5 desafios da educação para o empreendedorismo no mundo atual

Blog 5 desafios da educação para o empreendedorismo no mundo atual

21/09/2022
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Quais são os desafios da educação para o empreendedorismo

Os desafios da educação para o empreendedorismo estiveram entre os temas discutidos no último dia do II Congresso Internacional de Educação Empreendedora e Cidadania 2022, evento que reúne investigadores, docentes, empreendedores e responsáveis políticos para dialogarem e apresentarem práticas científicas que ajudam a construir o futuro do empreendedorismo e da cidadania.

Quem abordou o assunto foi Marco Gomes, diretor regional da Educação da Região Autónoma da Madeira (Portugal), que pontuou cinco desafios e disse que eles estão relacionados, sobretudo, com a necessidade de preparar crianças e jovens para os desafios do presente e do futuro, mas sem negligenciar o fato de que eles também precisam atender os interesses próprios.

5 desafios da educação para o empreendedorismo no mundo atual

Conheça, a seguir, os cinco desafios da educação para o empreendedorismo, resumidos por Marco e, na sequência, características trabalhadas pela Educação Empreendedora que podem ajudar a driblar os obstáculos.

Desafio #01

Personalizar: planejamento centrado no aluno para que a aprendizagem seja realmente para ele, levando em consideração o emergente desafio de atender à diversidade.

Desafio #02

Qualidade e Excelência: a escola como lugar que permite aos alunos descobrirem a melhor forma como aprendem, além de saberem transformar ideias em ação.

Desafio #03

Inclusão e equidade: construir na escola uma comunidade de inclusão que transborde para a sociedade e ajude na transformação social.

Desafio #04

Colaboração: a educação como um trabalho de uma aldeia inteira – escola, família e sociedade construindo juntas os caminhos formativos para responder aos desafios do presente e do futuro.

Desafio #05

Organização: fundamental repensar os tempos, espaços, metodologias e recursos – transformar a escola num ambiente de valor para o aprendizado.

Como a Educação Empreendedora pode ajudar

Ainda que os desafios da educação sejam obstáculos exatamente para o empreendedorismo, é importante dar um passo atrás e pensar na importância no desenvolvimento da Educação Empreendedora desde a Educação Básica. Entenda o porquê a seguir!

Personalizar o ensino e entender o ritmo de aprendizagem de cada estudante é um dos pilares trabalhados pela Educação Empreendedora em qualquer nível de ensino. Não por acaso, é o que permite que o estudante esteja no centro do processo de ensino-aprendizagem, tornando-se protagonista do próprio desenvolvimento.

Destacamos alguns trechos deste material interativo da Porvir, plataforma xxxxxx, que fala sobre o conceito e a importância da personalização do ensino. Confira:

“Se a turma [de uma sala de aula de Ensino Fundamental típica no Brasil] fosse de quinto ano, duas ou três dessas crianças seriam daquelas que sabem tudo de matemática e que pedem novos desafios porque já estão lá na frente enquanto os colegas ainda estão absorvendo os conceitos mais básicos. Oito ou nove delas, por outro lado, estariam entre as que têm tanta dificuldade que precisam de uma atenção especial; neste grupo, é provável que ao menos uma tivesse algum déficit de aprendizagem mais sério. Os 18 ou 19 restantes comporiam um grupo com conhecimentos de um nível que oscila entre o mínimo necessário e o adequado. […] Mesmo na configuração de sala de aula mais comum no país, o desafio de proporcionar um ensino significativo para cada estudante é imenso. Numa classe com 25 alunos, os professores precisam lidar com 25 interesses, 25 talentos e 25 necessidades de aprendizagem diferentes.”

Fonte: https://personalizacao.porvir.org/

O mesmo material traz, em um dos capítulos, características que fazem parte de iniciativas voltadas para a personalização do ensino. Elas passam, de alguma forma, pelos desafios da educação listados por Gomes. Veja quais são:

Autonomia

O estudante deve ser o agente ativo de seu processo de aprendizagem. Diferentemente do que os modelos tradicionais nos ensinaram, o professor não deve ser uma figura hierarquizada, mas sim um mediador do conhecimento, o responsável por conduzir e encontrar maneiras de fazer com que o conhecimento seja transmitido e absorvido de maneira eficiente.

Ambiente de aprendizagem

Este tópico se refere ao espaço físico: muitas escolas têm reorganizado seus ambientes para contribuírem com o processo de ensino-aprendizagem. Isso inclui modelos de salas de aula com móveis flexíveis, por exemplo, que permitem mudanças constantes, capazes de ser palcos de diferentes atividades – desde rodas de conversa a testes práticos e aulas expositivas.

Mentoria

O significado de “mentoria” no dicionário é “1) Indivíduo reverenciado como sábio conselheiro e orientador de alguém” e “2) Pessoa que inspira, orienta ou guia alguém”. Autoexplicativo, não é? Pois é isso mesmo: a mentoria, em que cada professor pode ficar responsável por um número máximo de alunos, dá ênfase à evolução pedagógica do estudante e não tem como foco questões psicológicas.

Avaliação individualizada e de processo

Uma vez que cada aluno tem seu ritmo de aprendizagem, é fundamental que as suas metas e o seu plano de desenvolvimento também sejam individualizados, sempre de acordo com o próprio repertório – e isso, sem dúvidas, é um dos desafios da educação.

“As avaliações passam a ser feitas de forma contínua, com o intuito de acompanhar a evolução de cada estudante e garantir que ele aprenda. Também observa o desenvolvimento de competências que extrapolam o âmbito dos conteúdos formais, mas são igualmente importantes para a formação integral dos estudantes”, pontua o material da Porvir. O texto complementa, ainda, falando sobre a importância que os novos recursos têm nesse cenário, e pontuando que a tecnologia pode permitir que essas avaliações aconteçam em tempo real, permitindo a ação imediata do professor e do estudante.

Aprendizado por projetos

O Aprendizagem Baseada em Projetos (ou “Project Based Learning” – PBL) é um exemplo de metodologia ativa, recurso muito explorado na Educação Empreendedora e que mescla todos os tópicos que citamos anteriormente: o estudante como protagonista do próprio desenvolvimento.

O PBL propõe atravessar um dos desafios da educação por meio do exercício prático. Em vez de discorrer teoricamente sobre determinado assunto, ele participa de ações reais e é instigado a buscar soluções práticas para o tema. Em grupo ou individualmente, o estudante investiga aquele problema, elabora hipóteses, cria um plano de ação e o executa.

Desenvolvimento Integral

Olhar de maneira integral para o aluno é avaliá-lo não somente em uma dimensão, mas em todas elas – acadêmica, física, socioemocional, cultural. Juntos, docentes e estudantes buscam trabalhar a completude da capacitação humana, indo além do desenvolvimento cognitivo.

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