Educação em 2022 segundo a OCDE Relatório OCDE

Blog Educação em 2022 segundo a OCDE Relatório OCDE

17/08/2022
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O início do segundo semestre é uma oportunidade de rever o planejamento, entender como foram os primeiros seis meses e começar a se planejar para o próximo ano letivo. Se estamos vivendo em um mundo de grandes transformações, o planejamento escolar deve ser constantemente revisitado, questionado e atualizado.

E, para ajudar você nesse exame e em uma projeção, trouxemos pontos de reflexão do Relatório Trends Shaping Education 2022, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que examina o cenário econômico, político, social e tecnológico e os impactos na educação.

O objetivo do documento é promover uma reflexão ampla sobre o futuro dos sistemas educativos; por isso, pode ser um norte para este momento.

O estudo se organiza em 5 grandes capítulos – crescimento; vida e trabalho; conhecimento e poder; identidade e pertença; e natureza em mudança em 25 áreas. Ele permeia desde a educação infantil até o ensino ao longo da vida.

O intuito é entender como esses fatores ambientais podem impactar a educação.

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O impacto da pandemia nos sistema de ensino

O documento defende a necessidade de preparar os sistemas educacionais para choques externos, como foi o caso da pandemia da Covid-19, que desafiou as escolas e os modelos de ensino vigentes.

A pandemia forçou um fechamento instantâneo, e, de uma hora para outra, o ensino se tornou online e remoto. De tal forma que recompor os efeitos da pandemia na educação ainda é uma preocupação.

Para o relatório da OCDE, a pandemia foi um alerta. Por isso, é necessário preparar o sistema educacional para possíveis novos choques e cenários de rápida mudança.

Fatores externos que impactam a educação

A OCDE acredita que se faz necessário refletir sobre a relação entre aprendizagem formal e informal e repensar a forma de transmitir o conhecimento e o conteúdo nas escolas.

Do ponto de vista econômico, o relatório pontua que houve um crescimento econômico, o que tirou muitas famílias da pobreza; porém, houve um aumento das desigualdades.

Tal crescimento econômico, no entanto, se deu com base no uso insustentável dos recursos naturais, sobrecarregando o meio ambiente.

Com as novas modalidades de trabalho, como horário flexível, trabalho remoto e híbrido, registou-se uma tendência de redução da carga horária de trabalho semanal. E, em ritmo ainda lento, isso tem contribuído para a redução das desigualdades de gênero nas famílias.

É importante destacar que essas mudanças no mercado trabalho também trazem impacto para a educação. É necessário formar pessoas preparadas para esses novos modelos.

Há uma preocupação em se formar sistemas mais robustos de aprendizagem no decorrer da vida.

O documento também destaca que, apesar das rápidas mudanças tecnológicas, estamos vivendo tempos de solidão. E que a tecnologia sozinha não sustenta avanços na estrutura e no relacionamento social.

Pontos de reflexão

É importante mencionar que o relatório não tem a finalidade conclusiva ou de ser entendido como uma declaração política, mas sim como apresentação de estudos de casos. São levantadas questões a título de ilustrar e sugerir alguns pontos.

De cada um dos cinco capítulos pode se extrair que:

1 – Crescimento

É necessário ofertar uma educação de elevada qualidade e ao longo de toda a vida. O intuito deve ser uma qualificação ampla de todos os cidadãos que impacte positivamente a qualidade de vida.

O aumento do nível educacional – além de trazer qualidade técnica – terá  consequência positiva em relação à consciência ambiental e à formação de um pensamento crítico.

2 – Vida e trabalho

O destaque aqui é para o surgimento de novas modalidades de trabalho e a necessidade de formar os estudantes para um novo desconhecido. As competências para esse ambiente de rápidas inovações e mudanças são destacadas.

3 – Conhecimento e poder

Há uma correlação entre conhecimento e poder. Neste capítulo, o relatório da OCDE destaca a importância de promover um ambiente de ética, transparência, responsabilidade e inclusão. O conhecimento é entendido como uma forma de promover mais igualdade.

4 – Identidade e pertença

O destaque deste capítulo é a necessidade de os sistemas educativos contribuírem para a formação de ambientes que promovam a igualdade de tratamento, reduzindo a fragmentação e a discriminação. Há uma menção sobre a individualização do ensino perante as necessidades de cada estudante.

5 – Natureza em mudança

No quinto capítulo, o foco é buscar um equilíbrio entre a tecnologia e as relações sociais com o objetivo de  promover bem-estar individual, coletivo e planetário.

O que podemos extrair do Relatório da OCDE para a sala de aula?

Estamos vivendo um mundo cada vez mais instável  e de rápidas mudanças. Para tal, os sistemas educacionais precisam ser capazes de formar os estudantes para este ambiente incerto.

Buscar atualização constante pode se tornar trivial para escolas e para os agentes promotores da educação.

Os estudantes viverão em um mundo ainda desconhecido e serão desafiados a encontrar respostas para perguntas que ainda não conhecemos.

Neste contexto, o trabalho das competências socioemocionais e das habilidades que se relacionam com a Educação Empreendedora se tornam ainda mais relevantes.

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