Como desenvolver o potencial de tomada de decisão nos estudantes

Blog Como desenvolver o potencial de tomada de decisão nos estudantes

15/12/2022
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“A vida é feita de escolhas”. Que atire a primeira pedra quem nunca ouviu (ou mesmo falou) essa frase, não é? Afinal, fazer escolhas é uma das principais responsabilidades da vida adulta – e, na maioria das vezes, senão em todas, é um comportamento que não pode ser terceirizado. Tomamos decisões o tempo todo, desde o momento em que acordamos até a hora de nos deitarmos. E é exatamente sobre isso que falaremos neste post: a importância de desenvolver o potencial de tomada de decisão nos estudantes.

O que é a tomada de decisão e qual a sua importância

Tomada de decisão nada mais é do que fazer uma escolha, seja ela qual for. Desde as mais triviais – como a escolha sobre ir ou não para determinado evento ou o que comer no almoço, por exemplo – até as mais determinantes, como a escolha de um curso de graduação.

Fazer escolhas pode ser difícil para algumas pessoas, uma vez que a seleção de uma alternativa, na maioria das vezes, automaticamente dispensa as demais – e aí há um grande medo de arrepender-se ou de descobrir, tardiamente, que a decisão tomada não foi a melhor.

Não por acaso, a tomada de decisão integra a lista das soft skills (as habilidades socioemocionais) mais valorizadas em um indivíduo. Inclusive, a habilidade para tomar decisões de Steve Jobs foi uma das características do empresário norte-americano que saltou aos olhos de estudiosos sobre o tema. Este artigo da FIA Business School, que fala sobre a importância das softs skills, cita o empresário como exemplo, relembrando suas habilidades socioemocionais e revelando a importância de, entre outras competências, saber tomar decisões:

“A liderança meticulosa de Steve Jobs na Apple o tornou um exemplo a ser seguido por muitas pessoas até hoje. Isso ocorre pelas muitas soft skills que Jobs possuía.

A primeira delas, sem dúvida, era a criatividade. Afinal, ele foi capaz de imaginar um mundo totalmente diferente do que existia antes da criação dos famosos produtos Apple, a exemplo do iPhone.

A segunda habilidade pessoal a destacar é a sua atenção aos detalhes. Ela foi a responsável pela simplicidade dos designs e sistemas operacionais da Apple serem reconhecidos até hoje.

Além disso, ela também fez com que o primeiro iPhone fosse refeito até que chegasse ao modelo considerado perfeito. Sua tendência ao perfeccionismo também influenciou os pontos de venda, impondo padrões impecáveis de atendimento nas lojas da Apple.

Por fim, o foco e a habilidade de tomar decisões de Jobs são outras características que precisam ser aplaudidas.

Chegando à Apple em 1997, a empresa sofria financeiramente por conta de problemas com as vendas de computadores. O CEO, então, tomou decisões estratégicas para resolver o problema e reergueu a empresa graças à sua intervenção.”

Fonte: https://fia.com.br/blog/soft-skills/

E essa importância fica evidente não só no caso de personalidades como Steve Jobs, mas dos próprios professores. Um mapeamento inédito sobre as competências socioemocionais dos docentes, realizado pelo Instituto Ayrton Senna em parceria com a Secretaria de Educação de São Paulo (SEDUC-SP), indicou que o autocontrole emocional – habilidade indispensável para tomadas de decisões efetivas – estava entre os tópicos mais importantes. “Quando questionados sobre quais competências eles mais gostariam de ter apoio da rede para desenvolver, quase 60% dos educadores indicaram o autocontrole emocional (que ajuda a manter o equilíbrio para lidar com as emoções negativas e com os desafios da rotina escolar) e, em segundo lugar, quase 50% deles apontaram a colaboração entre pares (definida como a habilidade para formar rede de apoio entre os próprios professores, disposição para interagir e aprender com as abordagens pedagógicas dos outros, por meio da troca de experiências)”, afirma a publicação do instituto.

Os cinco principais tipos de tomada de decisão

Ainda que pareça uma coisa só, a tomada de decisão pode ser feita de diferentes formas, e é por isso que existem alguns tipos de tomada de decisão. A seguir, explicamos brevemente os cinco principais tipos. Veja:

Tomada de decisão intuitiva

É a tomada de decisão realizada com base no pressentimento da pessoa. É o que acontece com aquelas pessoas que dizem “Não sei o porquê, mas a minha intuição me diz para ir por este caminho”.

Tomada de decisão com base em valores

Como o nome já sugere, a tomada de decisão com base em valores se norteia, em especial, pelos valores pessoais que o indivíduo tem, desenvolvidos ao longo de toda a vida e com base em suas relações e experiências.

Tomada de decisão racional

É quando a escolha é feita a partir de uma análise racional, deixando de lado a emoção. Este tipo de tomada de decisão vai de encontro à intuitiva, que se deixa levar pelos sentimentos. Neste caso, a lógica é a principal ferramenta.

Tomada de decisão colaborativa

Este é o tipo de decisão tomada em grupo, em conjunto. Ela leva em consideração diferentes perspectivas e pode contar com a participação de mais de uma pessoa (que pode ser toda a sala de aula, por exemplo).

Tomada de decisão especializada

Aqui, o termo “especializada” se refere à consulta de quem toma a decisão com um especialista no assunto. O decisor consulta e leva em conta a opinião de um profissional que tem propriedade no assunto. Nesse caso, portanto, há um viés mais técnico.

A tomada de decisão e a Educação Empreendedora

Tomar decisões é algo quase inerente à Educação Empreendedora. Isso porque o modelo trabalha competências que formam pessoas preparadas para gerar valor para o mundo – e não há como criar valor sem fazer escolhas, certo?

Além disso, de alguma forma, todos os tópicos da Educação Empreendedora passam pela tomada de decisão. Desde o estímulo ao pensamento criativo e o desenvolvimento de um olhar crítico até a capacidade de se comportar com uma postura proativa e dinâmica, tudo vai ao encontro da capacidade de fazer as escolhas certas. Tendo em vista que a escola é, também, um processo no qual o jovem começa a entender e a definir os caminhos de seu projeto de vida, aprimorar a “calibragem” para a tomada de decisão é inegociável.

Vale lembrar que, como falamos lá no início, a capacidade de fazer escolhas nem sempre está ligada a algo muito grande ou determinante, como uma escolha de carreira ou de mudança de país. E isso não faz dela menos importante, especialmente se pensarmos no caso dos estudantes, que ainda estão amadurecendo e entendendo a dinâmica das relações. A habilidade da tomada de decisão pode ser útil mesmo em relações pessoais, como as familiares e as de amizade.

E você, como estimula o potencial de tomada de decisões dos estudantes? Para ficar por dentro das tendências e ter acesso às melhores dicas do mundo da educação, acompanhe o Portal CER.

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