Por que inserir Educação Empreendedora nas escolas

Blog Por que inserir Educação Empreendedora nas escolas

16/11/2017
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Mesmo depois de novos modelos de educação implementados e novos desafios superados por pelo mundo contemporâneo, há uma parcela do ensino tradicional que prevalece. Ir na contramão do modelo mais “comum” pode trazer benefícios no curto e longo prazo – estamos falando, aqui, da Educação Empreendedora nas escolas.

Desenvolver autonomia nos estudantes; aumentar o engajamento nas aulas, tornar o processo de ensino-aprendizagem mais dinâmico; e permitir um aproveitamento melhor de todo o ambiente (até por docentes e gestores) são só algumas das vantagens que o ensino do empreendedorismo nas instituições escolares pode trazer. Explicamos tudo isso melhor ao longo deste post. Acompanhe!

A importância da Educação Empreendedora nas escolas

“Estabelecer metas. Tomar decisões. Ser persistente, autoconfiante e protagonista. A Educação Empreendedora abre portas para que estudantes assumam papéis ativos na escola e na comunidade”. Essa é a abertura do vídeo publicado no YouTube da Nova Escola, que fala sobre a importância do tema com base no projeto da Nova Escola, em parceria com a Gerdau.

Ana Lígia Scachetti, gerente pedagógica da Nova Escola, enfatiza a importância da Educação Empreendedora nas escolas com clareza, de forma a não restar dúvidas de sua relevância. “O trabalho com a Educação Empreendedora na escola colabora para que, no futuro, esse estudante esteja mais preparado para tomar boas decisões em relação à sua vida, à sua trajetória de trabalho, às suas decisões em relação à sociedade em que vive, à comunidade em que está inserido; e possa agir, de maneira mais respeitosa e consciente, em todos os ambientes em que atua”, revela.

É por meio da Educação Empreendedora, afinal, que os estudantes se desenvolvem pessoal e profissionalmente e constroem, diariamente, um perfil pautado na resiliência, na criatividade, na coragem e sabedoria para se posicionarem e também na capacidade de solucionar problemas complexos tendo em vista atitudes simples.

André Gerdau Johannpeter, vice-presidente da Gerdau, participa do vídeo com uma opinião que deve ser levada em conta por toda a comunidade escolar. “A gente acredita muito que a Educação Empreendedora vai ajudar muitos jovens a se desenvolverem e terem um futuro melhor”.

Neste vídeo do Sebrae, a instituição evidencia a relevância que enxerga na Educação Empreendedora nas escolas. “Para o Sebrae, Educação Empreendedora é uma abordagem ao ensino e à aprendizagem que favorece o desenvolvimento das competências empreendedoras dos gestores, professores e estudantes, possibilitando-os identificar oportunidades, valorizar ideias, agir com criatividade, desenvolver autoconhecimento e resiliência, mobilizar recursos e pessoas, planejar e gerir projetos profissionais e pessoais, trabalhar em equipe e aprender com a experiência.”

Um universo de possibilidades

Ampliar as perspectivas, oportunidades e possibilidades dos estudantes está entre os principais benefícios de trabalhar com a Educação Empreendedora nas escolas. A Clelma Rodrigues, diretora da Escola Estadual Filomeno Ribeiro, em Montes Claros (MG), não nos deixa mentir. Com o apoio do Sebrae, ela aplicou o modelo em sua escola e relata como a transformação foi óbvia. “A gente tem estudantes proativos, dinâmicos, que empreendem e que têm transformado a sua vida, a da família e a da comunidade onde vivem”, revela.

Ela traz, ainda, um ponto crucial: o aprendizado do empreendedorismo não se restringe às figuras que estão nas escolas todo o dia. Pelo contrário, ele se reflete em toda a comunidade e favorece o contexto de forma geral. “Os resultados têm sido tão grandes que a gente já tem uma rede parceira empreendedora, que se chama Mãos que Cooperam e Constroem, que é o transbordamento para a comunidade. Temos empresários, familiares, moradores…”, revela Clelma. De acordo com a diretora, houve uma espécie de troca que levou benefícios a todos os lados. “Os empreendimentos que surgiram na escola foram para o espaço da comunidade, e os que existiam na comunidade se desenvolveram tão bem com base nesse programa. É uma longa trajetória, uma caminhada que se amplia. A comunidade hoje vivencia e também atua por meio da Educação Empreendedora, que começou com seus filhos e seus parentes na escola. Temos mães empreendendo, padres, professores, estudantes. Um universo de possibilidades que acontece”, declara.

>> Confira aqui o depoimento na íntegra

Cases para se inspirar

E o exemplo da Clelma é um entre vários outros. Porque trabalhar o empreendedorismo é assim mesmo: quando menos se espera, surgem resultados surpreendentes. Selecionamos alguns cases que podem inspirar você e todos os membros da comunidade escolar. Confira:

Robótica com Sucata

Encabeçado pela professora Débora Garofalo – primeira brasileira e primeira sul-americana a ser finalista do prêmio Global Teacher Prize, prêmio considerado o Nobel da Educação –, o Robótica com Sucata surgiu com o intuito de transformar a vida de crianças e jovens da periferia de São Paulo. A iniciativa trabalha com a construção de utensílios reciclados do lixo das ruas da grande metrópole. E a Educação Empreendedora nas escolas está exatamente aí: nas oportunidades que são vistas até mesmo nos maiores desafios. “Através do problema social que eles tinham, que era a questão do lixo, eu vi uma oportunidade de ensinar essas crianças a trabalharem com a programação e com a robótica”, afirma a professora em entrevista.

>> Leia o case completo aqui

Por que não agora?

Conduzido pela professora Mara Vieira Martins, esse projeto surgiu com a proposta de usar o entretenimento como forma de aumentar o engajamento, possibilitando que os estudantes compreendessem a importância das habilidades socioemocionais para a formação. Ela passou um filme que tratava de problemas sociais e convidou os estudantes para um debate, que ampliou a visão de todos eles sobre as diferentes realidades existentes no mundo. A partir desse pontapé, diversas outras atividades foram trabalhadas em sala de aula, e os resultados revelaram, por si sós, o entusiasmo dos estudantes.

>> Leia o case completo aqui

Literacy antes que seja tarde!

Esse projeto mostrou a aplicação da tecnologia no dia a dia de ensino. Idealizado pela professora Roseli da Costa, da Escola Estadual Professor Fábregas, de Luminárias (MG), o programa surgiu baseando-se na percepção da docente de que as turmas eram formadas por jovens conectados, mas que não tinham orientação para aproveitar o melhor disso.

O objetivo era levar para uma escola pública estadual as tecnologias usadas em escolas particulares. Ela apresentou a ideia a outros docentes e teve apoio de toda a equipe. Depois de testes e estudos, lançaram mão do Google Classroom, que envolveu os educadores em um novo caminho do processo de ensino-aprendizagem. “Alguns professores utilizavam para complementar as atividades, e outros, para pesquisas, avaliações bimestrais, seminários e diversos fins. Também começamos a utilizar para reduzir um pouco os papéis com diários, provas, questionários, materiais didáticos e várias burocracias dentro da escola”, revelou Roseli.

>> Leia o case completo aqui

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