Transformar o estudante em um protagonista do próprio desenvolvimento e processo de ensino-aprendizagem. Esse é o objetivo de várias instituições escolares no cenário atual, em especial daquelas que conhecem a Educação Empreendedora. Mas, para isso, é imprescindível que os professores e os próprios educandos estejam atentos ao desenvolvimento de competências e habilidades.
Isso significa, portanto, que a escola precisa estar preparada e organizada para que professores e educadores realizem a avaliação de competências e habilidades dos estudantes. Mas, antes, vamos entender o conceito de cada uma dessas palavras:
Competência é a capacidade de solucionar problemas e tomar as melhores decisões em determinado cenário. O dicionário apresenta uma série de definições e, entre elas, estão:
Fonte: https://www.dicio.com.br/competencia/.
Habilidade é o domínio que uma pessoa tem para realizar uma atividade. No dicionário, entre as definições, temos:
Fonte: https://www.dicio.com.br/habilidade/.
Com base nesses significados, podemos concluir que é importante um desenvolvimento contínuo de habilidades para aperfeiçoar a competência. É por isso que avaliar esses fatores é fundamental para o processo educativo. Valendo-se da análise, é possível identificar os desafios, desenhar novos objetivos e traçar planos de ação que serão colocados em prática ao longo da trajetória, beneficiando o desenvolvimento de competências dos educandos e estreitando o laço com o corpo docente, que deixa de ser apenas um transmissor de conteúdo.
O livreto “Ciclo Ação e Formação do Professor”, produzido pela Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Itaú Social, traz ponderações de Claudia Costin, professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que passam por pontos cruciais. “O Brasil precisa incluir temas como o ensino por competências e a transformação do mundo do trabalho no debate sobre Educação ao mesmo tempo que tenta melhorar indicadores ainda muito baixos se comparados a outros países do mundo. Em todas essas questões, a formação inicial e continuada dos professores ganha papel central”, afirma a especialista.
No tópico que trata sobre as tendências para o ensino e para a profissão docente, o material afirma que, mundialmente, as preocupações com a educação estão diretamente vinculadas às transformações no mundo do trabalho – e, por essa razão, é fundamental que os estudantes trabalhem o desenvolvimento de competências para conseguirem se adequar a essa realidade. Na opinião da professora, a empregabilidade e o empreendedorismo são fundamentais a fim de que os educandos se tornem adultos autônomos.
O material afirma ainda que as tendências do universo da educação também englobam a resolução colaborativa de problemas, o desenvolvimento da criatividade, a personalização do ensino, a flexibilização dos currículos, a junção de competências socioemocionais às cognitivas e o protagonismo do aluno. Claudia aprova a forma como a BNCC se baseia em competências porque, segundo ela, “isso permite arranjos diferentes de acordo com os interesses dos alunos e com a própria experiência de vida do professor para ensinar a pensar”.
E aqui, claro, entra o fundamental papel do docente que, como falamos acima, deixa de ser apenas um transmissor de conteúdo e atua como mediador e orientador do processo de ensino-aprendizagem. O trecho do livreto que se apresenta, a seguir, que também tem falas de Claudia Costin, traz dicas valiosas. Veja:
Esse contexto também demanda que o professor tenha uma atuação diferente. ‘Ele não deve ser um mero ciclo fornecedor de aulas, mas um assegurador de aprendizagens, que é algo completamente diferente: ele usa cada oportunidade para que o aluno aprenda mais’, afirma a palestrante [Claudia Costin].
…] Dentro de sala de aula, é fundamental assumir uma mentalidade de crescimento e ter altas expectativas para todos os estudantes. Outra maneira de alavancar a qualidade do ensino e alinhá-lo às tendências mundiais é apostar em metodologias ativas de ensino, como o ensino híbrido, em que os estudantes podem realizar parte do trabalho de sala com a mediação de um computador e usar o tempo de aula para a solução de problemas ou a discussão dessas aprendizagens.
A avaliação formativa também é um aspecto destacado por Costin. Os processos de avaliação — que podem ser realizados com o apoio de computadores e softwares — podem dar pistas para o professor sobre a própria prática docente. ‘Eu preciso saber o que exatamente o aluno não aprendeu. O que uma turma inteira não captou é porque eu talvez não acertei o tom’, comenta.
A seguir, listamos algumas dicas que podem otimizar o processo. Confira:
A BNCC pode ser um ótimo guia para otimizar o desenvolvimento de competências dos estudantes, uma vez que as dez competências previstas no documento constituem o que seria o desenvolvimento integral dos educandos.
A gamificação já é uma metodologia ativa muito bem explorada pelo universo escolar. Aqui, para o desenvolvimento de competências, também pode ser muito interessante. Isso porque o formato dinâmico e lúdico dos jogos permite a avaliação completa de diferentes competências – liderança, empatia, autoconfiança, trabalho em equipe e por aí vai.
Além disso, os jogos estabelecem regras que devem ser cumpridas, e isso permite que o professor avalie a postura e os pontos fortes e fracos de cada estudante.
Plataformas que permitem uma avaliação rápida das habilidades desenvolvidas pela turma podem ajudar no desenvolvimento de competências. Realizar atividades on-line e medir o desempenho de cada um são dados preciosos para determinar os próximos passos.
O material “Como avaliar meus alunos na quarentena”, produzido pela plataforma Jovens Gênios, disponibiliza modelos de avaliação e ferramentas que podem ser úteis. Clique aqui e confira.
Esse conteúdo sobre desenvolvimento de competências será útil em sua jornada? Aproveite para acompanhar outras dicas e tendências do mundo da educação no Portal CER.