Educação Financeira para crianças: o quanto antes, melhor

Blog Educação Financeira para crianças: o quanto antes, melhor

15/03/2021
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Saber fazer uma boa gestão financeira é imprescindível para qualquer profissional. Em relação aos empreendedores, então, a habilidade é ainda mais importante. Afinal, permite maior controle sobre as atividades e o crescimento do negócio, além de uma atuação sustentável ao longo dos anos.
Embora falar de Educação Financeira de Crianças ainda possa parecer um tabu, a verdade é que, quanto mais cedo temos contato com o tema, melhor. Assim, aprendemos a administrar ganhos e gastos, incorporamos bons costumes na rotina e desenvolvemos hábitos de consumo consciente. Tanto a família quanto a escola podem contribuir com essa missão. Por isso, no post de hoje, trazemos algumas ideias para falar de Educação Financeira de Crianças. 

 Quando começar a falar sobre Educação Financeira de Crianças?

Um estudo recente produzido pelo Instituto Unibanco, em parceria com o Datafolha, revela que a maioria dos brasileiros – um total de 97% – admite ter dificuldades em lidar com o próprio dinheiro, e quase a metade – um total de 49% – evita até pensar ou falar sobre finanças. O tabu se deve, em grande medida, ao medo de encarar a própria realidade financeira e se perceber com menos recursos do que o esperado. 
Mas, tratar de dinheiro e aprender a administrar as próprias finanças é fundamental para uma vida equilibrada e mais saudável. Pessoas com dívidas têm até quatro vezes mais chances de desenvolver depressão,  segundo a pesquisa The Employer’s Guide to Financial Wellness 2019. Nos negócios, a má administração financeira é responsável pelo fim de diversas empresas. 
A solução para isso? Falar sobre dinheiro desde cedo e com naturalidade. Por isso, investir em Educação Financeira de Crianças é tão importante. A seguir, veja como família e escola podem se unir para trabalhar o assunto. 

 PAPEL DA FAMÍLIA

Um dos papéis dos pais na hora de falar sobre Educação Financeira de Crianças é ajudar a criança a diferenciar ‘desejo’ de ‘necessidade’. Isso significa mostrar que nem tudo o que ela quer ter é realmente uma necessidade para o dia a dia. Levá-las ao supermercado, à farmácia e ao banco, para pagar contas, é uma das formas de começar.   
Além disso, instituir uma mesada ou semanada é outra boa maneira de incentivar as crianças e os adolescentes a lidar com dinheiro. Ao receberem uma quantia com regularidade, eles conseguem assumir pequenas despesas ou gastos por conta própria e podem se planejar visando adquirir algo de mais valor, fazendo uma poupança por certo tempo.   
Pequenas tarefas domésticas também podem ser remuneradas, com a intenção de ensinar o valor do trabalho e do dinheiro. Lavar o carro aos fins de semana, fazer consertos e reparos simples dentro de casa, fazer o Planejamento Financeiro de viagens de férias e até produzir algo para vender (bombons, sanduíches) são algumas ideias para introduzir a Educação Financeira de Crianças.

 EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA ESCOLA

Entender a Educação Financeira como uma leitura da realidade, e não só como o domínio de conceitos matemáticos, é o primeiro passo para trabalhar a Educação Financeira de Crianças de forma interdisciplinar. Alguns projetos podem ser realizados com esse intuito.
Muitas escolas já pedem ajuda dos estudantes na hora de arrecadar fundos para gincanas, festivais e feiras. E se, além disso, os estudantes fossem envolvidos no Planejamento Financeiro do evento? A turma pode orçar o valor dos produtos e serviços, decidir a destinação correta de cada recurso e pensar formas de otimizar os gastos. No final, um Relatório Financeiro pode ajudá-los a consolidar o aprendizado e ainda servir como referência para as turmas seguintes.
Se as escolas têm o costume de arrecadar fundos para doação, o mesmo exercício pode ser feito. Proponha aos estudantes que se envolvam no levantamento das necessidades das instituições e no planejamento das compras (cestas básicas, remédios, roupas). Além disso, a iniciativa é interessante, visto que coloca os jovens em contato com outras realidades. Assim, isso os leva a refletir sobre os custos de necessidades básicas, como alimentação, vestuário e higiene.
Para as crianças menores, excursões ao supermercado podem ser divertidas e muito ricas em aprendizado. Ensinar a ler etiqueta de preços, fazer comparação de produtos e marcas, calcular o valor final, o troco e propor desafios de economia são algumas das possibilidades.
Já no ensino médio, com um pouco mais de familiaridade com o assunto, uma ideia é criar um Projeto de Empreendedorismo, em que os jovens deverão planejar maneiras de arrecadar recursos para a sua realização, pesquisar preços de insumos e fornecedores voltados a criação de seu produto ou serviço, precificar e pensar em soluções para venda, além de decidir como investir a verba arrecadada. 
Essa fase da educação também é um bom momento para introduzir temas como salário, investimentos, compras no crédito, dívidas e financiamentos, assunto com os quais os estudantes certamente terão de lidar em breve em sua vida pessoal e profissional. O contato com a Educação Financeira já na escola os ajudará a encarar os desafios das finanças com mais segurança e conhecimento no futuro. 
Gostou dessas dicas sobre como começar a falar sobre Educação Financeira de Crianças? Conheça a história do empreendedor mirim Davi Braga e como a Educação Financeira e Empreendedora fez toda a diferença na trajetória dele.

 

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