas, transformar livros em áudios, revisar disciplinas, responder a perguntas e até mesmo acessar trechos específicos de uma aula gravada ou de um vídeo educativo disponível na internet ou nas plataformas da escola.
Para os professores, os assistentes virtuais podem ser grandes aliados na organização do cronograma escolar, na realização de chamadas e tarefas mais administrativas. Quando os assistentes são utilizados para sanar dúvidas dos alunos, por exemplo, há uma economia de tempo do professor, que, por sua vez, pode ser utilizado de forma mais estratégica em outras tarefas.
E, por fim, algumas escolas estão utilizando essa tecnologia para a educação a fim de resolver situações administrativas da secretaria, por exemplo, no agendamento de reuniões, solicitações de documentos.

Aprendizagem adaptativa

Outra tecnologia para a educação que está em alta é a Aprendizagem Adaptativa. São plataformas com inteligência artificial e algoritmos que conseguem identificar o perfil de cada estudante; os pontos fracos, fortes; a preferência de estudo e outras variáveis, e assim propor trilhas individualizadas de ensino.
Já se fala muito em “ensino individualizado” conforme as características de cada estudante. No entanto, é humanamente impossível, hoje, um professor elaborar uma aula que contemple todas as peculiaridades ou 40 a 50 listas de exercícios diferentes.
O algoritmo por trás de ferramentas de aprendizagem adaptativa é capaz de entender todas essas peculiaridades e até entender a bagagem ou o nível de conhecimento de cada estudante. Considerando isso, a plataforma propõe uma trilha individual de ensino.
E, uma vez proposta uma trilha, conforme os erros e os acertos com as respostas nos testes, por exemplo, são realizados ajustes automáticos com base no desempenho individual.
Como os resultados nos testes e exercícios são imediatos, o aluno consegue visualizar seu desempenho. E seus pontos fracos serão exercitados em um volume maior de atividades.
As famílias e os professores também conseguem acessar diversos relatórios de desempenho e, valendo-se dos resultados, eles podem propor rotas alternativas ou de reforço acadêmico.
Do ponto de vista da escola, a grande vantagem é o acesso aos relatórios de turmas e séries. Isso possibilita a programação de aulas de reforço ou em determinados conteúdos que estão mais deficitários.

Conclusão

As ferramentas tecnológicas são grandes aliadas no processo educativo, tanto para alunos e professores quanto para escolas. Elas não substituem a presença de elementos de ensino tradicional, porém são capazes de tornar as aulas mais atrativas e estratégicas.
São diversas as novas plataformas de aprendizagem – desde ambientes para integrar as aulas síncronas, assíncronas, com o material de estudo, às que apresentam soluções gamificadas ou com o uso de inteligência artificial.
Todas essas soluções podem ser utilizadas para aprimorar as aulas.
É essencial que os professores conheçam as tecnologias para a educação e façam uso delas . No entanto, com a consciência de um uso associado a atividades que reforcem também outras habilidades, como o desenvolvimento social e socioemocional.
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