Juventude e Conexões: como os jovens brasileiros entendem o que é empreendedorismo?

Blog Juventude e Conexões: como os jovens brasileiros entendem o que é empreendedorismo?

04/09/2020
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Como os jovens brasileiros entendem o que é Empreendedorismo? Será que muitos deles se consideram empreendedores? Será que têm vontade de empreender? Como eles percebem o impacto da internet nessa prática? Essas e outras questões são tratadas na terceira edição da pesquisa Juventude e Conexões (denominada anteriormente “Juventude Conectada”). Realizada pela Fundação Telefônica Vivo, em parceria com a Rede de Conhecimento Social e o IBOPE Inteligência.

Com o objetivo de mapear os hábitos digitais de jovens e compreender como eles se apropriam da internet no dia a dia, o estudo entrevistou pessoas de 15 a 29 anos e promoveu grupos de discussão a respeito da relação desses jovens com quatro eixos temáticos: Educação, Empreendedorismo, Comportamento e Participação Social.

A pesquisa Juventude e Conexões  descobriu, dentre outras coisas, um avanço no entendimento sobre o que significa empreender. E uma percepção positiva dos jovens no que diz respeito à forma na qual a internet influencia o Empreendedorismo.

Conceito mais familiarizado

Ter o próprio negócio.Ter um empreendimento mais estruturado.Ter qualquer iniciativa ainda que menos estruturada (bolos, artesanato, brigadeiro, e outros). Ter uma grande ideia. Apresentar soluções. Ajudar outras pessoas ou atuar com viés social. Essas foram as definições de Empreendedorismo, ditas espontaneamente por jovens para a pesquisa Juventude e Conexões.

Uma boa informação constatada pelo estudo ao comparar os dados recentes com os das edições anteriores é que, ao longo dos anos, os jovens vêm alargando a ideia que têm sobre o que é Empreendedorismo. O documento apresenta a seguinte afirmação: “[…] mesmo que continuem associando o empreender a um negócio, nos grupos de discussão ouvimos algumas definições que iam além dos processos mais estruturados”. O tema do Empreendedorismo está mais próximo deles, mesmo que possa surgir de maneira estereotipada em muitos casos.

A atitude empreendedora apareceu nos grupos de discussão da Juventude e Conexões como um valor e uma necessidade para os jovens. É entendida como a adoção de um papel ativo na tomada de decisões de um indivíduo sobre a própria trajetória. Eles acreditam que a atitude empreendedora demanda certas habilidades que poderiam ser desenvolvidas no ambiente  escolar. Verificou-se que 70% dos participantes responderam concordar total ou parcialmente ser a escola/faculdade um lugar importante para aprender de Empreendedorismo.

Desejo de empreender

Na pesquisa, os jovens foram indagados se, caso pudessem escolher o que fazer do seu futuro profissional, qual caminho seguiriam. Ter um negócio próprio foi a escolha da maioria deles (64%). Ao passo que 28% disseram que seriam funcionários de uma empresa, e 8% não fariam nenhuma dessas duas opções oferecidas.

Contudo, a porcentagem de jovens que desejariam criar a própria empresa vem caindo desde a primeira edição da pesquisa. Além disso, é constatado que esse plano está mais para o longo prazo (cerca de 10 anos) do que para um futuro próximo.

As maiores razões listadas pelos jovens para o desejo de abrir uma empresa são em relação a ampliar a renda individual, a colocar sonhos em prática e a explorar a própria criatividade. Vejamos outro trecho: “[…] percebemos que alguns deles veem uma chance de aliar lucro e propósito de vida no ato de abrir um negócio”, diz o documento. Ademais, 75% dos jovens disseram se preocupar em algum nível com mudanças no mercado de trabalho e com as profissões do futuro, o que também pode explicar o desejo de empreender.

Já as razões listadas para não empreender estão ligadas à insegurança, à sensação de falta de conhecimento, à falta de capital inicial de investimento e ao medo de perder dinheiro.

Juventude e Conexões indica como a internet impacta o Empreendedorismo

A pesquisa revela que, na percepção dos jovens brasileiros, a internet tem um impacto mais positivo do que negativo no universo do Empreendedorismo. Com destaque para o impacto positivo na colaboração e competição entre empreendedores, na ideia de que é fácil empreender e na igualdade de oportunidades. Apesar disso, o documento faz uma ressalva, mostrando que especialistas discordam de que a internet contribua necessariamente para a igualdade de oportunidades entre as pessoas que empreendem.

Dentre os jovens ouvidos, 73% concordam total ou parcialmente que a internet estimula a inovação, a geração de ideias e as novas soluções, e 71% estão de acordo total ou parcialmente que uma pessoa antenada com a tecnologia terá mais chance de sucesso como empreendedora.

A terceira edição da pesquisa Juventude e Conexões mostra que o Empreendedorismo tem se tornado um conceito mais próximo da juventude, que começa a valorizar o desenvolvimento de competências que formem uma atitude empreendedora e muitas vezes nutre o desejo de se tornar dona do próprio negócio no futuro. Ela constata também que a internet pode ter um bom impacto no Empreendedorismo, sendo fonte de conhecimento sobre o assunto e um meio para empreender. Conheça também o Núcleo de Empreendedorismo Juvenil (NEJ), projeto da Escola do Sebrae para jovens da rede pública.

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