Empreendedorismo
é para mim?

Escolher uma carreira, fazer faculdade, inscrever-se em programas de trainee ou em processos seletivos de empresas renomadas, conseguir a vaga e trabalhar para crescer no trabalho, alcançando cargos de liderança em uma gerência ou diretoria. Esse caminho, que parecia ser a trajetória profissional perfeita para os jovens nascidos nos anos 1980 e 1990, já não parece tão atraente pra você, que está no ensino médio ou superior em pleno ano 2020, certo? Não precisa se sentir um peixe fora d’água. Tal sentimento é genuíno e explicado pelas transformações pelas quais nossa sociedade vem passando nos últimos tempos.

Não que haja algo de errado em querer seguir uma carreira tradicional em grandes empresas. Mas as tendências apontam para um mercado de trabalho mais dinâmico e horizontal, com empresas mais enxutas e exponenciais. E tudo isso tem ligação muito próxima ao empreendedorismo.

Dinamismo

O mercado de
trabalho em
transformação

Vejamos: 2 de cada 5 brasileiros com idade que varia entre 18 e 64 anos são donos do próprio negócio, o que representa 52 milhões de pessoas que têm o empreendedorismo como fonte de renda no país. Embora as pessoas na faixa etária entre 45 e 54 anos formem a maioria dos empreendedores estabelecidos, os jovens têm participação expressiva nos números de empreendedorismo no Brasil.

Juntas, as faixas etárias entre 18 e 24 e entre 25 e 34 anos totalizam 12,3 milhões de pessoas que empreendem atualmente, representando metade do total de novos empreendedores. Comparando 2018 com 2013, o índice de empreendedores iniciais jovens aumentou 50%. Todos esses dados constam na Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2019. Outro ponto ao qual vale ficar atento é o crescimento do empreendedorismo de oportunidade, ou seja, aquele em que os empreendedores criam um negócio porque identificaram um espaço para oferecer produtos ou serviços em algum território. Entre os novos negócios, 61,8% se estabeleceram dessa forma, o que representa um total de 15 milhões de negócios por oportunidade.

Eu sou
o meu
negócio

Não é só
modinha.
É o futuro
do trabalho!

Outro ponto ao qual vale ficar atento é o crescimento do empreendedorismo de oportunidade, ou seja, aquele em que os empreendedores criam um negócio porque identificaram um espaço para oferecer produtos ou serviços em algum território. Entre os novos negócios, 61,8% se estabeleceram dessa forma, o que representa um total de 15 milhões de negócios por oportunidade.

No futuro do
trabalho tem…

São muitas formas de empreendedorismo

Se você pensa em gestão de negócios e administração de empresas quando ouve a palavra empreendedorismo, saiba que não está sozinho. Infelizmente, o termo ainda é mais conhecido em seu entendimento estrito. Bom, o empreendedorismo tem, claro, forte ligação com a abertura de negócios, mas a verdade é que vai muito além disso.

Embora, desde sua origem, o conceito de empreendedorismo sempre esteve ligado à ação, com a influência da Sociologia, da Economia, da Administração e de outros campos de estudo, o empreendedorismo passou a ser definido por diferentes óticas ao longo da História: ora mais ligado a atividades econômicas e à geração de lucro, ora mais abrangente e focado em aspectos comportamentais, revelando o desejo humano pela realização e pela criatividade.

Na definição mais contemporânea e ampla – a mesma adotada pela ONU e pelo Sebrae –, empreendedorismo é visto como a capacidade de um indivíduo de colocar em prática, de forma criativa e inovadora, seu potencial, agregando valor à determinada situação ou contexto.

Assim, existem diversas formas de empreender: participando de associações ou clubes, em programas de voluntariado; criando empreendimentos sociais; realizando projetos culturais e artísticos ou se envolvendo em iniciativas para a sua vizinhança, por exemplo. E, por trás de todas elas, existe um método de empreendedorismo que ajuda a sistematizar ideias, organizar possibilidades e partir para a ação.

Para entender como você pode colocar em prática um projeto de empreendedorismo, seja em qualquer contexto, baixe nosso e-book gratuito Empreender sem abrir um negócio.

Mais que uma ocupação,
empreendedorismo
é competência

Em vez de pensar SE o empreendedorismo é uma oportunidade de carreira pra você, por que não considerar COMO o empreendedorismo pode se encaixar nos seus planos profissionais?

Mesmo que você escolha um caminho profissional mais tradicional, o empreendedorismo será um fator fundamental para que você se destaque no mercado de trabalho. Vamos pegar a Medicina como exemplo. Hoje em dia, já assistimos a um movimento de médicos que extrapolam os limites dos consultórios e hospitais e se tornam também palestrantes, professores em cursos livres e on-line, autores de livros, youtubers (por que não?) ou que estão por trás de inovações que unem Medicina à tecnologia para levar soluções de saúde e bem-estar à sociedade. Médico e startupeiro? É claro que pode, e nada é mais atual do que isso.

Carreiras mais dinâmicas, fluidas, ativas, menos confinadas ao tempo e ao espaço mostram que o empreendedorismo não é um caminho profissional, porém uma competência transversal a ser dominada por todos os profissionais que desejam ter sucesso no futuro do trabalho.

Planeje-se

Projeto
de vida:
isso também
é empreender

Como já falamos, o conceito de empreender vai muito além de só abrir um negócio. É aí que entra um aspecto muito interessante: o empreendedorismo como projeto de vida.

É cada vez mais comum ouvirmos falar de negócios com propósito. Talvez você ainda seja muito novo, mas, algumas décadas atrás, esse papo não era tão comum. Negócio era negócio. Sabe aquela história de “amigos, amigos, negócios à parte”? Pois é.

Acontece que muitos assuntos urgentes têm pautado a agenda mundial nos últimos tempos. Meio ambiente, soberania alimentar, uso de combustíveis fósseis, consumo de carne, distribuição de renda, água potável, feminismo, desenvolvimento tecnológico, racismo e outras lutas das minorias, uso de agrotóxicos, indústria farmacêutica...essas são só algumas das grandes causas que movimentam o mundo e, consequentemente, os negócios.

Não que toda empresa deve estar ligada a uma causa ou a um grande propósito de salvar o mundo, mas a verdade é que, com o avanço tecnológico, a capacidade de produzir e ter acesso a bens de consumo se tornou mais abrangente em todo o mundo, e tudo isso impacta o planeta e nosso modo de vida consideravelmente. Com isso, novos problemas surgem e, com eles, a necessidade de negócios mais engajados.

Por isso, o autoconhecimento é um aspecto importantíssimo para quem deseja empreender. Tudo passa por entender seus interesses, suas afinidades e inclinações. Como? Bom, o primeiro passo é a definição. E ela só acontece por meio de muitas perguntas. Pergunte-se sobre seus objetivos, gostos e suas metas de vida em curto, médio e longo prazos. Mapeie também suas competências e habilidades, seus pontos fortes e fracos, além de aspectos que deseja desenvolver nos próximos anos.

Com algumas possibilidades no papel e em mente, chegou a hora de focar, escolhendo uma ou duas opções que parecem mais viáveis com os recursos que você possui no momento. Posteriormente, desenhe estratégias e os possíveis caminhos que poderia percorrer para alcançar tudo isso. Nessa hora, quanto mais detalhado o plano, melhor. Elenque possíveis parceiros e apoiadores durante cada etapa do processo e lembre-se de compartilhar com eles seu planejamento. Por fim, não se esqueça de avaliar e recalcular a rota de tempos em tempos. Isso vai manter você motivado durante a jornada e criar atalhos ao longo do caminho.

Lifelong learning
e empreendedorismo andam de mãos dadas

Quer saber mais um aspecto que aponta para o empreendedorismo como algo fundamental no futuro? O aprendizado. Especialistas dizem que a era da educação dividida em apenas ensino básico e ensino superior chegou ao fim. O século XXI traz com ele a necessidade de desenvolvimento constante, impulsionado principalmente pelos rápidos progressos na tecnologia. O que você aprendeu no mês passado talvez já não seja mais relevante hoje, o que dirá sobre o aprendizado de anos atrás.

Com isso, o conceito de “lifelong learning” passa a fazer parte das discussões mais atuais sobre educação e capacitação profissional. A expressão pode ser traduzida como “aprendizado ao longo da vida” ou “aprendizado para uma vida toda” e expressa exatamente o espírito do nosso tempo. O aprendizado deve ir muito além da educação formal e extrapolar barreiras físicas das escolas e das universidades. O crescimento dos cursos livres e da busca por conhecimento em plataformas como o YouTube é a prova de que estudantes e profissionais já não se contentam mais com o aprendizado formal, e sua realidade apresenta desafios mais complexos do que a educação formal consegue resolver.

Assim, inovação deixa de ser algo ligado a grandes invenções (um grande mito, vamos combinar!) e passa a se relacionar, de forma mais próxima, com o dia a dia de todos nós. Inovar, ter um olhar atento para buscar oportunidades e resolver problemas não são competências para os gênios ou para os supercriativos, são demandas para todos. A que isso remete você? Exatamente. Às competências empreendedoras!.

Empreendedorismo
e as novas gerações

Além disso, temos uma questão geracional. As gerações dos millennials ou Y (nascidos entre 1980 e 2000) e Z (nascidos entre 2000 e 2010) – além da Alpha, que já vem por aí –, reconhecidamente têm preocupação maior com causas sociais e ambientais e já não veem o trabalho apenas como uma obrigação, algo a ser cumprido. Para esses jovens, importa, e muito, dedicar-se profissionalmente a iniciativas que estejam alinhadas a seus valores pessoais e a empresas responsáveis.

Outro ponto que faz toda a diferença é a qualidade de vida. Expedientes longos, hora marcada para entrar e sair e pouca mobilidade dentro da empresa não faz mais parte do projeto desses jovens que, ao contrário de seus pais, abrem mão da estabilidade do emprego por algo mais, digamos, empolgante.

Por isso, o empreendedorismo surge como uma possibilidade para alinhar projetos de vida e sonhos pessoais à carreira. Empreender permite transformar causas que fazem a diferença para você em um meio de impactar o mundo à sua volta, gerando o próprio sustento e ainda dando emprego a outras famílias.

Antes que você pense que estamos incentivando o famoso “larguei tudo pra ser (preencha aqui com algo bem aventureiro e improvável)”, não é nada disso. Empreender é trabalhoso, exige muito esforço, muito aprendizado e muito autoconhecimento. Mas certamente é um caminho possível para um futuro profissional mais satisfatório e até coerente com a realidade do século XXI.

Quem
manda
bem

Se você chegou até aqui, a gente gostaria de lhe fazer, de novo, a pergunta do título deste artigo: E, aí, está convencido de que empreendedorismo é pra você?

Para não ficar só na teoria, vamos aos exemplos de jovens como você, que encontraram no empreendedorismo uma maneira de tirar seus projetos de vida do papel. Aqui, nada de Steve Jobs ou Mark Zuckeberg. Trazemos exemplos de sucesso e muito pertinho de nós. Conheça alguns jovens empreendedores que estão fazendo a diferença por aí:

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