Desenvolvendo habilidades para o futuro: upskilling e reskilling

Blog Desenvolvendo habilidades para o futuro: upskilling e reskilling

10/08/2023
Compartilhe este conteúdo

Adaptar-se diariamente faz parte da vida em todas as áreas: no mundo do trabalho , em sala de aula, nos relacionamentos, em casa. E o desenvolvimento de habilidades, sem dúvidas, vai ao encontro disso. 

Hoje, vamos falar melhor de duas delas, em especial:  upskilling e reskilling. O que são, quais os seus benefícios e qual a importância de torná-las familiares para os estudantes? E ainda, de que forma se aplicam aos professores? Acompanhe o post e descubra essas e outras respostas a essas dúvidas. 

Você sabia? 

De acordo com uma pesquisa da consultoria McKinsey & Company, quase 90% das empresas não têm, hoje, o talento necessário para o negócio no futuro; e mais: nove em cada dez gerentes já sentem o impacto da carência de habilidades em determinadas profissões. É fácil perceber a importância do upskilling e reskilling nesse cenário, não é? 

A consultoria aponta que o mercado vive um movimento de se preparar para a realidade. “Embora a maioria dos entrevistados diga que suas organizações priorizam enfrentar essa escassez de habilidades, poucos dizem que suas organizações sabem como se preparar para desenvolver as habilidades de que mais precisam. Na verdade, apenas um terço dos entrevistados diz que suas empresas estão preparadas para lidar com as interrupções resultantes da tecnologia e das tendências do mercado”, revela. 

E exatamente nesse cenário – em especial considerando que a Educação Empreendedora forma (também) jovens preparados para o mundo do trabalho – entra a importância de apresentar e incentivar habilidades como upskilling e reskilling nos estudantes. Esse exercício de aprendizado pode contribuir também com a carreira do professor, que se aprofunda nos conceitos e entende as suas possibilidades de carreira fora ou dentro de uma instituição escolar. “Embora a educação não deva se limitar apenas à preparação para o trabalho, é essencial oferecer suporte para o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos necessários para enfrentar os desafios profissionais. Incentivar o upskilling e reskilling na escola é fundamental para preparar o aluno para os desafios e oportunidades do mundo profissional, capacitando-os com habilidades relevantes para garantir empregabilidade ao longo da carreira profissional”, corrobora a publicação da Plataforma A a Z. 

Upskilling: o que é e quais os seus objetivos

“Skills”, do inglês, faz referência a conhecimentos, habilidades e competências. Nesse caso, como sugere o nome em relação ao termo “up”, o upskilling consiste na busca pelo aprimoramento de conhecimentos em áreas ou temas que a pessoa já está inserida e, de alguma forma, já domina. A proposta é aprofundar ainda mais naquilo.

Considerando a realidade do trabalho de um professor, o resultado não é diferente: a atuação do docente ganha destaque, e, naturalmente, os resultados em sala de aula serão beneficiados.  

Objetivos do upskilling no mundo do trabalho:

  • Garantir uma evolução contínua.
  • Desenvolver diferentes níveis de experiência e competências de uma mesma função.
  • Garantir a atualização e a aprimoração do indivíduo. 
  • Agregar mais valor à atuação no mercado.
  • Gerar melhores resultados para si e para a empresa ou escola. 

Reskilling: o que é e quais os seus objetivos

Quase ao contrário do upskilling, o reskilling faz referência ao movimento de adquirir novas habilidades, buscando se requalificar e abrir o seu leque de possibilidades. “Envolve a aquisição de novas habilidades para substituir aquelas que se tornaram obsoletas ou irrelevantes para um novo trabalho”, destaca o conteúdo do Sebrae.

Também é possível encarar o reskilling por outro lado, o de desenvolvimento pessoal. Nesse caso, destaca-se um tema atual e sobre o qual reforçamos a importância na vida de qualquer estudante: as habilidades socioemocionais. “Essa requalificação pode envolver, também, o desenvolvimento pessoal, incentivando a exploração de novos hobbies ou interesses ou, ainda, concentrar-se em habilidades exclusivamente humanas, como a criatividade, a curiosidade e  a empatia“, aponta este artigo da Scaffold Education. 

Esse é um bom modo de diminuir as atividades estritamente operacionais – comportamento que estudantes e professores já trabalham, de alguma forma, na Educação Empreendedora. Uma das premissas do ensino, afinal, é estimular o pensamento crítico e desenvolver uma visão sistêmica, garantindo um pensamento estratégico sobre os acontecimentos do seu entorno e da sociedade como um todo. No mundo do trabalho, o resultado é como já constatamos: sempre proveitoso. “Redesenhar o trabalho para capacitar os colaboradores a usar essas habilidades e, ao mesmo tempo, reduzir o número de tarefas rotineiras que eles fazem, impulsiona significado ao trabalho e aumenta o engajamento dos funcionários”, revela o texto.

Levando para a realidade dos estudantes, podemos pensar em jovens que, além de desenvolver o olhar crítico que citamos, se relacionam bem com a tecnologia e a inovação, além de dar a devida importância para o seu desenvolvimento socioemocional.

Quando pensamos na realidade do professor, podemos pensar por um caminho parecido: um profissional habituado aos métodos de ensino tradicionais que decide adquirir novas habilidades e competências, voltadas para a inovação e tecnologia, o desenvolvimento socioemocional e as práticas da Educação Empreendedora, por exemplo. 

Objetivos do reskilling no mundo do trabalho:

  • Reajustar a jornada de carreira.
  • Mudar a função e a área de atuação, ampliando o seu leque de atuação.
  • Adquirir novos conhecimentos para utilizar em diferentes momentos do dia a dia.
  • Capacitar-se profissionalmente para se adequar às novas demandas do mundo do trabalho. 
  • Proporcionar direcionamento mais assertivo para se destacar no ambiente de trabalho. 
  • Ajudar a reter talentos, no caso do gestor educacional ou do líder de time. 

O que você deve saber antes de aplicar upskilling e reskilling

Upskilling e reskilling podem fazer sentido para muitos estudantes, mas é imprescindível conhecer a realidade e a dor de cada estudante antes de colocá-los em prática. A seguir, veja as orientações (adaptadas a partir do conteúdo da Uol) que podem ser aplicadas em sala de aula e, também, consideradas para a realidade da sua própria jornada profissional.

  • Avalie a realidade dos estudantes e suas demandas para definir quais habilidades/atividades podem ser desenvolvidas em cada um – e como, já que possuem necessidades individuais. 
  • Explore atividades que envolvam gamificação, estudos de caso, resolução de problemas, role-playing e outras que possam ser aplicadas a partir de exemplos do mundo real. 
  • Analise as aptidões já presentes nos estudantes, determinando quais áreas você pode aprofundar para tornar a experiência de aprendizagem mais eficaz. 
  • Levante os resultados obtidos e reavalie-os de forma constante, entendendo o nível de progresso e o engajamento de toda a turma.

Gostou de saber mais sobre upskilling e reskilling e quer continuar por dentro de dicas sobre o desenvolvimento de habilidades? Acompanhe o Portal CER.

Compartilhe este conteúdo

Assine a Newsletter

Fique por dentro de todas as novidades