Inovação aberta: entenda o conceito e como impacta a educação

Blog Inovação aberta: entenda o conceito e como impacta a educação

15/01/2019
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O ensino tradicional objetiva qualificar pessoas para trabalharem nos moldes da Era Industrial. Esta, por sua vez, necessita de trabalhadores que executem tarefas por repetição, como, por exemplo, protocolar documentos, dentre outros.
Entretanto, no contexto atual, essa ideia está mudando, uma vez que o mundo atrelado à tecnologia está substituindo os humanos por máquinas para executarem tais funções.
Diante desse cenário, a educação está passando por um processo de inovação, pois novas profissões surgem, porém mais vinculadas ao intelecto. Isso posto, o ensino empreendedor colabora significativamente para que o estudante desenvolva o lado criativo, sendo protagonista da própria aprendizagem.

Conceito de inovação aberta

Inovação aberta (Open inovation) é um termo criado por Henry Chesbrough, professor e diretor executivo no Centro de Inovação Aberta da Universidade de Berkeley e Chairman do Centro de Open Innovation – Brasil.
Chesbrough argumenta que as empresas, durante o século XX, baseavam-se num modelo fechado em relação à criação de ideias e sua aplicação no mercado. Se uma empresa inventasse algo excepcional, o talento era somente dela, e ela era melhor do que as concorrentes.
Em vista disso, essa premissa, com o passar dos anos, começou a ruir na medida em que o mundo enfrentou mudanças sociais profundas. Logo, o conhecimento começou a se estender em larga escala graças à tecnologia, trazendo inovação ao trabalho advindo do ambiente externo.
Portanto, esse novo paradigma, menos rígido e mais descentralizado, corrobora para que os departamentos de pesquisa internos deixem de ser a única fonte para a inovação das organizações. Ainda mais neste tempo tão rápido que a sociedade vive hoje, em que a inovação exige uma velocidade cada vez maior.

Mas, afinal, como a escola pode adotar esse modelo?

A escola pode adotar esse novo paradigma por meio de projetos. Os hackathons, em que profissionais e estudantes se reúnem em um dia ou mais para o desenvolver de projetos livres, segundo o CER Sebrae:
“É uma boa oportunidade por incentivar o aprendizado dos participantes, estreitar laços de networking e, claro, abrir espaço para ideias que podem promover (boas) mudanças no mundo pedagógico.”
Como o processo de ensino-aprendizagem atual versa sobre o colaborativismo, o Design Thinking é uma ótima forma de aplicação aberta a isso. A solução dos problemas é dada, assim, de maneira colaborativa e empática. Ou seja, todos se envolvem para resolver um problema em comum.
Desse modo, Thomas Lockwood, PhD em gestão de Design e sócio fundador da Lockwood Resource, empresa de recrutamento internacional especializada em Design e Inovação, define que:
“Design Thinking é essencialmente um processo de inovação centrado no ser humano que enfatiza a observação, a colaboração, o aprendizado rápido, a visualização de ideias, o conceito de prototipagem rápida e a análise dos concorrentes no mercado, que, no final das contas, influencia a inovação e a estratégia do negócio.
Para o sucesso dessa abordagem no ambiente escolar, as metodologias ativas atendem ao educando individualmente, conhecendo suas necessidades para o trabalho em equipe.
Portanto, o professor tem de conhecer as dores e as necessidades de cada um para desenvolver um bom trabalho em grupo. Essa, em conformidade com o CER Sebrae, deve ser multidisciplinar para ir ao encontro das inovações abertas.

As escolas podem inovar abertamente

Tal inovação pode ser encontrada fora do ambiente escolar, diferentemente da fechada, que se limita apenas dentro da instituição. Em outras palavras, o tema em questão pode estar em outras escolas, o que incentiva parcerias e as redes de colaboração.

A ideia pioneira nem sempre é a melhor

Aqui é importante ressaltar que a melhor ideia advém da junção de várias delas, que, por conseguinte, evolui. As boas consequências vêm dessa união com o aumento da qualidade de ensino, como também da melhora das metodologias.

O conhecimento é compartilhado

Mais uma das crenças da inovação aberta é a de que é possível se beneficiar com usos alternativos e inteligentes da propriedade intelectual (PI) – de dentro para fora ou de fora para dentro, o que faz muito sentido na educação. Já na inovação fechada, o pensamento é que a PI deve ser controlada.
Em vista disso, a inovação aberta, por não ter fronteiras, abrange mais possibilidades para melhorar o processo de ensino-aprendizagem, graças à urgência das soluções de problemas. E, a fim de que a pessoa tenha esse imediatismo, a Educação Empreendedora é a melhor solução para isso.

A inovação aberta ligada à Educação Empreendedora

Nesse contexto veloz que a sociedade se encontra, atualmente, as pessoas são obrigadas a tomar atitudes rápidas para a resolução de algum problema. É como se tudo fosse para ontem!
Para acompanhar essa modernidade que se tornou ainda mais veloz por causa da tecnologia, a educação no Brasil e no mundo inteiro precisou se ajustar a isso. E, nesse sentido, a Educação Empreendedora faz o aluno sair da condição de apenas expectador de conteúdos para o protagonismo da própria aprendizagem.
Em se pensar na profissão do futuro, esse novo estilo educacional inovador aguça a criação dos estudantes para que eles consigam se adequar à nova realidade do mercado de trabalho. A Educação Empreendedora estimula o desenvolvimento de competências para que as crianças e os jovens tenham a capacidade de assumir o protagonismo da própria história. Além disso, estimula o desenvolvimento de competências para que crianças e jovens cresçam empoderadas, autoconfiantes e certas de que são capazes de realizar seus sonhos e projetos de vida.”
E, para que esse processo aconteça, a inovação aberta, ligada ao ensino empreendedor, amplia significativamente os horizontes de expectativas dos educandos com a intenção de que consigam criar autoconfiança, indispensável para a vida adulta.
Corroborando com a afirmação acima, de acordo com a Base Comum Curricular, BNCC, a ideia é promover a formação completa dos estudantes, explorando um conjunto de conhecimentos, habilidades, valores e atitudes.
Portanto, a Educação Empreendedora é voltada ao desenvolvimento de habilidades que fazem com que os estudantes estejam aptos a resolver problemas com base em soluções inovadoras e que tragam benefícios a todo o grupo.

Traga a Educação Empreendedora para a sua escola

É muito gratificante adotar um novo paradigma à educação para a melhora da aprendizagem dos estudantes. Estes, por sua vez, precisam de um empurrãozinho para começar a criar, inovar e se sentirem autoconfiantes para resoluções dos problemas que terão mais à frente.
O ensino colaborativista é a chave para essa transformação, e há muitos projetos voltados para isso. Para conhecê-los, acesse o Observatório referente ao Design Thinking: o ser humano no centro de tudo para impactar positivamente a vida das pessoas.
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