O papel das escolas na Sociedade da Informação

Blog O papel das escolas na Sociedade da Informação

24/11/2022
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O termo “sociedade da informação” foi criado para designar um momento histórico, depois das Revoluções Industriais, em que o uso e a disseminação da informação foi impulsionada, de forma massiva, com as tecnologias digitais.

Com o advento da internet e das redes sociais, vivemos um período de disseminação em massa e instantânea de informação, incluindo uma conexão local e global nunca experimentada anteriormente.

E qual o impacto deste momento na educação? A construção do saber e da aprendizagem vai ser permeada por esse fluxo de informação. Seja em processos de pesquisa, seja como fonte, seja na remodelação dos papéis professor-estudante.

O professor já não é mais a única fonte de saber e instrução, como ocorreria nos séculos anteriores. Tampouco, as fontes de pesquisa se limitam aos livros e às enciclopédias. Mas quais os contornos essa educação deve tomar com a sociedade de informação?

Leia na íntegra para saber mais.

Desafios da educação e papel da escola

A escola continua sendo um local relevante de construção do saber. Mas, nessa sociedade da informação, ela perde centralidade. Já notamos que, em todo e qualquer lugar, é possível aprender diante da disseminação das informações.

No entanto, é necessário repensar o papel da escola e a forma de conduzir os estudantes.

1 – Novos modelos e metodologias – educar na sociedade da informação

Competir atenção e interesse com as informações e tecnologias disponíveis ao alcance dos estudantes não é tarefa fácil. Existem uma série de jogos, aplicativos e funcionalidades dos celulares, dos tablets e dos computadores bastante atrativos, e muito mais interessantes do que o quadro branco.

Do ponto de vista fisiológico, os games liberam hormônios relacionados à sensação do prazer, como a dopamina. E, por isso, as aulas tendem a ser consideradas cada vez mais chatas, já que estamos lidando com uma geração que vive com muito mais liberação de dopamina que as anteriores.

É uma batalha difícil, especialmente se, no médio prazo, não houver discussões sobre uma redução de exposição de crianças à tela.

Uma saída, porém,  para os educadores é usar das metodologias ativas, como é o caso da gamificação.

A inversão da relação professor-estudante força o estudante a assumir uma postura mais ativa na aquisição de conhecimento.

Se você está pensando de que jeito fazer isso, acesse o infográfico com 5 metodologias ativas para se colocar em prática.

Outra saída é tentar usar esses recursos como uma aliada da educação, especialmente como fonte de pesquisa para os estudantes.

2 – Educar para a sociedade da informação

Educar para este contexto envolve alguns desafios, como:

  • a mudança no comportamento dos estudantes;
  • o excesso de informação disponível na internet;
  • como as pessoas usam essas informações;
  • a maneira como as pessoas se comportam nas redes;
  • a necessidade de reforçar algumas virtudes e bons hábitos, para evitar danos no futuro;
  • o desenvolvimento de habilidades socioemocionais neste contexto.

Do ponto de vista neurológico e comportamental, sabe-se que a exposição aumentada às tecnologias traz impactos às crianças e aos jovens.

O uso de eletrônicos reduz a capacidade de comunicação, de resolução de problemas e de sociabilidade das crianças de até 5 anos, segundo estudo, e 43% dos jovens brasileiros passaram por episódios de discriminação online.

Portanto, educar para a sociedade da informação é saber que estamos lidando com uma geração que terá mais dificuldade com a comunicação oral e com a sociabilidade. Por isso, algumas atividades e alguns recursos pedagógicos serão ainda mais necessários.

Na prática, ao montar um planejamento didático, o professor precisará ter mais intencionalidade nas habilidades socioemocionais que serão devolvidas. E a Educação Empreendedora ganha importância por ser palco do desenvolvimento dessas habilidades.

É educar os jovens para um uso ético das informações e das tecnologias. Isto é, para uma ambiente digital em que exista respeito e inclusão social, que não haja espaço para bullying ou discriminação.

Educar para a sociedade da informação é apontar um caminho saudável e produtivo do uso das tecnologias e das informações que estão a nosso dispor. Isso envolve ensinar sobre: a quantidade adequada de tempo despendido com as atividades de lazer, o uso dessas ferramentas como forma de obter conhecimento, o uso de métodos de pesquisa e a seleção de fontes confiáveis.

3 – Formação e preparação dos professores

As escolas precisam se comprometer com a formação e atualização do seu corpo docente. Especialmente, com a disponibilização de tempo hábil para isso.

Até como efeito dessa sociedade da informação, é possível encontrar na internet, e de forma gratuita, várias maneiras de um profissional se atualizar. Há, até mesmo, um excesso de informação.

É necessário que a escola ajude o professor a entender qual tipo de formação buscar, quando e em como colocar em prática, quer essa formação técnica, quer as soft skills.

A formação de grupos de estudos e o compartilhamento de casos entre profissionais de uma mesma escola, por exemplo, podem ser um modo eficaz de atualização.

É um momento que exige ainda mais do educador e mais reflexão no fazer pedagógico.

Como a Educação Empreendedora pode contribuir para a Educação na Sociedade da Informação?

A Educação Empreendedora volta-se à formação de pessoas com uma disposição natural à resolução de problemas da sociedade, ou melhor, à formação das habilidades necessárias para pensar e criar saídas inovadoras.

Um empreendedor possui habilidades como: comunicação, proatividade, pensamento crítico, resolução de problemas, resiliência, adaptabilidade, capacidade de aprender, liderança, autoconfiança, foco, capacidade de se planejar, dentre outras. Essas, por sua vez, podem ser ensinadas e aprendidas.

Portanto, uma das principais contribuições da Educação Empreendedora diz respeito ao desenvolvimento dessas habilidades socioemocionais. Se falamos que a exposição à tela prejudica a capacidade de comunicação, por exemplo, as aulas de empreendedorismo podem ser um antídoto, estimulando essa questão.

Por outra via, pessoas que passaram por trilhas de aprendizagem em empreendedorismo terão mais propensão e facilidade ao resolver os desafios. Citaremos, por exemplo, promover o desenvolvimento tecnológico e científico nesta era da sociedade da informação.

Em uma sociedade dispersa e confusa pelo excesso de informação, precisaremos cada vez mais de pessoas bem instruídas e direcionadas à promoção do sucesso.

Saiba como trabalhar em sala de aula as competências empreendedoras, acessando o e-book gratuito.

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