Como fazer com que um planejamento saia do papel da forma mais efetiva possível, resolvendo questões reais da comunidade escolar ou acadêmica? Para muitos educadores, alcançar esse objetivo só é possível quando todos as pessoas afetadas por determinada questão são envolvidas na sua solução.
Quem escolhe esse método está aplicando o principal preceito da aprendizagem evolutiva. A metodologia pode ser usada em sala de aula ou até mesmo na definição de políticas públicas relacionadas à educação.
Saiba, a seguir, os benefícios da aprendizagem evolutiva e como adotá-la no ambiente escolar.
A aprendizagem evolutiva é uma metodologia focada na busca por soluções em conjunto. Sua ideia é partir de problemas específicos, que devem ser solucionados com o envolvimento das pessoas diretamente impactadas por ele – e que serão beneficiadas por essa solução.
Essa forma de trabalho considera as vivências, os pontos de vista e saberes de cada ator social para subsidiar alguma tomada de decisão. No ambiente escolar, por exemplo, pode ser usada para eliminar gargalos no ambiente escolar a partir do envolvimento de pais, alunos, vizinhos e corpo docente.
O resultado são decisões mais acertadas, plurais e com maior chance de efetividade, já que a solução foi construída em conjunto. Dessa maneira, a aprendizagem evolutiva valoriza saberes prévios, de diferentes naturezas, para definir novos caminhos que melhorem o dia a dia da escola ou academia.
Diversos problemas e questões do dia a dia de escolas ou universidades podem ser solucionados a partir da aprendizagem evolutiva. Pode parecer um desafio, mas é possível envolver toda a comunidade escolar ou acadêmica na busca por processos que fazem mais sentido para determinada realidade.
Na prática, a aprendizagem evolutiva considera a definição de problemas específicos e suas causas, a busca por caminhos que podem solucioná-los, a execução desse planejamento e o monitoramento e a avaliação dos resultados.
A força dessa metodologia é contar com a participação de todos os atores em todas as partes desse processo, até mesmo de alunos e seus familiares. O resultado é o empoderamento dessas pessoas envolvidas, que percebem a valorização de suas experiências para a busca de soluções práticas, transformadoras e criativas para problemas que normalmente são solucionados de maneira hierárquica.
Para solucionar questões usando a aprendizagem evolutiva, basta criar uma estrutura que comporte o envolvimento dessas pessoas em todas as etapas, desde a construção à avaliação das soluções. O desafio é, também, considerar pontos de vista que, muitas vezes, são resultados da experiência, de tradições familiares ou até mesmo da observação. O importante, aqui, é encontrar a riqueza de cada ponto de vista.
A aprendizagem evolutiva pode ser rica para a solução de problemas complexos, mas também tem grande potencial se usada em sala de aula. Ela pode contribuir para aumentar o engajamento da turma, já que valoriza as considerações e vivências de cada estudante. Outro benefício é garantir o ensino cada vez mais personalizado, uma vez que cada aula será distinta justamente por considerar aspectos das experiências de vida da turma.
Uma alternativa possível é envolver os alunos em projetos multidisciplinares dedicados à resolução de problemas específicos que podem beneficiar toda a comunidade escolar. Se uma escola, por exemplo, é vizinha a um rio e sofre com o mau cheiro causado pela quantidade de lixo jogada na área, como os alunos podem usar seus conhecimentos para solucioná-lo? A resposta pode ser a aplicação de conhecimentos adquiridos durante aulas prévias aliados com outras experiências vivenciadas fora do ambiente escolar.
Outra maneira de envolver a turma e a comunidade escolar é colocando em prática a lógica da inovação aberta. Não sabe o que é o conceito? Confira neste post.