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Atividades como ler determinado artigo ou mesmo fazer um resumo de um texto são comuns em sala de aula. Contudo, não devem ser os únicos recursos disponíveis para orientar os estudantes. O corpo docente e a própria instituição escolar devem estar preparados para ir além, ensinando os estudantes a aprender por meio de diferentes estímulos. Aprender a aprender, afinal, é imprescindível para uma vida escolar produtiva. Pensando nisso e com intuito de apoiar a sua jornada, trazemos algumas dicas pedagógicas que podem ser úteis. Acompanhe!
A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA ESTAR ALINHADA
As dicas pedagógicas são pertinentes em todos os contextos de uma instituição escolar – seja você estudante, gestor escolar, professor, seja você outro ator dessa comunidade.
É fundamental que toda a escola esteja preparada e capacitada para não somente transmitir o conteúdo, como em modelos tradicionais das décadas passadas, mas também colocar o estudante como protagonista do próprio desenvolvimento.
Ah! E vale lembrar: estas dicas pedagógicas não estão categorizadas por faixa etária. Então, claro, devem ser adequadas de acordo com o nível de cada turma.
3 DICAS PEDAGÓGICAS PARA APLICAR EM SALA DE AULA
“Ensinar a estudar” é a máxima deste texto. Afinal, em uma escola se aprende, além do conteúdo, a melhor forma de acessá-lo e absorvê-lo, certo? Vamos lá!
ESCOLHER E SELECIONAR AS INFORMAÇÕES MAIS IMPORTANTES
Assim como quando lemos um texto na internet e observamos que as partes mais importantes estão em negrito ou destacadas de outra cor, ensinar o estudante a fazer esse exercício (e de forma criteriosa) é importante. Mas não basta que ele grife as informações de maneira aleatória; é preciso avaliar tal sinalização – uma vez que essa técnica pode ser um bom pontapé para estudos.
Nessa dica pedagógica, é indispensável que os estudantes sejam orientados a destacar as informações com uma “regra” – um exemplo é orientar que grifem trechos que sintetizem a principal mensagem do texto, deixando “apagadas” aquelas que possam ser irrelevantes ou não contribuam significativamente em um primeiro contato.
A seguir, citamos exemplos de grifos que fazem sentido e outros não tão interessantes assim (aliás, é uma ótima atividade para a sala de aula!). Selecionamos o trecho de uma notícia publicada no G1 e, a seguir, damos exemplos do que seriam bons destaques feitos pelos estudantes (as informações principais) e os que não seriam relevantes. Confira!
Enem 2022: candidato poderá apresentar documentos digitais, como CNH e e-Título, nos dias de prova
Não serão aceitas capturas de telas dos aplicativos. O Exame será aplicado nos dias 13 e 20 de novembro.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 vai ser aplicado nos dias 13 e 20 de novembro, em todo o país, e, pela primeira vez, será possível apresentar documentos digitais de identificação nos locais de prova, em alternativa à versão física do documento com foto.
Para isso, o candidato poderá levar:
- e-Título;
- Carteira Nacional de Habilitação (CNH) Digital; ou
- RG Digital.
Mas o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep),
responsável pelo exame, reforça que o candidato deve apresentar o aplicativo oficial ao fiscal. Não serão aceitas capturas de telas dos aplicativos.
Após a entrada na sala de aula, o uso do celular continuará vetado. e o aparelho deverá permanecer desligado e guardado até o final da prova. […]
Matéria retirada do Portal G1: https://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2022/07/05/veja-a-lista-de-celulares-homologados-pela-anatel-para-5g.ghtml
O QUE SERIAM BONS DESTAQUES NESSA MATÉRIA?
Se essa atividade tivesse sido dada em sala de aula, sugerindo aos estudantes identificarem as explicações principais, seria interessante que tivessem grifado trechos como:
– No título: “Enem 2022”, “documentos digitais”, “CNH e e-Título”
– No corpo do texto: “[…] Pela primeira vez, será possível apresentar documentos digitais de identificação nos locais de prova […]”
Concorda que, se voltarmos ao texto e vermos somente esses trechos destacados, facilmente identificamos do que se trata? Pois é!
O QUE NÃO SERIAM BONS DESTAQUES NESSA MATÉRIA?
No título: “Candidato poderá apresentar documentos digitais” (Candidato a quê? Quais documentos? Apresentar em que local?);
- No corpo do texto: “[…] Mas o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame, reforça que o candidato deve apresentar o aplicativo oficial ao fiscal […]” ou palavras isoladas, de forma geral.
- Resumindo, trechos longos e irrelevantes selecionados sem critério ou palavras soltas não são boas escolhas. Afinal, se batermos o olho somente nelas, poucas informações serão reveladas sobre o assunto, diferentemente do exemplo acima.
ESQUEMATIZAR OU FAZER UMA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE DETERMINADO TEMA
Organizar as informações de forma a representá-las visualmente é um processo que parece simples, no entanto exige um processo de análise e avaliação interessante para os estudantes. Bons exemplos disso são os infográficos e os mapas conceituais.
Nesse caso, não há certo ou errado. Vale deixar claro qual deve ser o tema (baseando-se em um filme, por exemplo) e orientar que eles selecionem as informações ligadas a ele, hierarquizando-as – demonstrando qual foi o entendimento de informação principal, secundária, etc.
ELABORAR UM PLANO DE ESTUDO
Ainda que pareça óbvio, ensinar a fazer um plano de estudo é fundamental. A falta de organização é um primeiro erro que pode corroborar para alguns outros. Além disso, esse método auxilia no desenvolvimento de diversas habilidades e ainda na organização: o autoconhecimento, a capacidade de priorizar determinados assuntos e de traçar pequenos passos para atingir metas maiores (por exemplo: estudar o capítulo 1 segunda-feira, e o capítulo 2, na quarta, para uma prova que será realizada na sexta).
A EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA PODE AJUDAR?
Sim, claro! Além dessas dicas pedagógicas, vale lembrar alguns conceitos trabalhados pela Educação Empreendedora: o professor deve ser, sobretudo, um mediador entre o estudante e o conhecimento. Isso significa também saber respeitar o ritmo e a forma com que cada estudante aprende, personalizando as estratégias e adequando as ferramentas. Metodologias ativas também funcionam bem, uma vez que reforçam o que falamos no início do texto: o aluno deve ser o protagonista do processo de ensino-aprendizagem.
E aí, você já conhecia e praticava essas dicas pedagógicas? Para ter acesso a mais conteúdos como esse, acompanhe o Portal CER.
